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A História antes e depois dos PCNs

Artigo: A História antes e depois dos PCNs. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/11/2014  •  Artigo  •  1.295 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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Artigo: “A História antes e depois dos PCNs”.

A História mudou. O mundo mudou. Mas, a forma de ensinar História precisar mudar e se reinventar para acompanhar as vertiginosas mudanças que ocorrem no mundo. Não cabe mais decorar nomes ou datas. Ensinar História pressupõe estimular os alunos a refletir e fazer descobertas da sua realidade de maneira critica e consciente.

Atualmente, as necessidades da sociedade assim como as do Estado também são outras – a convivência com o novo, o diferente, a mudança, o excesso de informações, imagens etc. –, colocando novos desafios para os educadores. Estamos falando de uma geração que vive o presente, que carrega em si mesma a ruptura e o novo.

Nesse momento não é a mudança que conta, mas a velocidade com que ela se processa. O cidadão que a sociedade de rede internacionalizada exige é um sujeito de múltiplas competências, preparado para lidar com o excesso de informações que cotidianamente recebe. Assim surge a pergunta: o que ensinar de História no mundo multicultural?

Segundo Bittencourt (2004), a existência da História como disciplina ocorreu em função de seu papel formador da identidade nacional. Atualmente esse papel continua sendo uma das justificativas para o ensino de História. A inovação se faz com a atribuição ao ensino de História da formação para que o estudante sinta-se sujeito histórico e seja um cidadão crítico. Para isso, é necessário que o ensino de História resulte em aprendizagem significativa.

É importante destacar que esta mudança ocorreu, sobretudo por fatores como a expansão escolar, que trouxe um público culturalmente diversificado que precisava se perceber enquanto individuo integrante de uma coletividade. Neste sentido, a consciência humana passa a ser compreendida e estabelecida por relações entre identidades individuais, sociais e coletivas numa dinâmica firmada em noções de diferenças e semelhanças e de continuidade e permanência.

Responder a essas novas exigências era algo imprescindível no processo educacional brasileiro. Assim, os Parâmetros Curriculares de História surge num contexto das reformas educacionais brasileiras dos anos 1990. Embora essas mudanças não fossem as mais desejadas ou mesmo esperadas por educadores de História de todo o país, sobretudo por manter a centralização e a hierarquização na organização curricular e por não assegurar a participação democrática em sua construção, elas foram bem vindas.

Todavia, Apesar dessas limitações, no tocante ao envolvimento da sociedade em sua elaboração, os PCNs sugerem, embora com contradições, a cidadania e a diversidade como objetivos do ensino de História. Neste ponto em questão é possível afirmar que houve um pequeno avanço no ensino de História.

De tal modo, pensar o ensino de História dentro do contexto dos PCNs é compreender a importância de valorizar o sujeito histórico e o mundo ao seu redor, ou seja, o ser cidadão em uma totalidade marcada pela diversidade cultural. Este pensamento é reafirmado no documento quando diz que: “O ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes os que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais”. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997: 26).

Para a disciplina História os PCNs propõem um ensino no qual as formulações teóricas de caráter pedagógico alicerçam-se no construtivismo piagetiano e a concepção historiográfica assenta-se na chamada História Nova, que, entre outros de acordo com Le Goff se propõe a “recusar a História superficial e simplista que se detém na superfície dos acontecimentos e investe tudo em um fator” (LE GOFF, 1990, pg. 31).

Em linhas gerais, os PCNs de História refletem três pontos importantíssimos para a aprendizagem de História. Primeiro prioriza o desenvolvimento da consciência crítica. Segundo, destaca o uso de eixos temáticos como estratégia de ensino e em terceiro ponto destaca-se o mérito de valorizar o conhecimento prévio dos alunos e sua historicidade e vivencias.

Neste documento, o saber histórico é uma preocupação a parte e que é revelada pela busca de práticas que incentivem o gosto pelo saber histórico que contemple a construção da identidade e o fortalecimento da cidadania.

Esta preocupação é proeminente porque a disciplina de História sempre foi vista com uma matéria chata e descontextualizada da realidade do aprendente. O ensino de História das gerações passadas foi marcado pela memorização de conteúdos baseados nos grandes feitos e nos grandes homens. Um ensino desinteressante e pouco atraente.

Isso sem pontuar a limitada e exclusiva fonte escritas para os estudos de História, fontes essas muitas vezes restritas aos livros didáticos ou manuais. No que se refere a esta questão, os PCNs de História fazem uma crítica ao uso restrito e exclusivo de fontes escritas e, ao mesmo tempo, a defesa da ampliação das fontes utilizadas em função da necessidade de se ampliar as abordagens.

Entende-se hoje por fontes históricas tudo aquilo que pode contribuir para o entendimento de como se constituiu, viveu e se organizou uma determinada sociedade. Os historiadores utilizam diferentes tipos de documentos, chamados fontes históricas. Estas podem ser escritas

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