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PRESENÇA DO BARROCO NO RECÔNCAVO DA GUANABARA

Por:   •  19/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.290 Palavras (14 Páginas)  •  254 Visualizações

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[pic 1]

Pós-graduação Lato Sensu

História da Arte Sacra

 

MANEIRISMO, BARROCO E ROCOCÓ NA ARTE RELIGIOSA.

Rio de Janeiro

2017

ELAINE TAVARES DE GUSMÃO [pic 2]

MANEIRISMO, BARROCO E ROCOCÓ NA ARTE RELIGIOSA.

Trabalho apresentado a Professora Myrian Andrade Ribeiro de Oliveira da disciplina Teoria e Metodologia da Arte Sacra, do curso de Pós Graduação Lato Sensu em História da Arte Sacra.

     

RIO DE JANEIRO

2017

SUMÁRIO                [pic 3]

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1 – PROGRAMAS ARQUITETÔNICOS, IGREJAS SECULARES E ORDENS RELIGIOSAS.

A arte sacra brasileira é fortemente representada por construções dos séculos XVI, XVII e XVIII. Nesse período os estilos predominantes eram o maneirista, barroco e o rococó. As construções maneirista do século XVI e início do século  XVII, possuem uma arquitetura simples e decoração interna mais austera. No século final do século XVII e no século XVIII, surge o barroco com construções mais complexas com arquitetura curvas e fachadas feitas em pedra e sua decoração interna rica e opulenta. No século XVIII, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo, surge o rococó com suas rocalhas e elegância nas decorações internas, e nas arquiteturas mineiras e pernambucana.

A Igreja Católica deixou um patrimônio precioso nas cidades brasileiras, e foi responsável por grande parte da reprodução artística e estética de estilos que marcaram o período colonial. Essas representações eram encomendadas pela Igreja Secular e construídas em forma de ermidas, capelas primitivas, igrejas de irmandades, matrizes, catedrais e misericórdias. E pelas Ordens Religiosas as construções de Mosteiros, Conventos e Colégios.

“Nos séculos XVI, XVII e XVIII três estilos europeus diferenciados, o maneirismo e o barroco de fonte italiana e o rococó de fonte francesa e germânica foram sucessivamente implantados no Brasil pelos colonizadores portugueses.” (p.01)

“Estreitamente ligada ao Estado pelo regime do padroado a Igreja Católica assumiu em consequência o papel de cliente preponderante da encomenda arquitetônica e artística no período colonial, repartida nos dois segmentos que a condicionam desde a época medieval: a Igreja Secular e as Ordens Religiosas. O primeiro caracteriza os programas ligados à administração oficial da Igreja e à iniciativa privada dos colonos, abrangendo tanto construções de vulto como as matrizes, catedrais e misericórdias quanto as ermidas, capelas primitivas e igrejas de irmandades. O segundo segmento engloba os partidos subordinados às diretrizes espirituais e programas específicos das ordens jesuíta, franciscana, beneditina e carmelita, instaladas no Brasil a partir do estabelecimento do 1° Governo Geral em 1549.” (p.01-02)

“À diversificação tipológica das capelas primitivas sucede a relativa padronização das matrizes, símbolos do poder oficial da Igreja, construídas nas proximidades do poder civil representado pelas casas de Câmara e Cadeia. Construções de grandes dimensões, para que nelas pudessem assistir aos ofícios todos os “fregueses” de uma determinada paróquia ou freguesia, sua planta incluía via de regra uma ampla nave alongada separada da capela-mor pelo arco cruzeiro, corredores externos para circulação e sacristia nos fundos, com o consistório para reunião das irmandades no cômodo superior. Na fachada duas possantes torres de seção quadrada com campanários, uma das quais alojava o batistério, imprescindível ao funcionamento do programa paroquial que incluía além dos batismos, também os casamentos e os enterros, atos essenciais da vida cristã comunitária.” (p.02-03)

“O programa das catedrais nas sedes de bispado reproduz o das matrizes em escala monumental, com a capela mor alongada para inclusão do cadeiral para o cabido.” (p.03)

“A principal diferença do partido das igrejas de irmandades comparativamente ao das matrizes é a redução de escala, tendo em vista sua utilização por uma única irmandade, enquanto as matrizes abrigavam várias dessas associações. Outros aspectos são a ausência de batistério e a diminuição do número de retábulos, dedicados às invocações específicas das irmandades proprietária.” (p.04)

“Dedicados simultaneamente a atividades missionárias e pedagógicas, os jesuítas que desembarcaram em 1549 em Salvador, juntamente com o primeiro governador Tomé de Souza, desenvolveram programas arquitetônicos diferenciados nos centros urbanos e nas aldeias de missões. Nas cidades, os colégios eram construções imponentes, situadas via de regra nas proximidades do poder civil representado pelas casas de Câmara ou Palácio dos Governadores.” (p.04)

“Instalados no Brasil a partir de 1581, os beneditinos tem como construções específicas da Ordem os Mosteiros, cujo programa incluía, além da igreja com claustro anexo de grandes dimensões, celas individuais para residência dos monges e demais cômodos necessários à vida comunitária em clausura, como convém a uma ordem contemplativa.” (p.102)

“Quanto aos franciscanos e carmelitas, religiosos intimamente ligados ao cotidiano das populações, seu monumento típico são os conventos inseridos no tecido urbano das povoações, com claustros abertos e capelas de Ordens Terceiras reservadas aos leigos, no perímetro das construções conventuais ou em situação independente.” (p.05)

2 - MANEIRISMO, BARROCO E ROCOCÓ.

        O Maneirismo surge no Brasil com os Jesuítas, e é por esse motivo que esse estilo também é conhecido como estilo jesuítico ou estilo chão. Apesar de chegar ao solo brasileiro somente no século XVII, sua origem se deu no século XVI na Itália, que tinha como principal característica romper com os cânones e as regras clássicas. Igreja construída nesse estilo era simples, com uma planta retangular e apresentava irregularidades em sua fachada, na parte interna apresentava uma nave única, com púlpitos situados ao centro e elevado, era uma construção inteligível, linear, útil e funcional. No principio as construções desse estilo não  apresentavam torres, mas por conta do gosto português, foi incorporado torres decoradas com volutas em seus frontões.

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