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Critica do filme clube de compras Dallas

Por:   •  7/4/2015  •  Ensaio  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  1.134 Visualizações

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Crítica do filme Clube de Compras Dallas.

O primeiro ponto que me chamou atenção foi com relação ao comportamento homofóbico da sociedade texana que ficou muito bem representado pelo personagem Ron Woodroof (Matthew McConaughey)  e seu ciclo de amigos. A AIDS conhecida na época como doença de homossexuais era um estigma pra qualquer pessoa que fosse portadora. E não importava quão próxima era essa pessoa. Teve AIDS já era um fator automaticamente excludente.

Tirando de lado os julgamentos de certo ou errado, justo ou injusto. Um amigo um dia me contou uma história. Acho que pode me auxiliar nessa análise. A história era sobre uma tribo indígena, essa tribo tinha na sua cultura e conduta um comportamento muito diferente. Quando seus idosos completavam uma certa idade, seus filhos deviam amarrá-los e colocá-los em um barco no rio. Eles eram deixados pra morrer! Na época, o que meu amigo queria transmitir era que caso os filhos não realizassem aquele ato seriam banidos da tribo, por mais amor que tivessem a seus pais. Estávamos na época em uma conversa sobre o que é certo e o que nos servia de base para um julgamento. Ele me disse que errado era agir contra sua base de relações, no caso em questão ir contra o que a tribo dizia. Por anos essa conversa me vêm a tona.

Vendo o filme me remeti a ela novamente. Sem entrar no mérito, e falando dos conceitos de moral e ética da sociedade texana, quem não se enquadra-se deveria ser excluído da tribo. Ser colocado no barco pra morrer, automaticamente, sem questionamento. Foi assim que vi a exclusão de Woodroof.

Pessoalmente fiquei muito chocada com diversas cenas e situações ali interpretadas, acredito que eles agiram dentro da ética social que os cercava.

O momento da notícia de ser soro positivo é interessante. O machão convicto com AIDS. E daí pra frente é só ladeira abaixo. Ron Woodroof tem vários desvios de caráter e busca incessantemente  viver. Acredito que lá nos Estados Unidos a propina e corrupção tenha ainda mais impacto pra quem assiste do que para nós brasileiros, quero dizer que lá deve-se ter a impressão que é mais grave por ser algo um pouco mais difícil de se ver do que aqui.

Mas até que ponto é antiético batalhar para viver? Até que ponto é valido tentar ter acesso a um medicamento que pode te salvar? Acredito que se seus atos não estão prejudicando nenhum outro ser, então seria válido. No filme não achei claro se ao comprar o medicamento ele estaria tirando a oportunidade de outra pessoa ter acesso.

Ao vender os peptídeos e outros compostos naturais que Ron pega no hospital alternativo, vejo um alto custo de oportunidade. Ele lucra e ainda ajuda outras pessoas. Não acho que ele estava pensando em ajudar ninguém – isso no começo do negócio, depois até acho que ele fez para ajudar. Não achei antiético. O problema aqui ao meu ver está na FDA.

A FDA pra mim é a grande vilã. Não pensou no cidadão, apenas no lucro. É sacrificante ver que o maior adversário do paciente é o governo que a princípio está ali para defendê-lo. O que pra mim é o mais grave é que a FDA se reveste da capa de protetor do doente para evitar que haja acesso a um medicamento que realmente faça a diferença.

Por último vejo a amizade entre Ron e seu amigo travesti (Jared Leto) é muito interessante ver que uma relação meramente comercial vira uma relação afetiva, ainda mais para Ron que traz a carga social de anos de preconceito.

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