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Visão geral do filme "Apple" de samira makhmalbaf

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Por:   •  12/11/2014  •  Tese  •  663 Palavras (3 Páginas)  •  302 Visualizações

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seja, é preciso que as sinapses

funcionem para que os neurônios sejam mantidos. Caso isso não aconteça, os neurônios sem função,suicidam, morrem.

Quando não temos experiências variadas e contato com o mundo externo, agimos, muitas vezes, por impulso ou instinto em diversas situações não vivenciadas, no lugar de ações refletidas ou planejadas. Situações simples e corriqueiras como estabelecer um diálogo, tomar um sorvete, demonstrar vontades, desejos, carinho ou decepção passam a ter um grande grau de dificuldade.

Toda essa situação retratada veio ainda cercada por um contexto familiar conturbado. Outros assuntos como o machismo, a condição da mulher sob esse prisma, as relações afetivas familiares, a pobreza, a falta de alimentação adequada e a falta de higiene contribuem para o enredo e desenrolar da história.

O filme retrata como atitudes tão rotineiras na vida de uma criança: acordar, estudar, divertir-se, dormir, falar, brincarResenha Viviana Pérez Moreira

Revista Interlocução, v.4, n.4, p.53, publicação semestral, junho /2011.

Resenha do filme “a maçã” de samira makhmalbaf

O cérebro de uma criança não nasce pronto. Ele se desenvolve desde sua concepção e se modifica ao longo da vida. Isso acontece por causa da neuroplasticidade, que é a capacidade que os neurônios têm de fazer novas sinapses e conexões cerebrais. Os estímulos recebidos durante os primeiros anos de vida é que vão fazer com que novas e mais conexões se estabeleçam. Quanto mais estímulos, mais conexões e, consequentemente, maior possibilidade do cérebro criar condições para realizar determinadas habilidades.

O filme “A Maçã” narra a história de duas crianças que vivem isoladas da sociedade e do mundo externo, não recebem estímulos nos primeiros anos de vida, e, por isso, não apresentam um desenvolvimento cerebral esperado. Por falta de interação com o meio e com outras pessoas, algumas áreas foram comprometidas como a motricidade e a linguagem.

As meninas não adquiriram conhecimento e agiam a partir de repetições. Limitavam-se a executar tarefas domésticas: lavar roupa, varrer o chão... e tinham atitudes rotineiras: ver-se no espelho, desenhar o Sol... Essas ações, que elas realizaram sem terem tido essas experiências anteriores de aprendizagem, podem ser explicadas pela plasticidade cerebral, que é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões a partir das necessidades e dos fatores do meio ambiente. O sistema nervoso central é capaz de modificar sua organização estrutural própria e funcionamento em resposta à experiência, e como adaptação a estímulos repetidos.

O atraso cognitivo pode ser explicado, como apresenta a neurociência, pela falta de estímulo, principalmente, no hemisfério esquerdo do cérebro, que é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa dos seres humanos. Em alguns casos tal ambiente pode contribuir para o desenvolvimento de algum tipo de deficiência ou retardo mental. Por quê? Os estímulos são tão importantes para modelar o cérebro que, muito antes de os sentidos começarem a funcionar, o cérebro dá seu “jeitinho” de já ir se entretendo. Sem as sinapses,

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