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A Desigualdade Social

Por:   •  20/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  914 Palavras (4 Páginas)  •  173 Visualizações

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Contexto histórico: No Brasil é possível observar registros de desigualdade social desde a colonização em 1530, já que a mesma foi caracterizada por exploração, tanto territorial como mão de obra escrava (indígena e africana), utilizando violência para conter os corpos e consequentemente os movimentos sociais. No dia 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea se deu a abolição da escravatura, no entanto posteriormente não houve uma integração dos negros na sociedade intensificando a discriminação. Os mesmos edificaram moradias precárias e futuramente em uma limpeza social, negros e pobres foram expulsos para morros, mantendo a posição social de subalternos. “A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho. (...) Essas facetas da situação (...) imprimiram à Abolição o caráter de uma espoliação extrema e cruel”. -A integração do negro na sociedade de classes. Portanto através do contexto histórico percebe-se que o conceito de desigualdade é amplo e influencia em todos os âmbitos da vida de um individuo afetado. A escravidão manteve seus resquícios séculos depois, influenciando na hereditariedade social, conservando a estrutura segregacionista.

Desigualdade social: Ausência do equilíbrio no padrão de vida dos habitantes de um país, ou seja, disparidade no contexto socioeconômico nas quais diferentes pessoas estão inseridas. Sendo assim o ambiente, localidade, família influência o desenvolvimento e a interação do indivíduo com os outros e o espaço. A questão econômica age diretamente no bem estar, para promover a realização do seu potencial, o aumento de suas possibilidades e o desfrute da liberdade de viver a vida que elas desejam.” (programa das nações unidas para o desenvolvimento PNUD) é preciso que as necessidades básicas (sobreviver com decência) sejam atendidas, sendo elas objetivas e universais. Passam pelo acesso a comida, roupa, saúde, casa e segurança. De acordo com o artigo XXV da declaração universal dos direitos do homem “toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.” Portanto o desequilíbrio no padrão de vida de diferentes pessoas desencadeia diversos problemas sociais e impossibilita que todos tenham acesso as mesmas oportunidades seja no âmbito escolar/acadêmico, profissional, econômico etc.

As conseqüências são visíveis: segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mais de 7 milhões de pessoas passaram fome no Brasil em 2013, sendo que a produção de alimentos no país no mesmo ano seria capaz de erradicar a fome. Como uma das principais e mais fortes causas da fome e miséria está à má distribuição de renda. Outro resultante é a favelização, moradias precárias a partir das contradições econômicas, sociais e perpassa pelo contexto histórico da produção do espaço geográfico. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já ultrapassou a marca de 11 milhões de pessoas morando em favelas. Outros resultantes da desigualdade são a precariedade e dificuldade de acesso aos serviços básicos, como saúde, transporte público e saneamento básico; Aumento da criminalidade; entre outros.

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