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A DEFICIÊNCIA COMO FENÔMENO SOCIAL

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Por:   •  16/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.424 Palavras (10 Páginas)  •  270 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS PÚBLICAS, REDES E DEFESA DE DIREITOS

GEORGIA DE OLIVEIRA CAVALCANTE

A DEFICIÊNCIA COMO FENÔMENO SOCIAL

Tauá- Ce

2012

GEORGIA DE OLIVEIRA CAVALCANTE

A DEFICIÊNCIA COMO FENÔMENO SOCIAL

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos - Módulo I – Questão Social, Políticas Públicas e Direitos da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná.

Orientador:Profª. Maria Ângela Santini;

Profº. Miguel Belinati Piccirillio;

Profª. Okçana Battini

Tauá - Ce

2012

SUMÁRIO

1. Introdução........................................................................................ 04

2. Contexto Histórico no Tratamento da Questão da Deficiência.. 05

3. Deficiência: Termos e Conceitos Sociais..................................... 08

4. Considerações Finais...................................................................... 11

5. Referências Bibliográficas.............................................................. 13

1. Introdução

Investigar a problemática do portador de deficiência não é tarefa fácil. Isso se justifica pelo fato de qualquer “noção” ou “definição” de deficiência implicar uma imagem que a sociedade faz sobre esses indivíduos. Toda vez que forem usadas palavras como “excepcional”, “louco”, “aleijado”, “deficiente mental”, etc. são construídas algumas concepções daquilo que todas essas palavras querem dizer. Isso significa que todos esses “rótulos” compõem a personalidade do indivíduo, partindo-se da premissa de que ele é diferente das pessoas consideradas “normais”.

A sociedade favorece tas concepções, pois estabelece padrões de normalidade que devem ser obedecidos por todos. Aqueles que forem das suas normas são colocados à parte e excluídos do meio social. Segundo Goffman (1988:62).

A sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias.

O Brasil é um dos países que apresenta um alto índice de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Estima-se, de acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS, que neste país, 16 milhões de pessoas são portadoras de deficiência, sendo registradas como mais frequentes as físicas e as mentais. Paralelamente a este fato, encontra-se neste país uma das menores taxas de participação deste segmento social no mercado de trabalho, visto que 9 milhões estão em idade de trabalhar, entretanto os que trabalham no mercado formal somam cerca de 2%, enquanto nos países mais avançados esta proporção fica entre 30% e 45%(PASTORE, 2000:76).

A questão da deficiência não se limita ao desenvolvimento físico, auditivo e mental, nem exclusivamente no comportamento humano, mas, sobretudo nas implicações sociais que revestem o portador de deficiência, emerge a necessidade de ser apresentado o enfoque social da problemática.

Esse texto busca contribuir para o debate acerca da problemática dos portadores de deficiência, propondo, portanto, compreender e analisar a realidade da inserção e manutenção do portador de deficiência na sociedade.

2. Contexto Histórico no Tratamento da Questão da Deficiência

A problemática do portador de deficiência não é específica das sociedades modernas, uma vez que emerge nas relações milenares dos homens com os homens. São estas que geram direta ou indiretamente as pessoas portadoras de deficiência.

Ao longo da história da humanidade, a deficiência teve como percurso marcado por sérias consequências em relação a seus portadores. A forma pela qual tais segmentos sociais eram considerados, tratados ou compreendidos sempre variou muito nas diversas sociedades, visto que estes não se constituem em organismos estanques e imutáveis, sendo composta pro seres humano, que estabelecem as relações sociais, as quais são envolvidas por valores, normas, e costumes que estão em constante devir, de acordo com o contexto histórico-social que os envolvem.

Assim, verifica-se que desde o inicio dos tempos os portadores de deficiência foram alijados do convívio social e impedidos de participar e desenvolver suas capacidades como seres humanos e cidadãos, em virtude de apresentarem uma inteligência ou habilidade inferior àquelas consideradas normal para os padrões da época.

A antiguidade foi a época em que os portadores de deficiência, foram considerados como “seres malditos”, depositários do mal, fonte de repulsa, de medo, seres divinizados ou com uma conotação de dádiva ou castigo divino. Ito se deve ao fato de tal sociedade ser marcada fortemente por misticismo, passando a atribuir a entidades ocultas, o que para ela era inexplicável.

Nas sociedades escravagistas, mais especificamente em Esparta, cidade militarista da Grécia Antiga, no século XI (a.c), os portadores de deficiência eram propriedade do Estado. Quando uma criança nascia, era levada a um lugar pelos anciãos da tribo que a examinavam. Se ela fosse robusta e forte, poderia sobreviver. Se por acaso fosse “defeituosa”, julgavam que a morte era melhor tanto para a criança como para a cidade. Assim, após o exame, resolviam jogá-la do alto do monte Taygetos (CARNEIRO,1995:12).

No decorrer da Idade Média, estava presente a ideologia da Igreja Católica, que considerava o homem um ser feito à imagem e semelhança de Deus. Tal concepção demonstrava que os indivíduos deveriam ter as mesmas características divinas da capacitação

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