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Pedagogia

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Por:   •  3/6/2013  •  5.554 Palavras (23 Páginas)  •  2.674 Visualizações

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São José dos Campos-SP

A arte na Educação infantil tem papel fundamental na construção de um indivíduo crítico, fornecendo-lhe experiências que o ajude a refletir, desenvolver valores, sentimentos, emoções e uma visão questionadora do mundo que o cerca.

De acordo com Edith Derdyk, "a criança, ser global, mescla suas manifestações expressivas: canta ao desenhar, pinta o corpo ao representar, dança enquanto canta, desenha enquanto ouve histórias, representa enquanto fala".

Segundo os PCNs, a Arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relação entre os indivíduos na sociedade. A arte solicita a visão, a escuta e os demais sentidos como portas de entrada para uma compreensão mais significativa das questões sociais.

É necessário começar a educar o olhar da criança desde a Educação Infantil, lembrando que a infância é a época das descobertas, das aventuras e magias. Portanto, o professor deve oferecer condições que estimule a criatividade, a pesquisa e a criação, fazendo com que a criança perceba e valorize os hábitos, costumes e o modo de pensar e agir de outros povos.

O desenho é para ela um campo imaginário e sonhador. Nós, educadores, precisamos estar atentos e considerar a individualidade de cada educando, levando-se em conta a fase de desenvolvimento do trabalho artístico de cada um. Afinal, a expressão gráfica da criança varia com a idade, o meio, os estímulos e as vivências próprias.

De acordo com Pillotto, o sentido e o significado que as crianças dão aos objetos, às situações e às relações passam pela impressão que elas têm do mundo, de seu contexto histórico e cultural, dos afetos, das relações inter e intra-pessoais.

O processo de construção na infância se dá de forma mais agradável, divertida e integrada através da valorização do brincar, contribuindo com o desenvolvimento de sua sensibilidade. As atividades lúdicas auxiliam diretamente no desenvolvimento de sua expressão, nas relações afetivas com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

Tema: A LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZADO DA CRIANÇA NAS SÉRIES INICIAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Problema: É possível utilizar a ludicidade como instrumento pedagógico nas séries iniciais de uma escola de educação infantil?

Este texto trata de reflexões pertinentes a uma das possibilidades do "brincar" - as brincadeiras cantadas - fornecendo elementos pedagógicos para o seu desenvolvimento no contexto educacional. Tal intuito não se encontra desvencilhado das problemáticas que tocam o "brincar" na sociedade contemporânea, sendo a instrumentalização da infância por meio do trabalho e das obrigações precoces uma das questões abordadas.

Partindo de referenciais teóricos que investigam o universo da criança e de experiências no campo pedagógico, é que as brincadeiras cantadas são aqui tratadas como formas lúdicas de brincar com o corpo a partir da relação estabelecida entre movimento corporal e expressão vocal, seja na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas, integrando a cultura popular ou fazendo parte das criações contemporâneas.

O trato com este conhecimento, levando-se em consideração a criança em suas condições sociais, capacidades de movimento, autonomia e produção cultural, podem contribuir para a compreensão da multiplicidade cultural do universo lúdico infantil, bem como para a valorização do "brincar" no processo educativo.

Como estudamos em Piaget, o jogo é importante no desenvolvimento da criança, pois o brincar faz com que a criança crie um ambiente simbólico, vivenciando "no faz de conta" a realidade. É interessante ressaltar também que o ato de brincar é intrínseco no ser humano, todos nós nascemos com a capacidade de imaginar e criar situações que se aproximam da realidade.

Por esses motivos o brincar desenvolve os aspectos cognitivo e social da criança pois, quando ela brinca com outras crianças, está interagindo e apropriando-se do relacionamento interpessoal, relacionamento este que permeará todo o decorrer de sua vida.

A desconsideração da escola em relação aos conhecimentos adquiridos pela criança e sua vivência antes do ingresso na instituição constitui um dos males educacionais. Freire (1995, p. 43) destaca que “ a escola pensa estar educando para o aprendizado dos símbolos, e estes, representados pelos números, letras e outros sinais, são reconhecidos socialmente” . No entanto, esquece-se que as crianças não deixaram de ter seu mundo particular (sua rua, sua casa, seu clube) ao ir à escola, cujos símbolos precedem os universais, através de imagens criadas por elas como forma de representação do real. E acrescenta que estes constituiriam o dispositivo mais forte de proteção do ser humano. Assim, quando a criança se entrega ao faz-de-conta, passa a aprender, na visão do autor, aquilo que mais deve ser aprendido entre os humanos: a simbolizar. Portanto, afirma o autor (1989, p. 13), "negar a cultura infantil, é no mínimo, mais uma cegueira do sistema escolar".

O principal motivo da ocorrência do furto do lúdico na infância, alerta Marcellino (1996, p. 37), talvez seja o fato de “considerar a criança como um adulto em miniatura, cuja finalidade única seria a sua preparação para o futuro”. Porém, como lembra o autor, "o mundo do brinquedo, em essência, não se prende à preparação sistemática para o futuro, mas à vivência do presente, do agora". Assim, torna-se necessário entender a criança como produtora de cultura, oportunizando a ela tempo e espaço necessários para essa produção, assegurando-lhe o direito de brincar, possibilitando diversificadas vivências e contribuindo para sua formação como ser humano participante da sociedade em que vive. Embora se fale em entender a criança como "criança" e não como "adulto em potencial", atenta Marcellino (1997), o que se observa é que “ a instrumentalização da infância vem acontecendo frequentemente, desrespeitando a faixa etária da criança e afastando cada vez mais o brincar e a ludicidade de sua prática diária, sendo a escola um dos contribuintes dessa instrumentalização”.

A brincadeira pode ser entendida como ação lúdica com predominância de imaginação em constante inter-relação com o jogo, prevalecendo neste a organização da atividade por meio de regras. Conforme pesquisa de campo desenvolvida por Rocha (2000), na educação infantil, professores

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