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Uma breve história do desenho da figura humana e seus cânones

Por:   •  5/2/2022  •  Resenha  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  176 Visualizações

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SOUZA, Anderson Luiz. Uma breve história do desenho da figura humana e seus cânones. In: REVISTA DA FUNDARTE, Vol. 38 N. 38 (19). Disponível on-line em: <http://www.seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/article/view/637> Acesso em 17, abril, 2021.

O texto em questão aborda de uma forma geral o desenho do corpo, ou melhor definindo, da representação da figura humana, numa tentativa de trazer reflexão sobre o cânon, ou seja, sobre o modo de estruturação do desenho a partir de um modelo criado que foi imitado ao longo dos tempos e utilizado como exemplo maior de representação. Para tanto, o autor parte da observação de que haja no meio acadêmico uma ideia de forma “correta” onde prepondera um tipo de visão ideal sobre o desenho do corpo, canonizada e provinda de um modelo ocidental europeu de uma visão que reflete o panorama de uma época e de um lugar que define os modos de fazer artístico. Assim, o artigo busca contestar a tradição representativa demonstrando as variações da representação durante as diversas contextos e rupturas históricas, ou seja, os modos diferentes de trabalhar o cânone durante os tempos.

O autor procurou destacar que os modelos ligados a busca pela “perfeição” partiram de estudos baseados no contorno do corpo humano e que diante disto, a figura ou melhor, o corpo, passou a ser disposto como elemento principal nas criações visuais. Sendo assim, desde a civilização greco-romana até os dias atuais a figura humana ainda vem sendo representada de acordo com os cânones clássicos que definem a estrutura de proporção do corpo humano, por meio de regras e modelos criados por artistas em diversas épocas. Assim, suas realizações se davam de acordo com o que consideraram adequado para a construção da uma figura humana “ideal ou perfeita”, de imitação ou idealização da natureza humana (mimesis). Na cultura ocidental esta visão esteve ligada a imagem e a representação com influência da cultura, religiosidade, filosofia e mitologia da época.

Tratados e teorias surgiram na antiguidade clássica e se tornaram regras maiores que foram seguidas e imitadas. Policleto com seu tratado denominado Cânon cria uma teoria principal onde estabelece o cânone de sete cabeças ou sete cabeças e meia como regra para a proporção do corpo humano. Ao longo dos tempos outros estudiosos, artistas, escultores e pintores, foram estabelecendo diferentes cânones como padrões de modelos idealizados, tanto que na Idade Média o desenho deixa de ter uma função estrutural e de suporte representativo. A imagem esquemática, simplificada e bidimensional toma lugar substituindo a imitação da natureza, como acontece nas iluminuras e ícones bizantinos, onde também surge o princípio da esquematização planimétrica.

Na Itália no século XV há uma retomada do modo de representação grega com a inserção do humanismo (ordem, simetria, perspectiva linear, espaço, movimento e temas clássicos). No Renascimento, Vitrúvio estabelecia regras de proporção dos corpos que seria seguida por muitos artistas. Posteriormente outros tratados foram estabelecidos na proporção dos corpos de acordo com padrões e estéticas da época. Diante disto, o autor conclui que não existiram modelos fixos, mas diversas formas de representação durante os tempos. Ele nos conduz a refletir sobre as diversas anatomias presentes nos corpos que variam diante das diversas condições físicas e de hábitos humanos, dentre outros fatores, que derivam do contexto e época ou mesmo deficiências. No entanto, diante de tantas variáveis, os corpos ainda costumam ser ensinados e desenhados conforme os cânones, entre seis e sete cabeças e meia, explica o autor do texto.

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