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ANÁLISE DOS LIVROS ESCRITOS POR SURDO.

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Por:   •  25/6/2014  •  1.338 Palavras (6 Páginas)  •  2.072 Visualizações

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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CURSO DE LETRAS LIBRAS

Professora; Janaina Aguiar Peixoto.

Aluna; Luana Sousa da Silva.

Disciplina; Estagio 3.

ANÁLISE DOS LIVROS ESCRITOS POR SURDO.

Análise dos Livros Tibi e Joca de Claúdia Bisol e A verdadeira beleza de Vanessa Vidal.

O livroTibi e Joca é um livro de libras do ano de 2001 escrito pela Cláudia Bisol, que conta com a participação especial de um surdo, Tibiriçá Maineri. Essa história é de de Joca, um menino especial(surdo), e seu amigo Tibi. Juntos, eles fazem uma descoberta que mudará as vidas de Joca e sua família. Uma descoberta que pode ser importante para você também. Esta história é parecida com as histórias de muitas crianças que nasceram surdas. O texto é rico em ilustrações e, além da história registrada na língua portuguesa, há um boneco-tradutor que sinaliza as palavras-chave de cada página, que permitem ao usuário da Libras acompanhar a história.

Para analisar o personagem com deficiência, Amaral (2002, p. 41) apresenta três eixos básicos: a gênese da deficiência (com presença ou não de uma “culpabilização” do próprio personagem); o status do personagem (estereotipia em vítima, herói ou vilão; presença constante de sentimentos de tristeza, desgosto, solidão, conformismo, desamparo, desesperança; presença de características nitidamente compensatórias; presença de atitudes e ações condenáveis do ponto de vista da moral vigente); desfecho da história (eliminação ou não da diferença ou do diferente, pela “cura” ou ormalinzação, etc). Na medida em que algumas dessas possibilidades analíticas forem relevantes para nossa discussão, as utilizaremos.

Dúvidas, desespero, acusações, sofrimento dos pais é um mundo que teima em não se organizar sobre a criança. O que fazer?

No desenvolvimento da história, observamos que o personagem é um menino surdo que nasceu em uma família com pais ouvintes. Todos passaram por momentos difíceis até que começam a usar a língua de sinais.

A narrativa de “Tibi e Joca – uma história de dois mundos” (livro 2), inclusive, é desenvolvida primordialmente através das ilustrações, que “narram” as diferentes cenas, a serem entendidas, conforme o próprio livro diz, também por crianças surdas, para as quais a visualidade é de maior importância do que para as ouvintes.

Apresenta uma narrativa de vida, feita em 1a. pessoa, de um menino surdo, desde a felicidade pelo seu nascimento, a descoberta da surdez pelos pais, a solidão vivida pelo menino dentro de um mundo falante e sonoro, até seu resgate por um personagem que o leva para um grupo de surdos e onde o menino aprende a Língua de Sinais. As dificuldades de os pais aprenderem a Língua dos Sinais é ultrapassada, ao final, pelo sentimento de amor, simbolizado no abraço do menino surdo e de seus pais, que formam uma ponte visual sobre os dois “mundos” (o dos ouvintes e o dos surdos).

Outro conjunto de livros impressos de literatura infantil é possível encontrar no “KIT LIBRAS É LEGAL”. Há cinco livros que cumprem uma função prioritariamente didática. Os livros são ilustrados, apresentam a sinalização da Libras em desenhos, a escrita da língua de sinais e o português. Observe a descrição de cada um dos livros

A literatura surda está relacionada com a cultura surda. A literatura da cultura surda, contada na língua de sinais de determinada comunidade linguística, é constituída pelas histórias produzidas em língua de sinais pelas pessoas surdas, pelas histórias de vida que são frequentemente relatadas, pelos contos, lendas, fábulas, piadas, poemas sinalizados, anedotas, jogos de linguagem e muito mais. O material, em geral, reconta a experiência das pessoas surdas, no que diz respeito, direta ou indiretamente, à relação entre as pessoas surdas e ouvintes, que são narradas como relações conflituosas, benevolentes, de aceitação ou de opressão do surdo.

As publicações sobre os surdos e a língua de sinais são raras. No entanto, as histórias são contadas e circulam na língua de sinais, que repassa, de uma geração para outra, os valores, o orgulho de ser surdo, os feitos dos líderes surdos, as histórias de vida e as dificuldades de participação em uma sociedade ouvinte. Desse modo, a literatura surda é, num certo sentido, uma tradição “em sinais” e é, eventualmente, registrada em filmes ou vídeos. Outras formas de registro são as traduções das histórias para a língua escrita do país, por exemplo, as histórias que são contadas na língua de sinais brasileira e que são, posteriormente, traduzidas para a escrita da língua portuguesa.

Nem todos os livros que apresentam personagens surdos ou que tematizam a surdez fazem parte da literatura surda.

Para analisar o personagem com deficiência, Amaral (2002, p. 41) apresenta três

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