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A Cidade Antiga - Resumo

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Por:   •  24/11/2013  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  1.037 Visualizações

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O livro discorre sobre a cultura e costumes do ser humano como parte de uma sociedade, vindo desde as primeiras civilizações até o auge do Império Romano. Através deste apanhado histórico sobre aquelas que foram possivelmente as civilizações pioneiras em termos de desenvolvimento sociocultural, é possível perceber a notável influência que estas cidades antigas exerceram sobre a sociedade atual, provando mais uma vez que somos fruto do nosso passado e de nossa história.

Nos primórdios das civilizações indo-europeias, um mistério já estabelecido era o da morte. Acreditava-se nela como um rito de passagem, uma transformação que fazia parte da vida, e não como o fim da alma e da pessoa como um ser, tal que os mortos eram cultuados como sacros. As primeiras noções de família foram formadas através dos cultos que se organizavam para reverenciar um ancestral. Não se praticavam em templos ou santuários como viria a ser no futuro, e sim nas próprias casas.

Algo estritamente relacionado à então religião era o culto do fogo sagrado. Tinha-se para cada casa um altar com uma chama acesa, e era dever do dono para com as divindades mantê-la acesa. O fogo era cultuado tal qual uma divindade protetora por si só: faziam-lhe oferendas e pediam-lhe saúde, riqueza e prosperidade.

Como já dito, os conceitos de família e religião eram sinônimos durante as épocas antigas. O grau de parentesco, então conhecido como “agnação”, baseava-se em quem partilhava do mesmo culto. Através do casamento, uniam-se dois cultos a fim de essencialmente produzir um herdeiro (homem) que desse continuidade e tomasse como responsabilidade a família e o culto.

Os indivíduos viviam regidos pelas leis pregadas pelo próprio culto familiar, tendo o pai como patriarca e figura autoritária. Os conceitos de moral e ética também eram internos, advindos do que a religião familiar estabelecia, válida e restrita aos membros da casa.

Futuramente deu-se em Roma e na Grécia o surgimento das chamadas “gens”, formas primitivas de organização familiar independentes e autossuficientes, ainda semelhantes de certo modo às religiões familiares mais antigas. As gens representavam uma união incontestável e indissolúvel entre os seus membros.

Mais tarde, através de um processo chamado fratria, onde diferentes famílias se reuniriam para celebrar um culto comum às duas, ainda respeitando as diferenças entre cada uma, criando entre elas uma comunhão de cunho religioso e político. Diferentes fratrias posteriormente viriam a se agrupar num mesmo culto e criar assim as tribos. Pela reunião destas diferentes famílias, fratrias e tribos, fez-se necessário estabelecer e solidificar a união entre elas através de um marco territorial que pudesse domiciliar o povo e abrigar suas crenças. Surgiam então as primeiras cidades.

Nas primeiras cidades, sendo assim, era perceptível a falta de distinção entre a religião e a sociedade. O culto comum era o que unificava o povo das então cidades. A figura máxima na hierarquia sociopolítica das cidades era o rei, que representava tanto a autoridade política quanto a religiosa.

A religião consistia de cultos, ritos e cerimônias precedidos pelo próprio rei, com a finalidade precípua de manter o homem sob a condição de obediência e temência à divindade e ao seu representante (o rei). Louvavam-se ancestrais ascendidos ao posto de divindade, representações mistificadas de forças da natureza ou até mesmo figuras criadas pela própria cultura local. Deste modo começaram a surgiram as famosas mitologias Grega e Romana.

Mais tarde a figura do rei foi substituída pela do magistrado. Era também detentor do poder político e líder sacerdotal da religião. Sua autoridade era considerada diretamente relacionada à religião, como se o magistrado tivesse a aprovação dos deuses. Era responsável por ser, para todos os meios, o representante da cidade.

A permissão de comparecer ou não aos cultos caracterizava o então não muito bem lapidado conceito de cidadania. O cidadão era aquele que atendia aos cultos e por isso lhe eram garantidos direitos sociais e políticos. Apenas homens adultos nascidos na cidade podiam assistir aos cultos e rituais, porém a bênção garantida pelos deuses se estenderia a suas esposas, crianças e bens.

A lei era parte da religião, e por isso se confundia com a mesma. Os pontífices religiosos eram, ao mesmo tempo, os jurisconsultos. Leis eram tratadas como dogmas religiosos feitos pelos próprios deuses para serem obedecidas, cujo descumprimento poderia acarretar em castigos divinos. Seus preceitos, por serem advindos da crença, eram imutáveis e indiscutíveis. Eram transmitidas oral e informalmente, como parte dos costumes da própria cidade.

Os crimes mais graves eram punidos com o exílio. Ser expulso da cidade significava, para o indivíduo, não apenas a perda de sua nacionalidade, de sua família ou de seus bens, mas a perda da religião e dos seus deuses. Perdia-se sua identidade e sua dignidade.

A religiosidade era tão presente que, quando havia conflito entre duas cidades não implicava apenas num combate entre os homens: criava-se também uma rixa entre os respectivos deuses. Os derrotados, quando não mortos em batalha, eram feitos escravos da cidade vencedora, perdendo então sua pátria e sua fidelidade ao deus da sua cidade de origem, assumindo a religião de sua nova cidade. Os tratados de paz eram feitos através de cerimônias religiosas, estabelecendo

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