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A Dominação Masculina

Por:   •  28/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  255 Visualizações

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        Nascido na cidade de Denguin, França, no dia primeiro de agosto de 1930, Pierre Félix Bourdieu era proveniente de uma família campesina. Ao completar seus estudos básicos, mudou-se para Paris, onde estudou na Faculdade de Letras aos 21 anos de idade. Em 1954, Pierre Bourdieu formou-se em Filosofia e iniciou sua vida profissional como professor em Moulins. Sua carreira sofreu uma interrupção em função do serviço militar obrigatório que o enviou para a Argélia. Aproveitando-se do deslocamento, assumiu o cargo de professor na Faculdade de Letras da capital do país, Argel.

        De volta a Paris, Pierre Bourdieu foi assistente de Raymond Aron ,importante filósofo, sociólogo e comentarista político da França na Faculdade de Letras de Paris. Foi no mesmo, 1960, que se tornou membro do Centro de Sociologia Europeia, no qual ocuparia o cargo de secretário-geral dois anos depois. Seu retorno à França marca também o início de sua volumosa produção científica. Sua publicação entre as décadas de 1960 e 1980 o caracteriza como importante sociólogo do século XX. A repercussão de suas reflexões o leva a lecionar em importantes universidades do mundo. Pierre Bourdieu destacou-se por propor uma crítica sobre a formação do sociólogo, buscando o que ficou identificado como “Sociologia da Sociologia”.

        Em uma de suas maiores obras, A dominação Masculina, o autor inscreve-se em um contexto histórico de final de um século marcado por grandes avanços no conhecimento, por conquistas de direitos humanos e sociais mas com muitos atrasos e dívidas no desenvolvimento da igualdade humana.

        A divisão entre os sexos parece estar “na ordem das coisas”, tomando como natural, estando objetivado nas coisas (na casa, por exemplo, cuja as partes são todas “sexuadas”), em todo mundo social todo o estado incorporado nos corpus e nos habitus, dos agentes funcionando como sistema de esquemas de percepção, de pensamente e de ação.

        A força da ordem masculina dipensa justificação, sendo predominada e legitimada a visão androcêntrica. O mundo social constrói o corpo como realidade sexuada e como depositário de princípios de visão e de divisão sexualizantes. Esse programa social de percepção incorporada aplica-se a todas as coisas do mundo, e antes de tudo, ao próprio corpo. A diferença biológica entre os sexos, sendo a diferença socialmente construída, irá se relacionar com a divisão social do trabalho.

        A cultura, através do processo de socialização se viabiliza e se ratiiçõesfica. E por meio dela, as instituições, como a igreja, família, escola e Estado, são os responsáveis por reproduzirem as relações de dominação, opressão, violência e desigualdade entre os sexos.

        As estruturas de dominação são produto de um trabalho incessante, são histórico de reprodução para o qual contribuem agentes específicos entre os quais os homens, com suas armas como a violência física e a violência simbólica, e instituições, famílias, igreja, escola e estado.

         A força simbólica é uma forma de poder, que exerce sobre os corpos, como uma magia, sem intervenções físicas. Ela só consegue funcionar assim, por conta que desencadeia disposições que o trabalho de inculcação e incorporação realizada nos corpos.

        A família é importante não só em base a reprodução sexual, mas também na estrutura do espaço social e das relações sociais. É de sua responsabilidade, reproduzir capital social e simbólico, que ocorrem no interior de relações de afeto. As mulheres são vistas como objetos, onde sua função está ligada ao aumento de capital simbólico em poder dos homens. Como se dá na Cabília, as mulheres são valores que é preciso conservar ao abrigo da ofensa e da suspeita, valores que se investidos nas trocas, controem alianças, ou seja, capital social, e quanto a aliados prestigiosos, se tem o capital simbólico.

        A escola é responsável pela transmissão do capital escolar que capacita para o mundo do trabalho. Mesmo quando já liberta, a escola continua transmitindo os pressupostos da dominação patriarcal, sendo ainda sexistas. Quando se une conhecimento e poder, sse faz necessário uma divisão de saberes entre os dominados e os dominantes.        

        A ordem física e social impõem e estabelecem medidas excludentes para que as mulheres não exerçam tarefas nobres, ocupando lugares inferiores, ensinando-lhes a postura correta do corpo, atribuindo-lhes tarefas penosas, baixas e mesquinhas. Partindo do pressuposto que as diferenças entre o masculino e o feminino fundamenta essas condições, diferenças sociais.

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