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Uma síntese Do Classicismo E Seus Principais Compositores

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Por:   •  19/4/2014  •  4.501 Palavras (19 Páginas)  •  493 Visualizações

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Uma síntese do classicismo e seus principais compositores

O nome clássico está diretamente ligado aos ideais da antiga Grécia, que se tornaram também ideais clássicos: a objetividade, controle emocional, a clareza formal e o respeito pelos princípios estruturais no discurso musical. Em relação ao estilo da arte desse período, o que marcou foi a delicadeza, a ornamentação, as linhas curvas, o preciosismo, o refinamento, e a galanteria.

O classicismo faz parte e situa-se como a primeira fase da Arte Moderna (séc. XVII a XVIII). Nesse período é alcançada a música pura através de um grande desenvolvimento equilibrado da música. O classicismo nasceu a partir de um grande movimento de ideias vindas do período da renascença, que teve como princípio a exaltação da beleza antiga. Esse período foi, na verdade, a grande realização dos últimos compositores do Barroco, a criação de uma arte abstrata.

Essa tal arte abstrata foi o meio de obter a perfeição da forma, a linguagem para expressar a religião, o amor, ou qualquer outra coisa. Essa abstração foi alcançada através da forma sonata e a sinfonia. Entre o final do século XVIII e inicio do século XIX, ocorreu um período de transição onde aquele rígido formalismo clássico entrou em decadência.

Entre os séculos XVIII e XIX, após a decadência do formalismo clássico, as formas musicais passaram por um longo desenvolvimento e aperfeiçoamento, os instrumentos atingem um grau de técnica ainda não superada em sua época presente.

Em relação às novas concepções da melodia e harmonia, houve um novo estilo de compor, as melodias passaram a articular em frases distintas dando origem a uma estrutura periódica. A melodia podia ainda fazer uso apenas de figurações acórdicas, em algumas ocasiões com ornamentos (notas de passagem, grupetos, appoggiaturas, etc.).

A música do período clássico poderia ser caracterizada como música refinada, ou bem construída. A música instrumental foi a que se destacou nesse período, com estruturas maiores e mais desenvolvidas.

A partir do Classicismo os compositores começam a se preocupar com a sonoridade dos instrumentos, com o timbre dos instrumentos e com suas respectivas características técnicas ao compor uma frase pra tal instrumento. Com isso o colorido instrumental começou a aparecer.

A base instrumental moderna, ou a orquestração, surge no período clássico, e com isso surge a preocupação com as intensidades, denominada dinâmica. Ou seja, as dinâmicas que temos hoje surgiram a partir daí, com os crescendose diminuendos, pois até então a única diferença de intensidade utilizada era o piano e o forte (bem contrastante).

Em relação à orquestra, foi no período clássico que foi desenvolvido um modelo de agrupamento instrumental. Esse agrupamento ficou dividido em: cordas, sopros de madeira, sopros de metal, e percussão. As cordas foram divididas em 1os violinos, 2os violinos, violas, violoncelos, e contrabaixos (os contrabaixos tacavam a mesma coisa que os violoncelos). Já os sopros de madeira foram divididos em: uma ou duas flautas, dois oboés, duas clarinetas e dois fagotes. Os sopros de metal eram até então duas trompas e dois trompetes, os trombones e as tubas foram inseridas no século XIX. A percussão ficou representada pelos tímpanos, que eram apenas dois.

Com grande destaque, a música instrumental passa por um desenvolvimento após passar, no período de transição, por Palestrina, passa por Bach e finaliza com Ludwig Van Beethoven, na qual suas obras puderam representar sua expressão máxima. Beethoven (1770 – 1827) foi um dos compositores que mais marcaram o período do classicismo por causa de suas sinfonias, suas musicas pianísticas e de câmara, óperas, missas, e oratórios. Beethoven foi também quem fez a passagem para o estilo do romantismo.

Joseph Haydn (1732 – 1809) foi outro grande compositor do período clássico, foi ele que praticamente criou os gêneros utilizados até nos dias de hoje na música de concerto. Foi nas mãos de Haydn que a sinfonia deixou de ser uma simples peça instrumental e passou a ser o momento principal de um programa musical. Assim como fez com a sinfonia, Haydn fez com o quarteto de cordas transformando-o em sinônimo da melhor música de câmera.

Domenico Scarlatti (1685 – 1757) foi outro compositor do período do classicismo (maior compositor italiano para instrumentos de teclas do séc. XVIII). Contemporâneo de Bach, Scarlatti escreveu muitas sonatas através de relações tonais, na estrutura binária. Nas sonatas de Scarlatti a última parte da primeira seção é repetida sem nenhum tipo de mudança, mas desta vez na tônica ao término da segunda seção.

Outro grande compositor que firmou presença no período Clássico foi Christoph Willibald Gluck (1714-1787). Gluck fez uma grande reforma nos domínios da ópera clássica. Ele “purificou” a ópera retirando todos os maneirismos e exageros da ópera da época, por consequência Gluck fez a ópera com o espírito verdadeiramente clássico. Além dessa mudança na ópera, o que tornou Gluck um ícone no período Clássico foi por eliminar uma espécie de badalação contida em libretos retomando os princípios da mitologia grega com base; a eliminação do virtuosismo supérfluo e a música que trabalha para a valorização do roteiro, do desenvolvimento emocional das situações; Gluck retomou o recitativo, o uso dramático do coro, isso tudo mas sem deixar de citar a qualidade de suas músicas.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) foi também um dos principais compositores clássicos. Também compositor de óperas, Mozart se baseava em acontecimentos contemporâneos a sua época, influenciado por Gluck. No entanto, seu talento fez com que suas óperas fossem as mais executadas no século XVIII. Seu estilo mostra com clareza sua influência italiana. Mozart utilizou muito oparlando (declamando ou cantando) e sempre concentrou a ideia principal em grandes personagens. Mozart escrevia óperas mais extensas e mais dramaticamente desenvolvidas do que as outras de seu tempo. Ao longo de sua vida Mozart escreveu três tipos de ópera: Singspiel, opera seria, e opera buffa.

As músicas religiosas do período clássico eram na verdade extrações de experiências com musicas instrumentais e operísticas. Sem muita importância, a música religiosa era apoiada na linguagem dramática e parecia ser escrita mais para salas de concertos do que para concertos religiosos ou solenidades religiosas. Em se tratando de músicas religiosas, os compositores que mais se destacaram foram Mozart e Haydn com varias missas, oratórios, ofertórios, ladainhas, vésperas e Réquiens, entre outras peças curtas. Além dessas, havia oratórios e motetos.

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