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A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO DURKHEIM X MARX

Por:   •  17/4/2017  •  Resenha  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  1.073 Visualizações

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A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS TEORIAS DE KARL MARX E ÉMILE DURKHEIM

1. Émile Durkheim

Para o sociólogo, a sociedade é como um organismo vivo e por isso pode apresentar duas situações:

        Normal – fenômenos regulares

        Patológico – comportamentos que são comparados às doenças que impedem a harmonia e o consenso, precisando ser tratados.

De acordo com ele, a sociedade encontra-se neste estado doentio, pois deixou de realizar seu papel de freio moral.

“(...) As paixões humanas só se detêm diante de uma força moral que elas respeitam. Se qualquer autoridade desse gênero inexistente, é a lei do mais forte que reina e, latente ou agudo, o estado de guerra é necessariamente crônico” Durkheim

Para encontrar a solução, precisa-se entender a causa e o porquê disso.

É ainda que entra a tese da solidariedade social, que seria o mecanismo de coesão da sociedade. É dividida em dois grupos de comportamentos distintos: orgânica e mecânica.

A solidariedade mecânica é característica de grupos arcaicos ou pré-capitalistas, que possuem valores e crenças em comum. Essa igualdade assegura a coesão.

Com a evolução da sociedade, ocorre um processo de especialização de funções, gerando a divisão social do trabalho. Como cada indivíduo não conhece e nem participa mais de todo o processo produtivo, ele depende do outro para a troca de serviços, sustentando então a teoria da solidariedade orgânica. Nesse contexto capitalista, os valores e crenças não são mais homogêneos: a consciência coletiva se desmancha aos poucos dando espaço à consciência individual.

Porém, o ponto do individualismo pode ser prejudicial à coesão se a diferenciação for muito pesada. Caso isso ocorra, o homem não consegue mais perceber a complementariedade e dependência. Esse individualismo exacerbado leva à perda da moral orientadora.

“Mesmo tendo absorvido uma enorme quantidade de indivíduos cuja vida se passa quase que inteiramente no meio industrial, tais atividades não exerciam a coesão, sem a qual não há moral, isto é, não se lhes apresentavam como uma autoridade que lhes impusesse deveres, regras, limites.” Quintaneiro

Entra então, o trabalho da sociologia para Durkheim: preservar o bom funcionamento da sociedade. Perante isso, ele faz uma proposta: o campo de trabalho passa a ser o local da construção da moral perdida.

Portanto, a divisão social do trabalho, teria como função estabelecer regras de conduta aos indivíduos a fim de trazer de volta a solidariedade.

2. KARL MARX

Marx defende a ideia de que o estudo da sociedade parte da forma como os homens se estabelecem para utilizar os meios de produção.

“O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. (...) é a realidade social que determina a sua consciência. ”

Nas forças produtivas e distribuição de renda forma-se as classes sociais, cada qual com suas regras e costumes. Por meio delas há uma relação de antagonismo e exploração, sendo a principal causa da desigualdade social.

Para Marx, as relações sociais dividem os homens entre proprietários e não proprietários.

“No capitalismo, a divisão social do trabalho é forçada, caótica e anarquicamente pelo mercado.” Braverman (1980)

Com a Revolução Industrial, houve a fragmentação e especialização do trabalho, contribuindo ainda mais para a diferenciação, que dita todas as tarefas econômicas, políticas e culturais.

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