A Educação em Amélia Rodrigues Gilmar Ramos

Educação em Amélia Rodrigues Gilmar ramos

1. Em 1606

Dom Diogo assinou

Doando em documento

Aos irmãos que aqui chegou

Manuel Paiva e Luiz Vaz

Um Mosteiro iniciou

2. Uma fazenda talvez

Por nome de Marucá

Que o infante português

Resolveu então doar

Que Tornou-se o Mosteiro

e Salvador veio fundar

3. Em meados deste século

Era tudo diferente

Havia também oráculo

Educação formal ausente

A igreja um tabernáculo

Daquele povo carente

4. Pertencia à Sesmaria

Essa terra varonil

Manuel Paiva e Luiz Vaz

Testamento admitiu

Lhes deram a garantia

E a Lapa assim surgiu!

5. O trabalho no engenho

Era feito com esforço

E na cana de açúcar

O negro seguia o jogo

Essa era a saga insana

De um povo corajoso.

6. No ano de trinta e seis

Era Vila de Traripe

Sendo Lapa outra vez

Santo Amaro lhe assiste

Alcançando altivez

A tal vila subsiste.

7. Amélia então nasceu

Na freguesia tão simples

Em Santo Amaro viveu

Ensinando o povo humilde

A este lugar deu nome

Seu legado nos incide.

8. Foi professora inaudita

Com seu jeito encantador

Mulher honesta e séria

Cheia de brio e valor

Sendo também poetisa

Deixou pra nós seu amor.

9. Ela escrevia poemas

Odes e Verso infantil

Emaranhada em dilemas

Daqui um dia partiu

Mas nunca abandonou

Seu povo nobre e gentil

10. Amélia nome de fé

Resiliência e amor

Embora seja mulher

Sua coragem honrou

E fez da terra também

Um alvo de esplendor.

11. Amélia mulher valente

De preciosa missão

Deixou um prêmio excelente

Cultura e educação

E hoje venho falar

Com lema de gratidão

12. Com a emancipação

Amélia então surgiu

Deflagrou população

Santo Amaro se eximiu

A partir da educação

O povo contribuiu.

13. Professora Mariquinha

Aqui muito trabalhou

Doou as terras vizinhas

Com recurso construtor

Fomentando educação

Para construir valor.

14. Com a catequização

A Igreja demarcou

Um lema pra educação

E com devoção buscou

Justiça e ampliação

De um povo acolhedor.

15. A educação na Lapa

Era algo encantador

Os tropeiros na estrada

Enxergavam seu valor

Boiadas se arrastavam

Sem lhe atribuir favor.

16. De repente se reúne

Pioneiros da missão

Professora Mariquinha

Fez cumprir sua função

Com exemplo se resume

Maria Teófila em ação!

17. Neste ponto adveio

O dito Prado Valadares

Patronato, assim, creio

Fez missão como Palmares

Aqui neste lindo seio

O ensino é uma arte.

18. Dentre as educadoras

Se Destacam as beldades

Mulheres e professoras

Que tiveram lealdade

Fazendo da antiga Lapa

Um recanto de verdade.

19. Nestes versos tão singelos

É possível registrar

A patrona Amélia Augusta

Que deu nome este lugar

Com prosa e lindos versos

Hoje dela vou falar.

20. À mestra e educadora

Seguimos na direção

Ela era professora

Grande foi sua missão

Numa era opressora

Alguns não deram razão.

21. Com o decorrer do tempo

A educação mudou

O modelo ultrapassado

Logo se formalizou

Norteada pelo Estado

Instrumento de valor.

22. A Professora clarice

Angélica e Leonor

Saul, Monízia e Ubaldina

Por aqui peregrinou

Com coragem, paz e sina.

Transmitiam o amor

23. A professora Celina

Dulce Chaves e Arlete

A saudosa Felicina

Esta terra enobrece

E ao professor Dionísio

Respeito lhe enaltece

24. A pró Francisca Fonseca

E a querida Elizete

A pró Nair e Iracema

Delas ninguém se esquece

A pró Eulina e Eunice

Neste cenário aparece

25. Também tivemos pró Júlia

Além da pró Cleusa Arão

Mulher de imensa ternura

Que cumpriu sua missão

A saudosa pró Angélica

Nossa eterna gratidão

26. A pró Judite Oliveira

Que muito alfabetizou

Percorrendo o Sapé

Com seu ensino de amor

Letrando muitas pessoas

Para executar labor

27. Pró Clarice Caribé

E pró Judite do Prado

Também a pró Marinalva

Do antigo Patronato