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Recensao Livro Seduzidos Pela Memoria

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Por:   •  27/11/2013  •  764 Palavras (4 Páginas)  •  1.285 Visualizações

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O autor deste livro é Andreas Huyssen, nascido em 1942, doutorou-se em 1969 na Universidade de Zurique e foi docente, desta data até 1986, na Universidade de Wisconsin-Milwaukee, Estados Unidos. Desde 1986 ensina Literatura Comparada e Alemã na Universidade de Columbia, também neste país. Nesta, fundou o Centro de Literatura Comparada e Sociedade e encabeça o Conselho Editorial do New German Critique, periódico de estudos germânicos. É autor de inúmeros ensaios e entre os seus livros mais conhecidos estão After the Great Divide: modernismo, mass culture, postmodernism (1986), Twilight Memories: marking time in a culture of amnesia ( 1995), e Memórias do modernismo (1996). É também co-director do New German Critique: an interdisciplinary jornal of german studies.

“Seduzidos pela memória” é constituído por quatro ensaios com os títulos: Passados presentes: mídia, política, amnésia; Sedução monumental; Monumentos e memória do holocausto: numa idade de mídia; Os vazios de Berlim.

O livro é como uma crítica da cultura da nossa sociedade, marcada pela vivência pós-ditadura e pelo dilema entre memória e esquecimento, e a sua expansão global a partir da queda do muro de Berlim.

Huyssen inicia sua obra mostrando que a partir da década de 1980 um foco onde o futuro se fazia predominante se trasladou para o crescente interesse pelos dias que já se passaram: seria a transição dos “futuros presentes” em direcção a certos “passados presentes”.

Segundo Andreas Huyssen os homens contemporâneos empenham-se na literatura memorialística e confessional, na restauração de centros urbanos, na elaboração de documentários, no registro da vida pessoal pelas câmaras de vídeo, na comercialização da nostalgia. Tudo fenómenos que apontam para “a emergência da memória como uma das preocupações culturais e políticas centrais das sociedades ocidentais”, caracterizando “uma volta ao passado que contrasta totalmente com o privilégio dado ao futuro, que tanto caracterizou as primeiras décadas da modernidade do século XX”. Ao tentar explicar o deslocamento do foco dos “futuros presentes” para os “passados presentes”, Huyssen destaca o papel das novas ‘mídias’ tanto para a memória pessoal como para a pública. Ao condicionar a memória na sua própria estrutura e forma, as novas tecnologias da informação e as políticas mediáticas alteram as relações entre memória e esquecimento. Essas mesmas mídias responsáveis pela disponibilização da memória são acusadas de provocarem uma amnésia, uma perda da consciência histórica. Diante desse paradoxo, ao invés de julgar essas novas mídias, Huyssen prefere ver “uma lenta mas palpável transformação da temporalidade nas nossas vidas, provocada pela complexa intersecção de mudança tecnológica, mídia de massa e novos padrões de consumo, trabalho e mobilidade global”. A crescente aceleração das inovações científicas, tecnológicas e culturais, numa sociedade onde a procura do consumo e do lucro descarta objectos e modos de vida rapidamente ultrapassados, encolhe a duração do presente. Embora essa sucessiva substituição dos produtos a serem consumidos gere o esquecimento, também leva, como reacção, a uma espécie de “obsessão cultural” pela memória, ao desejo da “recordação total”, como um modo de frear um pouco a velocidade da modernização.

Diante do mal-estar

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