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Presença De ícones Cristãos Nos Cultos Afro Brasileiros

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Por:   •  29/10/2014  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  350 Visualizações

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Índice

Breve nota sobre a formação do povo brasileiro

Viva El Rey!

Deus?Apenas um!

Sincretismo entre cultos ou religiões de matriz africana entre si

A importância da Cruz nos cultos de matriz africana no Brasil

Capacete, espada, escudo e três guerreiros

Conclusão

Bibliografia

Breve nota sobre a formação do povo brasileiro

O objetivo dessas linhas é analisar, comprovar e não apenas citar aleatoriamente a influência de ícones católicos nos cultos chamados afro-brasileiros. Para tanto faz-se necessário, mesmo que dolorosamente, abordar alguns pontos que são mal compreendidos dentro do fenômeno socioeconômico e cultural conhecido como escravidão no Brasil.

Sabe-se que desde seu descobrimento a mão de obra escrava foi largamente utilizada no Brasil então colônia e posteriormente nos chamados Primeiro e Segundo Império.Comumente usa-se dizer (e pior, ensinar) que o colonizador europeu ou português só optou pela importação de escravos após confirmar a inabilidade do nativo brasileiro(então conhecido sob o termo pejorativo de negro da terra) para os trabalhos tidos agrícolas ou para a exploração de minerais. Contudo, logicamente, as naus que aqui aportaram traziam em seus porões escravos como marinheiros. O que, certamente, comprova a já utilização de mão de obra escrava em terras brasileiras desde sua pseudo descoberta...hoje vista não como descoberta, uma vez que segundo historiadores portugueses contemporâneos é impossível descobrir-se um sítio onde já se tenha gente habitando.

Essa mão de obra escrava provinha de colônias portuguesas em terras africanas e em especial nesse período histórico, o do chamado descobrimento, de regiões especificas: os territórios hoje cobertos pela distante Angola e em alguns casos do antigo Sudão.

Portanto, para cá foram trazidos elementos constituintes de determinadas etnias, no caso predominantemente mazimbas, quibundos, quicongos, mandingas entre tantos outros. Esses elementos ajudaram no principio da colonização e se espalharam rapidamente em todas as terras, então, pertencentes a Coroa Portuguesa. Sem muita organização e muitas vezes com pouquíssimo contato com as metrópoles via de regra confortavelmente instaladas no litoral ou próximo a ele. Uma vez que a preocupação original era a ocupação do território ou da maior faixa territorial possível essa ocupação desordenada foi amplamente incentivada. Servido-se, até, do recurso de enviar-se degredados. Criminosos de todo o tipo e espécie para aumentar a tida ocupação. Fora os incentivos dados pela Casa Imperial visando aumentar a presença de elementos brancos em suas terras. Suspeita-se, porém, na há documentação que o comprove que tais políticas foram criadas já com a intenção clara de se romper com o Tratado de Tordesilhas que dividia as terras recém descobertas entre Portugal e Espanha baseando-se no fato que ambas as autoridades trabalharam com dados equivocados sobre o tamanho real do continente recém descoberto.

Habitualmente, costuma-se acreditar que esses grupos oriundos de diferentes etnologias negras eram de alguma forma homogêneos. Ou seja, eram agrupados aqui de acordo com sua origem e assim poderiam ter de alguma maneira preservada sua cultura, em especial suas religiões, porém, evidencia-se que o hábito de misturar elementos de diferentes origens em uma mesma senzala já era amplamente usado em Portugal. E não só em Portugal, bem como, em outras colônias européias pelo velho mundo. Logo, na realidade, ao aprender a língua do escravocrata o negro transformava-a em elemento agregador e perdia contato com elementos de seu grupo de origem. Assim temos mazimbas convivendo com quibundos, quicongos, etc. grupos que, talvez, em suas pátrias fossem adversários ou inimigos entre si eram obrigados a conviver sob a chibata de seu senhor. E o que vem a serem suas religiões e seus cultos, proibidos

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