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Tradução] - Michalis Lianos - [Do Original; Social Control After Foucault]

Por:   •  12/9/2022  •  Artigo  •  9.120 Palavras (37 Páginas)  •  76 Visualizações

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         Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com[pic 1]

Sociedade da vigilância1(3): 412-430 http :/ / www.surve illa nc e -a nd -so c ie ty.o rg[pic 2][pic 3]

Controle Social após Foucault.

Michalis Lianos1

(traduzido por David Wood2e Michalis Lianos)

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Abstrato

Após o modelo foucaultiano, muitas vezes incompreendido e projetado sem nuances no presente, o estudo do controle social não avançou muito. Enquanto isso, as mudanças no terreno exigem a construção de um novo paradigma teórico que deve levar em conta três tendências contemporâneas: a) a incorporação do controle na interação generalizada e muitas vezes consensual entre o usuário e os veículos e sistemas de ação institucional; b) a emergência de um 'controle não intencional', que não é orientado para valores; e, c) a contribuição inerente dos sistemas sociotécnicos, que ao mesmo tempo regularizam o comportamento social e projetam em seus usuários uma consciência formada em torno de ameaças invisíveis, porém ubíquas.

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Introdução

Embora não se possa pretender que a questão do controle social tenha sido completamente esquecida, em muitos aspectos ela está estagnada. A cortina de fumaça da globalização e o vínculo entre crime e imigração são duas perspectivas que, tanto à esquerda quanto à direita, produzem discursos simplistas demonizadores e idealizadores sobre o controle. Para o restante, a estagnação assume diferentes formas dentro de diferentes culturas analíticas. Se na Europa continental há pouca discussão ou escrita sobre a questão do controle, o debate internacional, anglófono, desenvolve-se principalmente em dois níveis: a definição de termos apropriados para a condução do debate (para dois exemplos muito diferentes, ver : Galloway, 2001; e Valier, 2001), e a ligação entre a reflexão sobre o controle e o debate em torno da modernidade em suas formas passadas e presentes (por exemplo: Staples, 2000; Pôster, 1990).

Não é difícil explicar essa estagnação. Apesar de sua diversidade, reflete a dificuldade de introduzir a problemática do controle em um estágio pós-foucaultiano. Há várias razões para isso. Em primeiro lugar, a questão do controle se apresenta inevitavelmente à luz – ou deveríamos dizer na sombra? – de sua utilidade social. Em segundo lugar, parece impossível separar a análise do controle das questões de dominação e estratificação. Em terceiro lugar, proposições teóricas sobre

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1Centro de Teoria Social Empiricamente Informada (CEIST), Universidade de Portsmouth, Reino Unido. mailto: michalis.lianos@port.ac.uk local na rede Internet:http://www.port.ac.uk/research/ceist/

2Unidade Global de Pesquisa Urbana (GURU), Universidade de Newcastle upon Tyne, Reino Unido. mailto: dfjwood@ncl.ac.uk[pic 7]

© 2003Sociedade da vigilânciae o(s) autor(es). Todos os direitos reservados . ISSN: 1477-7487

a sociedade contemporânea não conseguiu até agora dar respostas explicativas sérias sobre a organização da dominação e estratificação e sua relação com a reestruturação da cultura e da identidade. Em outras palavras, é difícil encontrar o próximo elo na cadeia intelectual de Durkheim a Foucault.

Não seria útil rever mais uma vez as contribuições de Foucault, diretas e indiretas, sobre a questão do controle, por meio de suas análises do poder e do sujeito. Essas contribuições ainda são discutidas ativamente, principalmente fora da França, mas isso não diminuiu a persistência de várias interpretações conspiratórias e centralizadoras, que não fazem jus às suas ideias (ver: Lacombe, 1996). O primeiro passo para uma abordagem menos tendenciosa da contribuição de Foucault sobre o controle seria focar em um ponto consistentemente desconsiderado: que o modelo foucaultiano de controle e, consequentemente, seu poder explicativo,refere-se ao passadoe não se preocupa com a emergência do sujeito pós-industrial contemporâneo. Isso é quase evidente, mas muitas vezes deixado de lado para facilitar as coisas para os analistas de hoje e para projetar a tese de Foucault sobre a modernidade inalterada no presente capitalista tardio. Tal cegueira inconsciente também desconsidera o fato de que a análise do controle foi para Foucault mais um eixo de um claro tema transversal em sua pesquisa: a constituição do ser humano como sujeito (ibid.: 348-349). No entanto, as coisas avançaram demais para reverter tudo o que se baseia nesse raciocínio arbitrário. Só um modelo que se arrisque a referir-se diretamente, e não por analogia, à condição contemporânea, pode fornecer ao debate sobre o controle uma base sólida para abordar as questões do ambiente tardo- moderno.

É certo que tal modelo não poderia existir se abordássemos o controle como um assunto isolado. Várias questões existem a montante, nomeadamente a questão de uma teoria do desenvolvimento sociocultural da sociedade capitalista contemporânea como um todo. É somente dentro de um quadro explicativo mais amplo que o debate em torno do controle pode ganhar um novo significado. Além disso, tal debate informado sobre controle só seria útil na medida em que reforçasse a capacidade explicativa de seu quadro teórico e estivesse em harmonia com pesquisas paralelas em outras áreas. As teses apresentadas neste artigo apoiam-se parcialmente em tal teoria da sociedade pós-industrial, cujo primeiro volume foi publicado em francês (Lianos, 2001a). Sem expandir essa abordagem, é possível introduzir aqui algumas das principais vertentes do modelo teórico de controle proposto e ilustrar alguns aspectos de sua especificidade em relação às sociedades ocidentais contemporâneas. Naturalmente, este modelo gira em torno de algumas transições importantes nas condições sociais atuais que devem ser seriamente levadas em conta para uma adequada reconceituação do controle social.

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