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Fundamentos Da Educação - Educação Espartana - Período Homérico

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Por:   •  26/2/2014  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  1.082 Visualizações

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Educação Espartana, Ideal Homérico e Defesa de Estado

A educação espartana, o ideal homérico e a defesa do Estado se interligam, exemplo disto é que na educação espartana o bem do Estado conferia o maior valor às ações humanas.

Talvez, a manifestação mais clara dessa mentalidade grega seja apresentada por Esparta e seu modelo educativo. Em Esparta, o ideal homérico de formação manteve-se mais intacto, pelo menos na sua versão bélica. No entanto, o indivíduo não é concebido na sua dimensão subjetiva, e, portanto, a sua formação tendia, sobremaneira, a beneficiar o Estado.

O Estado atribuía à educação uma missão fundamental para a sua conservação, na medida em que ela deveria formar cidadãos compatíveis com o projeto político de Esparta. Foi por essa razão que o Estado espartano considerava as crianças e os jovens como sua propriedade, os quais deveriam ser moldados conforme seus fins. Como o Estado era considerado o Bem supremo, o papel da formação individual reduzia-se ao mínimo. Percebe-se como a educação, nessa versão, visa somente a moldar o indivíduo conforme as necessidades estatais. Observamos aqui que se trata de um homem "produzido" pelo e para o Estado. Esse modelo de educação nos mostra uma formação unilateral, que descarta o desenvolvimento subjetivo e pessoal do indivíduo.

Para compreender melhor a educação homérica, temos de, em princípio, compreender a sua religião, pois é desta que aquela tomará inspiração. A epopeia homérica, que origina a religião dos antigos gregos, parece não ter analogia com outra religião, pois não se baseia em uma relação de adoração, como qualquer outra, mas, antes de tudo, de rivalidade. Aos deuses gregos, são atribuídos traços humanos, ou seja, antropomórficos. Eles são bons ou maus, justos ou injustos, nobres ou covardes; enfim, são como os humanos. A única diferença que podemos ressaltar entre deuses e humanos é o fato de os deuses serem imortais. No entanto, os homens também poderiam sê-lo; bastava agirem e comportarem-se como heróis.

Havia uma rivalidade entre os deuses e os heróis humanos, o que por sua vez, forçava o homem a superar-se, a tornar-se um Deus e a concorrer com eles.

Era uma religião que necessitava do “homem-herói”. À base desse paradigma heroico da existência humana, em que o herói preferia a morte – após uma luta sangrenta coroada pela glória – do que a existência feliz, a educação toma inspiração.

Temos de notar que esse modelo propiciava a formação do lado subjetivo do homem, todavia, essa formação de excelência traria também para o Estado enorme benefício, pois é o herói quem, nos combates, glorificava e dava relevância ao seu Estado. Nesse período, o povo grego ainda não dominava a arte de ler e escrever, e, por isso, a educação era transmitida oralmente. A Ilíada e a Odisseia eram a base dessa transmissão oral. Os heróis das epopeias serviram como modelo de imitação para os jovens. O processo de formação dos jovens gregos efetuava-se por meio da disputa e da concorrência, já que se acreditava que esse era o caminho para o homem se desenvolver. Com isso, a disputa tornar-se um meio imprescindível para o gênio se destacar e ficar reconhecido.

Foi o ostracismo que revelou esse modelo agônico de educação. Segundo tal modelo, se, numa

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