Resumo Grécia e Roma

Tamie Watanabe Cabo – RA 14149355                     Prof. Helder Oliveira – História da Arte C

Resumo – Grécia e Roma

• Parte II: 5. Pintura Grega

A grande maioria das pinturas produzidas no séc. IV a.C. e no período helenístico se perderam, o que lamentavelmente nos leva à pouca informação acerca da pintura nessa época. No entanto ainda restaram algumas fontes de informação que serão  utilizadas para analisar as características das pinturas daquela época, ainda que nenhuma delas seja inteiramente satisfatória; são elas: pintura em cerâmica, cópias de pintura feitas para os romanos e descrições (realizadas por autores antigos).

Os pintores de caso recorriam às técnicas alheias à técnica de pintura em vaso, é bem explícito que eles se inspiravam nos progressos de pintura livre para produzir. Já os artistas que produziam cópias de pintura estavam mais próximos de sua fonte de inspiração. As cópias não eram tão aprimoradas quanto as cópias romanas de estátua (que eram produzidas mecanicamente) e, a partir de uma rápida comparação entre cópias realizadas a partir de um mesmo original, é possível perceber que os pintores alteravam livremente seus próprios modelos.

As descrições, apesar de brilhantes, não são capazes de colocar a obra perdida diante de nós. Os trabalhos realizados no Renascimento tentando recriar as pinturas gregas dizem à respeito apenas dos artistas que os reproduziram, e não dos autores originais.

No final do séc. IV a.C. o homem atinge a perfeição na representação do corpo (tanto humano quanto equino), demonstrando domínio integral sobre técnicas como luz e sombra (efeitos de luz, luz refletida), expressões e emoções. Também é possível identificar um estudo rudimentar sobre perspectiva na mesma época.

Uma obra considerada o resumo de toda a realização alcançada no séc. IV a.C. é o “Mosaico de Alexandre”, em que Alexandre, o Grande é representado e dramatizado numa batalha cujo sai vitorioso sobre o rei persa Dario III. O mosaico é composto de pequenos retângulos de pedra de cores diferentes, dispostos a fim de simular uma pintura (os fragmentos de pedra eram minúsculos e possuía uma vasta variação de cores, o que permitia ao artista reproduzir pinturas elaboradas). Apesar da técnica relativamente rudimentar e da variedade limitada de cores, é possível perceber a sutileza e gradação das cores representadas.

O período helenístico apresentou grande expansão artística, intelectual e geográfica. A pintura apresentou consideráveis avanços técnicos, além da ampliação dos temas abordados (antes predominantemente mitológicos). Houve um crescimento do interesse dos artistas sobre a vida cotidiana e a gama de abordagem considerada apropriada para a pintura aumentou intensamente; o que representou um grande desafio para os pintores da época. Os novos temas que agora eram permitidos incluíam: fauna e flora, homens e deuses, naturezas-mortas e animais.

Na época helenística, surgiu também o interesse dos artistas em representar os espaços como espaços, e não só como ambientes de inserção de elementos na obra. Desse interesse surgiram os primeiros estudos sobre perspectiva. No séc. IV a.C. a perspectiva se apresentava bastante rudimentar, mas a partir do séc. I a.C. é possível perceber progressos vindos da cópia e adaptação de cenários gregos em perspectiva. Nessa época era bem comum a representação de cenários arquiteturais em Roma. Há estudiosos que defendem que, apesar de evocativa, a perspectiva desenvolvida pelos gregos nunca atingiu um sistema em ponto único (formulada posteriormente pelos Renascentistas), mas há um grupo de estudiosos que discorda desse ponto de vista e defende que os gregos já dominavam a perspectiva em ponto único, mas nem sempre a transmitiam de uma forma adequada.