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Teatro - Viola Spolin

Por:   •  7/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  295 Visualizações

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TEATRO

INTRODUÇÃO

Apresentamos nossa analise sobre o teatro explorando um aspecto indispensável de se citar, a grande diretora Viola Spolin, internacionalmente admirada em diversos setores, mesmo fora do circulo teatral, como por psicólogos e educadores. Spolin investigou e aproveitou cada particularidade do teatro, apresentando novas possibilidades, que revolucionaram o olhar sobre sua prática.
Há uma preocupação de Spolin em mostrar que o teatro não é um mero meio de passar tempo, em sala de aula, ou necessário apenas em eventos, como as festas de finais de ano ou outras datas comemorativas. Mas infelizmente em nossa realidade, a ele não é dada a devida importância, talvez por comodidade ou mesmo falta de instrução e conhecimento, não só da equipe pedagógica como, de maior parte da nossa sociedade. A realização do teatro ainda não tem espaço na rotina da sala de aula, negligenciada pela grade curricular obrigatória.
É importante tomar consciência que no decorrer do processo teatral, desenvolve-se a inteligência espacial, técnicas de composição, de equilíbrio de corpo, de objetos e de palco. Através dos textos, a inteligência linguística. Através das coreografias, de timbres vocais, ritmo, dos instrumentos sonoros utilizados, estimula-se também inteligência musical. Há também grande uso da inteligência na escolha da peça, no processo de montagem, no tema a serem escolhido, na escolha das personagens. Na improvisação, no criar e modificar o texto em função de uma nova ideia ou personagem.
Ao contracenar, o teatro também possibilita descobertas pessoais, e desenvolvimento da tolerância, pois o indivíduo pode se colocar no lugar do outro, experimentando seus sentimentos, e assim possibilitando trabalhar conflitos, como em exemplo, uma cena, onde o aluno pode se colocar no lugar do professor ou no lugar de um colega discriminado. A troca de papéis pode promover a reflexão das ações, da intolerância de seus autores e auxiliando na solução de divergências no meio escolar. Assim, o teatro auxilia no desenvolvimento da sensibilidade, por meio dele é possível trabalhar com a interdisciplinaridade de diversos contextos, podendo brincar com jogos, desenvolvendo habilidades e competências.

De acordo com Ingrid Koudela (apud SPOLIN, 1985, p.12), o jogo teatral na educação é importante forma de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora através do processo de transformação do egocentrismo em jogo socializador. A criatividade dramática auxilia o pensamento criativo e desenvolvimento social, pois efetiva a passagem do teatro como ilusão para o teatro como realidade cênica; (CAVASSIN, 2008)

Os jogos teatrais podem desenvolver a percepção da relação com o outro, a responsabilidade, a criatividade e o diálogo. O teatro na educação tem como proposta básica promover atividades de expressão lúdica e momentos em que os alunos possam dar asas a sua imaginação desde a Educação Infantil. Enquanto brincam, as crianças criam e inventam histórias, divertindo-se, participando de jogos, perguntando e encontrando soluções. Neste jogo, ocorre à participação dos atores e da plateia, aprende não só quem atua, como quem observa.

Ainda sobre essa capacidade dos jogos teatrais, no que concerne à potencialização de autoconhecimento, a dramaturga e diretora brasileira, Maria Clara Machado (1972), observa que a criança tem mais possibilidades de encontrar consigo mesma fazendo uma cena improvisada do que conversando com uma psicóloga.(COELHO, 2014)

Nos jogos teatrais existem três pontos essenciais para que tudo se encaixe, são esses, o foco, a instrução e a avaliação. O foco é o meio de se chegar ao objetivo. Sua função é de grande importância, é o que permite manter o jogo em movimento, apresentando um "problema" a ser solucionado; A instrução é o que permite "guiar" o jogo na direção do foco, é a sua manutenção; E a avaliação não é para julgar ou criticar e sim contabilizar o que foi realizado no decorrer do jogo. Não só o professor como os jogadores tem a oportunidade de emitir sua opinião a respeito.
Há alguns tipos de jogos que podemos mencionar e que contribuem em grande grau na aprendizagem. Os jogos de aquecimento: Necessário antes ou ao final das oficinas de baixa energia, para revigorar os jogadores. Focam na interação do grupo; Jogos de movimentos: Propicia a exploração do ambiente, a liberação de gestos e energia.
“As caminhadas no espaço estendem esta exploração, dando aos alunos a chance de se movimentar e explorar o espaço familiar da sala de aula, proporcionando um novo imediatismo ao espaço.” (SPOLIN, 2007, p. 69); Jogos de transformação: O invisível torna-se visível. Cria-se objetos, coisas ou personagens e se joga com eles, de maneira criativa e de improviso, porém detalhada para que a platéia possa identificar; Jogos sensoriais: Exige uma consciência sensorial e a concentração para compreender o que se pede, assim, o jogador pode demonstrar através de ações, gestos, imagens, textos o que ouviu, mesmo que não tenha tempo para pensar; Jogos com parte de um todo: o jogador entende que faz parte de um todo, e responsabiliza-se pela resolução de um problema, apoiando e partilhando com o outro; Jogos de palavras: estimula-se a comunicação, e através do improviso e centrado no foco, as palavras surgem e com isso o diálogo acontece.
Percebemos que Spolim não estabelece um jogo que seja estático ou imóvel, pelo contrario ela se concentra em construir um ambiente acolhedor, tornando possível a liberdade criativa de cada um dos participantes criando assim a respeito pelo o outro.

PROPOSTA

Fila de Cegos

Faixa Etária: 8-9 anos

Formam-se duas filas (uma de frente para a outra), sendo uma delas formada por alunos de olhos bem abertos, e outra por crianças com os olhos vendados, que deverão sentir cada qual o colega à sua frente (sentindo seus perfumes, usando o tato para perceber os formatos do corpo, tamanhos, os rostos, as roupas, acessórios etc.). Depois a fila de alunos com os olhos abertos deve se misturar, e as crianças que estavam de olhos vendados retirarem a venda e usando a sua percepção anterior descobrir quem era seu par no jogo.
Para enriquecer a atividade, e também para uma maior participação de todos os atores, o professor(a) e os alunos que não estavam vendados podem fazer perguntas aos outros colegas “cegos”, impulsionando a sua percepção, “Há três alunos usando óculos, seu par usava óculos?”... Essas perguntas podem dar dicas, como confundir os alunos, trabalhando assim sua memorização, percepção, o lado sensorial e o cognitivo. O intuito é que ao final, com a ajuda das perguntas, todos encontrem seu par.

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