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A INFLUÊNCIA DA NATUREZA HUMANA COMO GERADORA DE CONFLITO NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Por:   •  16/3/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  267 Visualizações

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A INFLUÊNCIA DA NATUREZA HUMANA COMO GERADORA DE CONFLITO NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO................................................................................................................

3

2

O HOMEM E A AGRESSIVIDADE HUMANA..........................................................

3

2.1

A Origem das Sociedades e o uso da Força.......................................................................  

5

2.2

O Estado Moderno.............................................................................................................

6

3

A GRANDE GUERRA....................................................................................................

6

4

CONCLUSÃO..................................................................................................................

8

REFERÊNCIAS...............................................................................................................

11


1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como propósito analisar a natureza humana e sua agressividade, observando o exemplo da Primeira Guerra Mundial (1ªGM), em particular, considerando suas principais causas, sob as influências da agressividade humana, que podem levar a conflitos de grandes proporções. Além disso, ressalta-se as consequências dos conflitos, que podem levar o ser humano à posterior reflexão dos pontos positivos e negativos, para adotar decisões de adesões a novos conflitos futuros ou pela procura por soluções por ações não violentas. Ao final, será possível concluir se “Em uma era de múltiplas transformações políticas, econômicas e sociais, os conflitos são inevitáveis”.

Assim, este trabalho será dividido da seguinte forma: no segundo capítulo será abordada a questão da agressividade humana, incluindo a origem das sociedades e o uso da força e também do surgimento do Estado moderno; no terceiro capítulo, será abordada a Primeira Guerra Mundial, e no quarto capítulo haverá uma conclusão, respondendo se os conflitos, de uma maneira geral, seriam inevitáveis.

2 O HOMEM E A AGRESSIVIDADE HUMANA

Uma questão ainda hoje é bastante controversa, responder se o ser humano já nasce agressivo por natureza ou se, na verdade, o ser humano aprende, por influência do meio em que vive, a se portar de maneira agressiva[1] ( ARONSON, 1986).

Profissionais de diversas áreas do conhecimento ainda divergem nesta questão,  Rousseau[2] (1930, citado por ARONSON, 1986), sobre o nobre selvagem, afirma que o homem nasce como uma criatura boa, sem inclinações para o mal, porém em uma sociedade de recursos limitados e de regras impositivas, vai se tornando um indivíduo agressivo e com o seu estado inicial deturpado.

Por outro lado, Sigmund Freud acreditava que a energia agressiva inerente ao ser humano deveria exteriorizar-se, preferencialmente, por meio de atividades não destrutivas para sociedade, pois caso não o fizesse, correr-se-ia um risco de uma espécie de explosão, com o indivíduo causando uma destruição imprevisível. Chamou isto de teoria “hidráulica”, comparando tal efeito a de um sistema fechado com água pressurizada (ARONSON, 1986).

Levando a noção da agressividade natural do homem para um passo adiante, alguns estudiosos concluíram que o homem no seu estado natural é não apenas um assassino, mas que sua ação destruidora é única entre os animais; consequentemente, estes estudiosos sugerem que chamar de brutal o comportamento de um homem é injuriar as espécies não humanas ( ARONSON, 1986).

Por outro lado, estudiosos, durante o século XX, realizaram experimentos com mamíferos para verificar possíveis instintos agressivos inatos de alguns animais e se surpreenderam ao perceber que animais que são naturalmente predadores podem ser condicionados a conviverem com a presa, inibindo a sua agressividade, desde que sejam estimulados neste sentido. Viram também que animais como ratos, por exemplo, podem desenvolver sua agressividade sem ter anteriormente oportunidade de aprender com outros de sua espécie. Entre macacos, foi visto que eles podem cooperar entre si, dividindo alimentos. A cooperação é ainda um bom exemplo a ser observado nos insetos sociais, como as formigas e as abelhas, pois trabalham conjuntamente e toda a comunidade se beneficia (ARONSON, 1986).

Assim, observa-se que, analogamente aos animais, o ser humano provavelmente tenha instintos parecidos e, neste sentido, possua a agressividade, que pode ser usada para a sua sobrevivência, mas que também seja capaz de inibi-la e agir em cooperação, proporcionando ganhos coletivos em sua sociedade.

2.1 A ORIGEM DAS SOCIEDADES E O USO DA FORÇA

Com o advento da revolução da agricultura, durante o período neolítico, a sociedade humana expandiu-se grandemente e foi capaz de armazenar excedentes para consumir em períodos adversos. O armazenamento dos excedentes precisavam ser guardados e mantidos sob o controle das elites dominantes da sociedade, assim, viu-se a necessidade do uso da força como um instrumento para coibir e punir os pretensos ladrões que poderiam surgir, na intensão de levarem uma parte maior desses excedentes. Aliado a isso, existia também o princípio da violência preemptiva, que consistia em fazer primeiro com os outros o que eles farão com este, se tiverem a oportunidade, transformando-os logo em rivais (GELLNER, 1997).

Por milhares de anos, perdurando ainda no período medieval, não houve desenvolvimento técnico significativo da produção na agricultura. Nesse período, o que proporcionava maior e mais rápido ganho era a coerção e atividade predatória. Sendo assim, a sociedade valorizava muito mais os seus guerreiros do que seus produtores. Especialistas em violência ocupavam posições mais elevadas e eram chamados de nobres (GELLNER, 1997).

No passado, a humanidade estava presa pela violência e pela guerra, em conflitos sucessivos. A política dependia do sistema militar e a economia não possuía tanta relevância, pois vivia-se normalmente uma vida de escassez e de disputas ( FREUND, 1995).

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