VOLEIBOL ESCOLAR X VOLEIBOL TREINAMENTO

JONES DE FREITAS

LEANDRO MARQUES DE SOUZA

SILAS CHINARELLI TEIXEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do título de especialista em Licenciatura em Educação Física. Orientador: Prof. Luis Fernando Correa.

VOLEIBOL ESCOLAR X VOLEIBOL TREINAMENTO

Orientador: Profº Luis Fernando Correa

Examinador(a): Profª

RESUMO

Palavras Chaves: Voleibol. Escola. Educação. Treinamento. Competição.

O presente estudo tem como objetivo analisar as diferenças e variações entre o voleibol escolar e o voleibol treinamento, levando em consideração todas as variáveis de ensino que podem ser educacionais ou de rendimento. A partir dessas variáveis busca-se analisar as duas vertentes de ensino, explorando os dois lados, e observando qual gera maiores benefícios tanto fisico motores, como psicomotores, como também educacionais. Utilizando-se de referência bibliográfica e após analisar, a teoria selecionada, conclui-se que o voleibol escolar desenvolvido visando à qualidade física, moral e ética, estabelecendo relações interdisciplinares, sendo esse jogo trabalhado de forma lúdica e prazerosa, favorecem a inclusão e socialização do aluno, e em contrapartida o jogo de voleibol voltado para o treinamento e rendimentos desportivos, quando desenvolvido com alto nível de padrão técnico motor, buscando sempre resultados físicos e vitorias, gera uma gama de alunos excluídos das equipes por falta de rendimento ou qualidades especificas.

INTRODUÇÃO

Segundo Souza et. al. (2010), o mundo em que vivemos atualmente vem repleto de recursos tecnológicos que proporcionam uma maior comodidade para a realização das atividades cotidianas, como o controle remoto, o carro, os celulares, tudo isso aliado a maus hábitos alimentares e ao aumento da violência urbana, o que leva as pessoas á permanecerem mais em suas casas, aumenta os níveis de inatividade física dos seres humanos.

“Sendo assim é fundamental que o profissional de educação física oriente a população sobre os benefícios que a atividade física regular pode oferecer tanto no ambiente escolar como fora dele, principalmente na infância e adolescência, possibilitando que estes indivíduos cresçam com hábitos mais sadios e adeptos aos exercícios físicos, diminuindo assim a incidência de muitas doenças que acometem a sociedade moderna.” (SOUZA ET AL. 2010 Apud SILVERTHORN, 2003).

Portanto o Voleibol é uma modalidade desportiva fundamental para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, pois explora diversos movimentos corporais do aluno ou atleta que poderá por sua vez imaginar e criar variados movimentos, sendo este um meio de socialização entre meninos e meninas que poderão estar vivenciando essa prática juntos.

De acordo com Barroso et al. (2010), trabalhar o esporte na escola sem ter como propósito a reflexão do indivíduo, proporciona o surgimento de situações que poderão ocasionar problemas, como a busca incessante de talentos, treinamento esportivo na aula de Educação Física, especialização precoce, exclusão dos menos habilidosos, desinteresse pela prática esportiva, o que se cabe ao esporte treinamento, onde essas características deverão ser buscadas, e diante desses conflitos o estudo buscará esclarecer as diferenças entre rendimento e educação não tornando assim a Educação Física idealizada apenas como modelo de esporte de rendimento.

Portanto este estudo aborda o voleibol nas suas duas vertentes de ensino, o voleibol escolar, e o voleibol treinamento, levando em consideração todas as variáveis de ensino que sejam elas educacionais ou de rendimento. A partir dessas variáveis, o presente estudo busca demonstrar os benefícios físicos, os métodos de ensino, e principais características de cada tipo de ensino do esporte Voleibol.

Para o desenvolvimento do trabalho optou-se pela técnica de pesquisa bibliográfica tendo como foco levantar os pontos que fazem referencia ao tema proposto, como: o treinamento escolar, o treinamento de rendimento e suas características e diferenças mais marcantes da prática da modalidade Voleibol.

DESENVOLVIMENTO

O Voleibol

Inventado em 9 de fevereiro de 1895 por Willian George Morgan, então diretor do Departamento de Atividades Físicas da Associação Cristã de Moços (ACM) da cidade de Holyoke, no estado de Massachusetts, Estados Unidos. Inicialmente era praticado com uma câmara de ar da bola de basquetebol e foi denominado de minonette (ou de mintonette de acordo com algumas fontes), mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball, devido ao toque de voleio (toque ao ar). O jogo foi criado com o objetivo de proporcionar a prática de uma atividade física que pudesse ser realizada dentro dos ginásios, no período de inverno, para os associados de meia-idade desta instituição, com o intuito de não proporcionar muitas lesões. (RIBEIRO, 2004; BORSARI, 1996).

Em 1947 foi fundada a FIVB (Federação Internacional de Voleibol), assim, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol voltado para homens em 1949. Logo em 1952, o campeonato foi estendido também ao público feminino. Em 1964 o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, se mantendo até os dias de hoje.

A introdução do voleibol em nosso país é alvo de controvérsia, enquanto alguns, como Landulfo (1986), afirmam que o esporte começou a ser praticado em 1915, no Colégio Marista de Pernambuco, outros, como Daiuto (1967) e Machado (2006), defendem a tese de que tudo começou em 1917 na ACM (Associação Cristã de Moços) de São Paulo. (MATTHLESEN, 1994; BIZZOCCHI, 2008).

Este jogo pode ser praticado em uma quadra retangular (18m x 9m), dividida ao meio por uma rede, impedindo o contato corporal entre adversários. A disputa é realizada entre duas equipes compostas por seis jogadores, podendo ter no máximo seis reservas. O jogo consiste em golpear a bola de forma que ela passe sobre a rede, em direção ao lado adversário.

Cada jogada é iniciada por um saque, este deve passar por cima da rede. A equipe que recebe o saque deve enviar a bola de volta ao campo adversário, realizando no máximo três toques na bola por atletas alternados, não sendo permitido