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Mangás: do Japão ao mundo

Por:   •  12/6/2016  •  Seminário  •  5.104 Palavras (21 Páginas)  •  337 Visualizações

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  Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini[pic 1]

Ensino Médio Politécnico

Componente Curricular: Seminários Integrados

MANGÁS: DO JAPÃO AO MUNDO

Nomes: Eduardo Felipe Reckziegel, Murillo Augusto Tramontini e Vitória Bazanella

Turma: 2ºEM1

Professora: Rosmari Terezinha Cazarotto

Encantado, agosto de 2013.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 2

1 A HISTÓRIA DO MANGÁ 3

1.1 JAPÃO 3

1. 2 BRASIL 6

2 O MANGÁ NA TELEVISÃO 8

3 O MANGÁ E O JAPONÊS 11

4 A PUBLICAÇÃO DO MANGÁ E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA 13

5 A LEI 156 E A DECADÊNCIA DOS MANGÁS 17

CONCLUSÃO 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre quadrinhos, mais concretamente os mangás, as histórias japonesas, os períodos desde sua criação até a chegada no Brasil, o estopim na televisão, sua relação íntima com o povo nipônico e a influência na economia do Japão, abordando superficialmente sua decadência e algumas curiosidades.

São objetivos deste trabalho conhecer melhor o universo dos quadrinhos e compreender o por que de serem tão populares não somente em seu país de origem, mas no mundo inteiro, e apresenta-los para aqueles que ainda não o conhecem.

Está organizado em cinco partes principais. Na primeira parte, é abordado o surgimento do fenômeno do mangá no Japão e sua chegada sorrateira em terras brasileiras. Na segunda parte, é falado sobre os mangás que fizeram sucesso a ponto de chegarem à televisão em forma de animação e como foi o estopim dos animês no Brasil. A terceira parte mostra a relação íntima que os japoneses têm com os quadrinhos e como eles são fundamentais no aprendizado. A quarta parte relata a publicação das histórias e a influência que elas têm na economia japonesa. A quinta parte aborda a criação da lei 156 e a decadência dos quadrinhos.

A metodologia utilizada para a realização do trabalho foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com algumas entrevistas.

1 A HISTÓRIA DO MANGÁ

1.1 JAPÃO

As histórias em quadrinhos japonesas são consumidas fervorosamente todos os dias em seu país de origem, dificultando o trabalho de imaginar um Japão sem mangá. Contradizendo as expectativas dos ocidentais, o público não é composto apenas por crianças e pré-adolescentes, mas universitários, executivos, donas de casa e idosos. O mangá está presente em todos os lugares do país.

Entretanto, apesar de estar enraizado na cultura japonesa, o mangá nem sempre foi tão popular, tornando-se alvo de comentários apenas no final do século XIX. Isso se dá devido às tendências dessa cultura milenar terem se misturado com as novidades trazidas pelos europeus, transformando o mangá no que talvez seja o primeiro exemplo de expressão política do Japão.

A palavra mangá significa “rabiscos descompromissados” ou “imagens involuntárias”, frases que transparecem o caráter gráfico presente nos quadrinhos japoneses. O termo foi originado com o trabalho de Katsuhika Hokusai, criador do Hokusai Manga. Composta por 15 volumes, Hokusai Manga era uma série de livros com representações do corpo humano, retratando a vida cotidiana das pessoas, que ainda é o tema mais abordado dos mangás.

A história do mangá começa por volta do século XII, onde os emakimono se fazem presentes. Eram rolos de pergaminho que continham uma única figura desenhada, com aproximadamente 10 metros de comprimento. O rolo apresentava uma narrativa conforme era desenrolado, sendo considerado uma das formas de narrativa visual mais antigas do mundo. O mangá como o conhecemos hoje, no entanto, começa a ser impulsionado no século XIX, quando se mistura com a História do Japão.

Em meados de 1853, após um forte período de conflito interno em seus senhores feudais, o Japão voltava a ser comandado por um único imperador. Embora ainda presente na cultura, o imperador havia perdido seu poder de decisão sobre o Japão para os senhores de guerra feudais, os chamados daimyô. Após 200 anos, o país abre novamente seus portos para o Ocidente, possibilitando a entrada de material artístico vindo da Europa.

Os jornalistas europeus eram quem escreviam, e além disso, desenhava as charges políticas que representavam a situação atual do arquipélago. Essas charges são o grande impulso para o desenvolvimento dos quadrinhos. George Bigot e Charles Wirgman eram jornalistas e chargistas que foram enviados ao Japão como correspondentes, sendo os criadores dos primeiros cartuns que chegaram no país.

Décadas depois, no século XX, Rakuten Kitazawa foi o primeiro ilustrador japonês a usar personagens regulares em seus quadrinhos, que já chamava de mangá. Foi bastante influenciado por Wirgman e foi o mais famoso chargista do Japão, chegando a atingir fama internacional. Sua primeira série, Togosaku e Morubê passeando em Tokyo, era publicada no “Jiji Mangá”, um suplemento dominical.

O mangá, até então, era de cunho político e voltado para os adultos, já que retratava as transformações políticas e econômicas do Japão. No fim da Era Taisho, foram publicadas as primeiras histórias infantis, tais como Shochan no Boken, Manga Taro e Norakuro. Mesmo sendo influenciados por outros artistas, mais tarde foram desenvolvendo seus próprios estilos de narrativa e traço.

Cada vez mais os japoneses focavam nas histórias infantis, fazendo com que o número de publicações nacionais crescesse e, consequentemente, fechasse as portas do mercado estrangeiro. Essa tendência ainda pode ser vista nos dias de hoje, já que há muita dificuldade em encontrar comics americanas ou europeias nas lojas de mangá. Alguns personagens mais populares, como Batman, Superman e Spiderman acabam sendo conhecidos pelos artistas, que os transforavam em referências.

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