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7.5 - Metáforas E Homologias

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Por:   •  16/5/2014  •  840 Palavras (4 Páginas)  •  371 Visualizações

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7.5.1 – Do desenvolvimento: especificidade e irreversibilidade

A interpretação evolucionista do desenvolvimento econômico sugere que, na origem da mudança econômica, resida um processo (dinâmico) de aprendizagem. Esse processo é interativo e relacional, não é previsível e está, portanto, sujeito a possíveis bifurcações. Em sua complexidade, é específico e distinto. A base que compõe a aprendizagem é a organização do sistema, conferindo-lhe uma estrutura. É a organização que coordena ativos tangíveis e intangíveis, que evoluindo, podem produzir conhecimento, rotinas e crescente proximidade organizacional (isto é, o compartilhamento de conhecimento técnico, organizacional e econômico), tornando disponíveis os ativos, a custo mais baixo do que os gerados pelas transações de mercado. Desta forma, é o processo organizacional que confere especificidade ao sistema, capacidade de aprendizagem permanente e, portanto, irreversibilidade.

7.5.2 – Identidade e autonomia

Através do mecanismo da autopoiese é possível caracterizar a organização e a identidade de um sistema, sendo estas duas, conceitos inseparáveis, em grande parte, desconsideradas na teoria dos sistemas tradicionais. A teoria da autopoiese introduz a possibilidade de definição dos sistemas em termos de organização e identidade. Os conceitos-chave são organização e estrutura. A organização se dá pela reunião de relações entre os elementos do sistema que faz com que seja o que é e não qualquer outra coisa. A estrutura, ao contrário, se forma pelas qualidades materiais e históricas dessas relações.

A identidade do sistema, portanto, deriva de sua organização, e sua estruturação é o resultado da ação coletiva. Dessa forma, territorialidade e competitividade são, ambas, expressão de um processo temporal de auto-organização, alcançado pelos atores dentro de uma rede, e, portanto, que carreia efeito evolucionista.

7.5.3- Evoluções e descontinuidades

Para que haja uma evolução da estrutura do sistema, este precisa ser criativo, a começar por sua própria organização e estados novos e superiores de complexidade. Assim, o sistema pode desenvolver-se, mas caso isso não ocorra, poderia dar início a processos mais ou menos rápidos de desestruturação e desintegração. Algumas das principais regiões manufatureiras experimentaram, em diferentes períodos históricos, processos de degradação de velhas estruturas para permitir o surgimento de novas (processo que lembra a “destruição criadora” de Schumpeter). Em outros casos, os sistemas podem desestruturar-se, acionando uma espiral de dependência. Em alguns processos evolutivos, é possível identificar descontinuidades (catástase), que podem ser originadas através de perturbações, ou choques vindo de fora, tais como decisões locacionais que rompem o equilíbrio socioeconômico, acontecimentos geopolíticos inesperados, etc.

A capacidade de aprender com base em conhecimento acumulado, a “memória”, permite trajetórias de desenvolvimento mais ou menos eficazes por meio da reprodução do conhecimento do sistema e constitui um recurso latente, específico e local.

7.6 – Política e políticas

7.6.1 – A lição da história

A regeneração da economia não se explica apenas por um restrito conjunto de fatores econômicos, mas também por um envolvimento maior de fatores institucionais, culturais e sociais. Se, durante décadas, as políticas se voltaram mais para curar os sintomas dos problemas regionais ( tais como o desemprego), em vez das

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