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A Critica da Razão Tupiniquim

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.716 Palavras (19 Páginas)  •  234 Visualizações

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GOMES, Roberto. Crítica da Razão Tupiniquim. 12ª edição. Curitiba: Criar Edições, 2001.

O trabalho trata-se do fichamento e resolução de um questionário sobre o livro Crítica da Razão Tupiniquim, o objetivo deste é a melhor compreensão da realidade da filosofia brasileira que questiona que a filosofia brasileira não trata da realidade brasileira, e sim de adaptação da filosofia de outros povos. O livro é dividido em 11 capítulos: no primeiro trata-se da apreensão do titulo do livro que denuncia que não pode ser escrito esse livro por não existir uma razão tupiniquim no Brasil, o segundo explica os vários sentidos da palavra séria na sociedade brasileira, o terceiro trata-se

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

1. Um capítulo

“Os brasileiros são reconhecidos mundo afora pelo seu comportamento carismático e piadístico que chega a fazer piada de seu da situação de seu país e de instituições que deveria servir melhor”.

“Embora tenhamos uma imensa mitologia construída em cima de nosso jeito piadístico, no momento de pensar não admitimos piada. Queremos a coisa séria. Frases prontas  ordem inversa ,palavras raras ,citações latinas [...] (pag.6)”

“Para criar um pensamento brasileiro deve-se partir de uma realidade         brasileira, de uma atitude filosófica que trata-se disso da análise da realidade brasileira e uma reflexão através do questionamento  para que possa criar uma resolução aos problemas na sociedade brasileira. O grande problema encontra-se em não analisar a realidade brasileira. Não se deve buscar a solução dos problemas brasileiros em fundamentos filosóficos de outro povo.”

2. A sério: a seriedade

“A palavra sério apresenta vários sentidos para o que seria “a seriedade” e que pode mudar de totalmente o seu significado dependendo da frase.”

“[...] Creio que isso fique claro se considerarmos estas duas ocorrências: “Fulano de tal é um homem sério” e “Fulano de tal leva a sério seu trabalho” (pag.10).”

“Queremos  dizer que Fulano de Tal   é um homem que zela pela seriedade das aparências. É respeitador das normas e convenções sociais. Seria incapaz de “sair da linha”. Dele não se esperam coisas que fujam ao normal estatístico.” (pag.10-11)

“Na segunda ocorrência, a seriedade em questão remete-se a outra gama de significações. Levar a sério ,seja um trabalho, um lugar, ou um amor ,não consiste no zelo da vigência de normas sociais”(pag.11)

“Ao levar a sério estou profundamente interessado em alguma coisa, a ponto de voltar todas as minhas energias no sentido de sua realização. Mesmo quando exige “sair da linha”. Só aqui poderemos encontrar o germe revolucionário indispensável à criatividade” (pag.11).

“O sério esta á serviço de uma mascara social. Casca normativa que nos vem do exterior e que nos dita o que convém, esta a essência de tal seriedade. A partir disso, pouco ou nada importam as instituições que procedam do interior, ficando nossa expressão mais pessoal e crítica eliminada”. (pag.12)

“Quero com isto dizer que o tema providenciado para este título exigiria sair do sério. Parece evidente que a filosofia brasileira só existirá a partir do momento que vier a ser ,como uma piada, uma investigação do avesso da seriedade vigente[...].É  esta máscara séria que vem sufocando o pensamento brasileiro, onde ela mais profundamente aderiu ao rosto”.(pag.13)

“Eis o que desejaria mostrar: nossa aversão á pompa acaba convertendo-se em seu oposto- o triunfo da cultura formalística. É, pois, urgente que assumamos a capacidade a sério do humor como forma de conhecimento”. (pag15)

3. Uma razão que se expressa

“Uma razão se descobre em sua originalidade e conhece seus mais íntimos projetos, que emerge a possibilidade de Filosofia.” (pag.18)

“Se parto do suposto que descobrir-se é, de algum modo, descobrir alguma coisa, desde logo me coloco em oposição a isto que deverei descobrir. No momento em que encontrasse tal objeto, teria concluído minha tarefa. Mas não existe de fato nada com o que, ou com quem eu deva me encontrar para descobrir-me. Os encontros são externos e superficiais”.(pag.18)

“A Filosofia, onde uma razão se expressa, sempre se revelou pela fidelidade a este dado. Súbito, uma razão descobre-se em. Em mileto, por exemplo. Por mais abstrato que possa parecer um pensamento, sempre traz pra si a marca de seu tempo e lugar”. (pag.19)

“O vital é reconhecermos que um pensamento é original não por superar sua posição – o que é impossível-, mas precisamente por dar forma e consistência a este tempo e apresentar uma visão critica das questões da sua época, ai tendo origem. O pensamento é superior não a despeito de ser situado, mas justamente por situar-se”.  (pag.21)

“A grande dificuldade, no sentido de fazer explodir toda uma construção séria da Filosofia que entre-nós se instalou, é realizar a consciência de que o pensamento e seus objetos são pura invenção” .(pag.23-24)

“Assim, Filosofia é uma Razão que se expressa - fórmula onde a palavra Razão comparece carregada de historicidade. E uma Filosofia brasileira precisaria ser o desnudamento desta Razão que viemos a ser. Seja por excesso de pudor, por medo, o fato é que até hoje não nos despimos. Talvez temendo nada encontrar por debaixo de nossos trajes europeus, nosso infatigável terno e gravata”.(pag.24)

“A questão se reduz a algo simples: não existe uma "problemá-tica"brasileira à nossa espera. Urge ser inventada. Inventada e posta em questão - este, o esforço da Filosofia, desde sempre. Cabe perguntar se entre-nós encontramos sinais de tal esforço. Em resumo e didaticamente: há uma Filosofia brasileira?”(pag.25)

4. Filosofia e negação

“[...] A ciência , urge saber de sua validade ,das condições de construção e de seus objetos e determinar, no conjunto da cultura, o lugar do conhecimento que propõe” .(pag.27)

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