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O Centro de Linguagens e Comunicação

Por:   •  16/4/2020  •  Resenha  •  1.323 Palavras (6 Páginas)  •  112 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Centro de Linguagens e Comunicação

        Artes Visuais

Didática Geral

Prof.ª Magali Arnais

Bibliografia: Ferraz, Maria Heloísa C. de T. Metodologia do ensino de arte: fundamentos e proposições. Ferraz, Maria H. C. de Toledo e, Maria F. de Rezende e Fusari. - 3. ed. rev. e ampl. - São Paulo: Cortez, 2018. Cap.1 - 2.

        

Campinas

2020

O capitulo em questão nos leva a refletir sobre a importância da arte na educação, além das possibilidades de o educador entender e intermediar esse ensino. Quando pensamos no desenvolvimento do ensino e aprendizagem em artes é preciso pensar em toda uma rede de conceitos e envolvidos, como o papel que o professor assume na educação e a maneira como se pode contribuir para a ampliação do repertorio artístico do aluno, de modo que isso faça sentido para ele.

A arte possui grande papel na vida humana, sua função indispensável de possibilitar a expressão e a comunicação está presente desde os anos iniciais, quando através de desenhos as crianças conseguem expor seus sentimentos e seu olhar sobre o mundo ao qual está inserido, sendo este seu principal meio de comunicação. É desse modo que nos expressamos sobre os sentimentos que o meio ao qual vivemos nos desperta, e ao longo do tempo esse meio também nos modifica, contribuindo para a formação do nosso senso estético, a escola e o ensino artístico surgem assim como uma maneira de intermediar esse aprendizado, inserindo novas possibilidades de aprendizado, vinculando conhecimentos sociais e culturais aos conhecimentos produzidos na escola, ampliando os conceitos sobre aquilo que o educando conhece como arte. Para que isso possa fazer sentindo é importante também que o professor conheça a realidade de seus alunos, mapeando aquilo que eles conhecem e entendem como arte para que, a partir disso, seja possível aproximar o conteúdo com a realidade do aluno, proporcionando uma educação de qualidade e que seja significativa para aqueles que estão aprendendo, que se ligue e se relacione com aquilo que já conhecem, ampliando de maneira efetiva o repertorio cultural dos educandos.

 É papel do professor também instigar o aluno a refletir sobre as diferentes formas de arte, levando em conta a cultura ao qual está inserida e também o contexto, conhecer os artistas/autores e suas particularidades que refletem na obra, entender a importância da contato da obra com o publico e os modos de comunicação, compreendendo os sentidos que a obra pode vir a trazer e fazer, possibilitando que o aluno entenda todo o universo que envolve a arte, diversificando seu ensino e ampliando sua formação artística. Para que isso seja possível é preciso que o professor esteja em contato com o conhecimento da arte, se atualizando, pesquisando e aperfeiçoando-se progressivamente, se organizando para proporcionar o melhor e mais completo ensino, proporcionando condições para que o aluno cresça e aproxime-se da arte.

Para compreender o ensino da arte é essencial também termos conhecimento do contexto histórico que marcou seu desenvolvimento até os dias atuais — como o papel dos movimentos artísticos — entendendo assim o processo educacional, sua relação com a escola, com a sociedade e com nossa vida no geral.  A partir desse histórico é possível também compreender as vertentes e tendências que foram surgindo na área, utilizadas para analisar as práticas pedagógicas e politicas públicas para educação.

O século 19 foi o marco para a sistematização da educação no brasil, inicialmente era papel dos grupos religiosos educar a população, os colégios dessa época tinham como finalidade a doutrinação religiosa e em sua maioria era voltada para a elite da colônia, enquanto os nativos eram educados em escolas-oficinas que buscavam formar para o trabalho. Logo quando houve a desorganização desse sistema, devido a expulsão dos jesuítas de Portugal no brasil, houveram grandes mudanças, e a chegada da corte em 1808 mudou todo o cenário do brasil em diversas camadas — desde a politica até a cultural — e formou-se um sistema educacional mais estruturado, que ficou dividido em três níveis: O primário, secundário e o superior, e mais o ensino profissionalizante. Com a fundação da escola de belas artes instaurou-se oficialmente o ensino de artes no brasil, que tinha como principal modelo as academias de arte europeias, que tinham valores neoclássicos, portando valorizavam o ensino da harmonia, do equilíbrio e o domínio dos materiais. O ensino do desenho tinha a finalidade de ser útil para a vida profissional e também desenvolver habilidades com técnicas e racionalidade.

        Permaneceu-se esse modelo de educação até as primeiras décadas do século 20, chamada de pedagogia tradicional, o ensino da arte nessa época buscava ser utilitário para a vida profissional, preparando os alunos em termos técnicos. Essa modalidade de ensino era voltada para o treino do olho, portanto foi uma época em que os desenhos em sua maioria eram cópias, onde as atividades eram feitas para fixar e repetir, sendo muito valorizado o traço, as formas, e o contorno. Os ensinamentos nesse momento eram interpretados como verdades absolutas e o que importava era sempre o produto final e não o desenvolvimento do aluno, sendo então um modelo de educação em que visava apenas a transmissão do conteúdo que seria reproduzido em diante, sem reflexão e sem interligação com as realidades e diferenças sociais.. Posteriormente necessitou-se de uma reformulação do ensino, foi então que entre o século 19 e 20 firmou-se a pedagogia nova no brasil. Ao contrário da pedagogia tradicional, que cultivava apenas o aprendizado da técnica, a pedagogia nova buscava a expressão própria, tinha a preocupação de entender o processo de aprendizado do aluno e como isso refletia em seus trabalhos artísticos. A pedagogia nova é uma pedagogia experimental com fundamentos em estudos pedagógicos, filosóficos e psicológicos que foram se desenvolvendo na época, portanto possuía uma base teórica por trás desses novos métodos de educar. Foi nesse momento que se entendeu a devida importância da criação artística para a aprendizagem, surgindo então o desenho livre e outras formas de atividades que buscavam dar liberdade expressiva para os educandos, um estilo de educação voltado para o desempenho do aluno e seu desenvolvimento natural, onde o professor podia perceber as particularidades entre seus alunos e integrar isso ao ensino, vinculando as diferentes realidades e a diversidade aos saberes da sala de aula.        

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