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UNDERSTANDING LANGUAGE TEACHING

Por:   •  14/7/2021  •  Abstract  •  9.738 Palavras (39 Páginas)  •  161 Visualizações

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B. Kumaravadivelu

ENTENDENDO O ENSINO DA LÍNGUA

Do método ao pós-método

Conteúdo Resumido

Prefácio: O padrão que conecta

PARTE UM: LÍNGUA, ENSINO E APRENDIZAGEM

1 Linguagem: conceitos e preceitos

2 Aprendizagem: Fatores e Processos

3 Ensino: entrada e interação

PARTE DOIS: MÉTODOS DE ENSINO DE LÍNGUA

4 Constituintes e categorias de métodos

5 Métodos Centrados na Linguagem

6 Métodos centrados no aluno

7 Métodos Centrados na Aprendizagem

PARTE TRÊS: PERSPECTIVAS PÓS-MÉTODO

8 Condição pós-método

9 Pedagogia pós-método

10 Situação pós-método

Pós-escrito: o padrão que conforta

Referências

Índice do Autor

Índice de Assuntos

Capítulo 1

Linguagem: conceitos e preceitos

1.Introdução

“Uma definição de linguagem,” observou o Britânico crítico cultural, Raymond Williams, “É sempre, implícita ou explicitamente, uma definição de seres humanos no mundo" (1977, p. 21). Isso ocorre porque a língua permeia todos os aspectos da experiência humana e cria tão bem quanto reflete as imagens dessa experiência. É quase impossível imaginar a vida humana sem ela. Além disso, raramente pensamos sobre isso. Não percebemos sua presença onipresente ao nosso redor, assim como o peixe está (ou será?) alheio à água em que está submerso. Mesmo aqueles que estudam sistematicamente a lingua não compreenderam totalmente o que é. O caso em questão é: Depois de sintetizar de forma brilhante as visões ocidentais e não ocidentais da linguagem desenvolvida ao longo dos tempos, Julia Kristeva (1989, p. 329), importante linguista e psicanalista francesa, termina seu livro erudito sobre a linguagem com a humilde frase: “Aquele objeto ainda desconhecido - a linguagem”.

Sem mergulhar fundo naquele objeto ainda desconhecido, brevemente, descrevo neste capítulo, minha compreensão de como os linguistas teóricos têm tentado decifrar os conceitos fundamentais da linguagem e como os linguistas aplicados tentaram transformar alguns desses conceitos teóricos em aplicáveis preceitos pedagógicos.

  1. CONCEITOS TEÓRICOS

        Embora haja debates atemporais e intermináveis ​​sobre o que constitui a linguagem, com o propósito limitado de compreender sua relevância para ensino/aprendizado da língua, vejo a partir de amplas vantagens três pontos conceituais: linguagem como sistema, linguagem como discurso e linguagem como ideologia.

  1. Linguagem como sistema

Todos sabemos que a linguagem humana é um instrumento bem-organizado e trabalhado. Ou seja, todos os componentes básicos de uma linguagem funcionam em conjunto de maneira coerente e sistemática. Eles certamente não são coleções de unidades díspares aleatórias. De uma perspectiva, um estudo da linguagem é basicamente um estudo de seus sistemas e subsistemas. Ao tratar a linguagem como um sistema, estamos apenas reconhecendo que cada unidade de linguagem, de um único som para uma palavra complexa para um texto grande - falado ou escrito - tem um caráter próprio e cada um é, de alguma forma baseado em princípios, delimitado e dependente de suas unidades co-ocorrentes.

Como aprendemos em qualquer livro introdutório à linguística, o ponto central núcleo da linguagem como sistema consiste no sistema fonológico que trata com os padrões de som, o sistema semântico que lida com o significado de palavras, e o sistema sintático que lida com as regras da gramática. Por exemplo, no nível fonológico, no que diz respeito ao padrão do inglês, parar as consoantes que são distinguidas umas das outras de acordo com sua posição de articulação (bilabial, alveolar, velar) e sua forma de articulação (sem voz, com voz), conforme mostrado:

Bilabial

Alveolar

Velar

Sem voz

/p/

/t/

/k/

Com voz

/b/

/d/

/g/

Esses sons mínimos, ou fonemas, como são chamados, têm valor no sentido de que substituir um por outro formando palavras diferentes como em pit-bit, ou ten-den, e assim por diante.

Compreender o sistema de som de uma língua envolve um entendimento de quais sons podem aparecer na palavra - inicial ou palavra - final, ou quais podem seguir quais. Também envolve a compreensão de como certas sequências de som significam certos significados. No exemplo acima mencionado o usuário do inglês sabe que “ten” e “den” são duas palavras distintas com significados diferentes. Aprendemos com a semântica que todo morfema, que é uma coleção de fonemas arranjados de uma maneira particular, expressam um significado distinto, e que existem morfemas livres que podem ocorrer independentemente (como em “dan” e “dance”) ou morfemas ligados como plural -s ou pretérito do inglês terminado em “-ed” que estão ligados a um morfema livre  (como em dens, danced).

Palavras diferentes são colocadas juntas para formar uma frase, novamente dentro dos confins de um sistema gramatical governado por regras. A sentença, “The baby is sleeping eacefully” ( O bebê está dormindo ansiosamente), é gramatical apenas por causa da forma como as palavras foram amarradas juntas. Uma mudança na sequência, como Sleeping is the peacefully baby tornará a frase não gramatical. Por outro lado, frases que podem ter uma sequência gramaticalmente bem formada como no exemplo bem conhecido, “Colorless green ideas sleep uriously” (Ideias verdes incolores dormem intensamente), pode fazer nenhum sentido. Esses exemplos mostram, em parte, que “Os substantivos, verbos e adjetivos não são apenas engatados de ponta a ponta em uma longa cadeia, há algum projeto ou plano abrangente para a frase que coloca cada palavra em uma abertura específica” (Pinker, 1994, p. 94).

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