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O Axé (estilo Musical)

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Por:   •  2/11/2013  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  1.083 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva.

O Axé é um gênero musical surgido na Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros ritmos afro-latinos.

O termo Axé é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé. Lá há o Samba-reggae, representado principalmente pelo Bloco Afro Olodum, o Samba de Roda, o Ijexá, o Pagode e até uma variação de frevo.

Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as Micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano, tendo como maiores nomes Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte entre outros.

2 CONTEXTO HISTÓRICO

O axé, saudação do candomblé, antigamente não era visto como um movimento nem um gênero musical, e sim uma rotulação dada a musica que é feita por uma série de artistas que acabaram misturando ritmos nordestinos, caribenhos e até mesmo africanos com o pop-rock. Mas hoje em dia as pessoas passaram a chamar de gênero musical.

A origem do carnaval começou na década de 1950, com a influência de Dodô e Osmar e seu "frevo eletrizado" de produção própria. Assim nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1969 na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da tradição de grandes cantores 'puxando' os Trios elétricos. A partir da década de 1960, aconteceu então a proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Aiyê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos afros como o ijexá e o samba.

Sob a influência das letras e canções de Bob Marley nos ouvidos, surgiu no Olodum - sob a batuta do mestre Neguinho do Samba - um ritmo que misturava Reggae e Samba, num estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador a partir dos anos de 1980: o Samba-reggae. Também em 1980, Luiz Caldas e Paulinho Camafeu tiveram a ideia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá. Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1985 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Luiz Caldas que foi a música que serviu como o marco do definitivo reconhecimento do axé. Passado dois anos, o jornalista Hagamenon Brito acabou batizando como axé music todas as representações do ritmo tocadas em trios elétricos, com isso, o axé acabou se popularizando e continua fazendo sucesso até os dias de hoje.

O primeiro Axé foi realizado em 1999 no Estádio da Independência para um público de 62 mil pessoas em dois dias de eventos. Onde Ivete Sangalo estreou sua carreira solo e Emanuelle Araújo passou a comandar a Banda Eva. Sendo que foi o ano da música “Dança da Manivela” de Asa de Águia.

Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Banda Reflexus (do sucesso 'Madagascar Olodum'), Sarajane, Cid Guerreiro (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile), Banda Cheiro de Amor (com Márcia Freire) e Margareth Menezes (a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking Heads, David Byrne). No início da década de 1990 o Olodum foi convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco 'The Rhythm of The Saints'.

O axé só passou a ser chamado e reconhecido como um gênero música depois que Hagamenon Brito batizou o axé juntamente com o “music”.

"Hoje, ainda há polêmica na hora de definir a quais músicas o termo se aplica, mas todos fazem coro num ponto: seu papel foi o de fundar um novo mercado musical".

3 O AXÉ MUSIC

3.1 Origens estilísticas

Podemos concluir então que o axé possui variadas origens de estilos, ele é uma mistura de ritmos musicais como o Frevo, o Reggae, o Merengue, o Deboche, o Maracatu, o Forró, o Ijexá, Ritmos afro-brasileiros e afro-latinos.

3.2 Habilidades físicas trabalhadas

Força: Na dança do axé, em geral, é trabalhado principalmente os membros inferiores, como pernas, glúteos e panturrilha Mas também exige um pouco dos braços e abdômen por causa dos movimentos.

Velocidade: A velocidade de qualquer dança depende da música e do “timing” dos dançarinos. A velocidade no axé ajuda na força, flexibilidade, coordenação, resistência, autoestima e permitindo um aumento na circulação. O axé ajuda-nos a queimar calorias em excesso e a melhorar a nossa energia. A dança queima entre 5 a 10 calorias por minuto, dependendo da velocidade e a intensidade.

O aquecimento e o alongamento são importantes na dança e em qualquer atividade atlética, pois prepara a musculatura para atividades vigorosas, atuando assim como uma medida de prevenção das lesões. Seguindo a mesma linha de pensamento, muitas lesões músculo ligamentares são decorrentes da falta de aquecimento prévio. Um músculo aquecido é mais elástico e trabalha de forma rítmica e ordenada, contraindo-se com mais eficiência e relaxando completamente em um menor tempo.

Coordenação Motora: Na dança do axé é exigida muita coordenação, tanto quanto em qualquer outra dança, que pode possuir características totalmente diferentes, pois é preciso que haja concentração nos movimentos e segurança em sua realização.

As aulas de dança são ótimas opções para queimar calorias de um jeito divertido, sem o peso dos aparelhos da academia. Porém, para desenvolver e melhorar a coordenação motora para dançar cada vez melhor, o treino frequente é fundamental e extremamente importante, como alertou o neurologista Tarso Adoni.

Segundo o médico, a falta de treino e aptidão pode fazer também com que a pessoa tenha dificuldades em movimentar partes do corpo isoladamente – por exemplo, rebolar apenas com o quadril. Ainda sobre movimentação, o neurologista esclareceu que, por o ser humano costumar andar para frente, tem mais facilidade de se

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