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A arte na Educação Infantil

Relatório de pesquisa: A arte na Educação Infantil. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.820 Palavras (8 Páginas)  •  1.069 Visualizações

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A arte na Educação Infantil

Aline SANTANA NALIN

Resumo

O presente texto pretende apresentar uma discussão a respeito do ensino das artes na educação infantil, partindo da análise paralela das respostas obtidas em entrevistas a professoras da educação infantil e do texto Encaminhamento metodológicos disponível nas orientações para esse trabalho. Além disso, busca-se discutir a questão da desvalorização da disciplina de artes que acaba sendo tratada de forma inferior em relação às outras disciplinas, embora tenha a mesma importância para o desenvolvimento da criança.

Palavras-chave: Artes. Educação Infantil. Desenvolvimento.

Introdução

A educação infantil, primeira etapa da vida escolar da criança tem como responsabilidade promover o bem – estar não só físico, mas também o afetivo, o social e intelectual dos pequeninos. E como há muito ouvimos a arte é um meio que engloba todos esses tipos de bem – estar na vida da criança. A arte faz parte do legado cultural produzido pelo homem e ele a utiliza como meio de expressão desde a pré-história. Assim, podemos afirmar que a criança tem a arte como forma de expressão e se tiver estimulo poderá se desenvolver de forma progressiva e completa. Como nos diz Martins, Picosque e Guerra (1998), a arte é a linguagem básica dos pequenos e deve merecer um espaço especial, que incentive a exploração, a pesquisa, o que certamente não será obtido com desenhos mimeografados e “exercícios de prontidão”(p.102).

A fala dos autores nos indica que o relacionamento da criança com a arte deve ser bem elaborado, planejado e pensado pelos professores. Estes devem ter a consciência de que arte não deve ser trabalhada em atividades descontextualizadas, de forma que seus alunos tenham sua criatividade limitada. Ao contrário, o professor deve estabelecer uma prática pedagógica que entenda a arte, com procedimentos que desenvolvam a criatividade e poética pessoal da criança e aumente o seu repertório de conhecimentos artísticos. É através do professor que o aluno terá o contato com as diversas manifestações artísticas ainda desconhecidas, ampliando seu conhecimento de mundo e colaborando com o seu desenvolvimento. Como nos diz Lowenfeld e Brittain (1970) “a arte pode contribuir imensamente para esse desenvolvimento, pois é na interação entre a criança e seu meio que se inicia a aprendizagem” (p. 115). Então, se no meio com o qual a criança tem contato com a arte, nesse caso, a escola, for um meio estimulante, certamente seu relacionamento com a arte será extremamente prazeroso e construtivo.

A arte está presente em diversas ações da criança como, por exemplo, no desenhar, no cantar ou no dançar. E, nessas ações a criança é capaz de expressar sua ideias e sentimentos. Apesar de sabermos que essas habilidades podem ser desenvolvidas em outras disciplinas, deve se ressaltar que é nos momentos de reflexão e apreciação proporcionadas pelo professor que gosta e ensina a arte que o seu verdadeiro sentido será entendido pela criança e ela levará esse entendimento da arte por toda a vida.

A arte na educação infantil-contextualização

Quando falamos em arte de forma solta imediatamente no remetemos à nossa infância quando em muitas brincadeiras tentamos colocar em prática nossos “dotes” artísticos. Atire a primeira pedra quem nunca tentou fazer uma “pintura moderna ou abstrata” nas paredes de casa. Pois é, pena que fomos mal interpretados. Como éramos crianças não valorizaram nossa manifestação artística. Já na escola podemos afirmar que Artes foi a disciplina que mais gostamos, pois através dela podíamos criar e recriar. Nós tivemos a sorte de termos como professoras de artes mulheres que realmente amavam o que faziam. Sentimos até uma certa nostalgia das aulas tão esperadas, que aconteciam apenas uma vez na semana.

Lembramo-nos também daqueles colegas que como muitos ainda hoje desvalorizavam as aulas de artes dizendo que não serviam para nada. Isso porque a nossa sociedade extremamente tradicionalista ainda tem as raízes da educação “bancária” como nos diz Paulo Freire, onde o aluno senta, escuta e escreve o vasto conteúdo transmitido pelo professor. Nesse entendimento equivocado de muitos, as aulas importantes eram aquelas em que o professor enchia o quadro de conteúdos e depois dava uma prova que exigia o famoso “decoreba”. Mas aulas de artes eram muito diferentes, a avaliação era feita de forma que nós nem mesmo percebíamos que estávamos sendo avaliadas. Nas aulas aprendíamos naturalmente nos tornando capazes de criar, desenvolver e adquirir conhecimentos teóricos e práticos.

Em pesquisa de campo sobre o ensino das artes na educação infantil, entrevistamos três professoras da rede particular de ensino da cidade de Montes Claros que nos trouxeram contribuições acerca do ensino da disciplina de artes. As três professoras trabalham a disciplina utilizando modalidades diversas como: desenho, pintura, modelagem, colagem, fotografias e outras. E isso demonstra a preocupação com repertório imagético que é muito relevante no incentivo à criação. As docentes utilizam vários tipos de materiais em suas aulas como tintas, lápis de cor e papéis diversificados, que segundo elas, através da diversidade de materiais disponibilizados aos alunos há a colaboração com o desenvolvimento de trabalhos artísticos.

As professoras demonstram gostar muito de trabalhar com artes e reconhecem a importância dessa disciplina na educação infantil. Concordamos com Leão (2008) que diz que sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura. Entretanto, muitas vezes, o ensino das artes na escola é mal interpretado e a disciplina ficou estigmatizada pela ideia de aula sem conteúdo ou um mero “passatempo”.

É interessante encontrar educadoras que valorizam o ensino de artes, inclusive, elas relatam que utilizam obras de artes em suas aulas seguindo algumas sugestões de trabalho da revista Nova Escola. E, além disso, as entrevistadas afirmam que o contato direto com obras de arte aumenta o conhecimento artístico das crianças. Segundo elas o mais importante para um boa aula de artes não são as inúmeras técnicas e sim o planejamento e estudo, pois geram segurança. Podemos encontrar essa mesma linha de pensamento em Ferraz e Fusari (1993) que dizem que “o que se tem constatado é uma

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