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Urbanismo

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Por:   •  15/10/2013  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  613 Visualizações

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Trabalho Urbanismo – TP4

Capítulo 3 - “ A traição do Estado”

Capítulo 4 - “As ilusões do construa-você-mesmo”

A partir da discussão sobre a generalização da favela como forma de assentamento dos pobres urbanos, no terceiro capítulo do livro intitulado de “A traição do Estado”, é abordada a questão do porque os Estados são ineficientes em solucionar o problema das ocupações precárias. Existe uma falta de interesse e descaso por parte do Estado aos favelados, os quais não possuem acesso à água, esgoto, escola, hospitais. No entanto, o fato da generalização das favelas estaria mais para uma deliberada inação por parte do Estado que opta por se omitir ou se posicionar de maneira cínica em relação aos problemas sociais a que estão submetidos os moradores destas ocupações precárias.

As cidades em sua maioria apresentavam um crescimento lento e até retardado, e nas décadas de 1950 e 1960 ocorreu uma aceleração repentina até o crescimento acelerado. Quando a pobreza no campo começou a se tornar insuportável, grandes contingentes humanos se dirigiram para as grandes cidades em busca de oportunidades, no entanto, esse bem-estar urbano lhes foi vedado num primeiro momento, resultado de um “colonialismo europeu” que pode ser tomado como a origem da histórica lógica de segregação das mega cidades do chamado Terceiro Mundo, que distingue cidadão de sub-cidadãos, ou cidadãos de segunda classe. Essa barreira do colonialismo europeu, nas cidades coloniais Britânicas do sul e leste da África, negava à população nativa o direito à propriedade e permanência na cidade, onde os migrantes pobres eram culpados pela destruição física e social das cidades.

A principal argumentação para a recusa do Estado em intervir nas favelas com infra-estrutura e assistência social,se pautou nos esforços do Estado em criar mecanismos que barrassem e impedissem ou mesmo expulsassem camponeses, desempregados do campo, indivíduos indesejados na cidade de um modo geral. Após a Segunda Guerra não foi possível conter a disseminação de favelas, os fluxos migratórios se tornaram cada vez mais intensos e a recusa do Estado em organizar esse fluxo de indivíduos acabou acelerando a formação, do que o autor classifica, de “depósitos humanos”. Inicialmente a favela poderia ser evitada e, apesar de tentativas frustradas de alguns países em removerem e assentarem pessoas fora das favelas, o espaço de assentamento subnormal se tornou lugar-comum. Essa parece ser a resposta padrão das sociedades do chamado Terceiro Mundo ao “dilúvio” das favelas. Sem contar que as iniciativas de políticas habitacionais foram captadas pelas classes médias e elites urbanas. Com isso, faz mais sentido falarmos de uma associação do que de traição de um Estado que desde o colonialismo tolera acentuadas desigualdades sociais.

O auge do cinismo das classes dominantes talvez seja a difusão na década de 90 da ideologia entusiasta em torno da autoconstrução. No quarto capitulo intitulado de “As ilusões do construa-você-mesmo”, rebate as políticas de “lotes urbanizados” do Banco Mundial, baseadas nas idéias de John Turner. Com isso se inicia uma romantização da autoconstrução que desconhece o nível de exploração por trás dessa solução

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