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A Metrópole E A Vida Mental X Jenny Holzer

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Por:   •  29/5/2014  •  592 Palavras (3 Páginas)  •  264 Visualizações

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Escola Superior de Propaganda e Marketing

Curso: Administração

Disciplina: Cultura Visual

Professor: Luiz Cavalheiros

Aluna: Mariana Martins

O texto de Simmel nos leva a refletir sobre o estilo de vida que levamos. Minha geração já nasceu inserida nas grandes metrópoles, e, mesmo antes de aprender a falar, vê despejada sobre si uma quantidade infinita de estímulos. Seria essa a maneira ideal de se viver?

Simmel fala sobre como o conflito entre querer manter sua autonomia e individualidade diante do grande peso das forças externas causa problemas. O desafio é conseguir manter sua própria personalidade frente a tantos estímulos.

Antes, quando as cidades eram menores, o homem tinha contato com menos pessoas e por mais tempo e isso o dava a oportunidade de aprofundar esses relacionamentos e realmente conhecer um ao outro. Na vida rural, o homem era mais emocional.

E contraste, vivendo na metrópole, precisamos nos “blindar” de certas emoções e sentimentos, considerando a quantidade de informação que nos chega. É mais conveniente viver assim. Se fossemos de fato sentir tudo que há para ser sentido, ficaríamos sobrecarregados. Por exemplo, é comum ver diariamente nos telejornais, notícias de crimes bárbaros. Nos chocamos no momento, mas depois de um tempo acabamos esquecendo. É uma maneira de não deixar que esses fatos nos atinja de maneira mais profunda.

Opcionalmente, o homem metropolitano se concentra no desenvolvimento intelectual. Sendo o cérebro o órgão menos sensível, faz sentido que esse “trabalho” seja passado pra ele. Enquanto os sentimentos atuam nas camadas mais inconscientes e profundas, sendo assim mais difíceis de serem controlados, o intelecto está nas camadas mais “controláveis”, conscientes. O foco no intelecto é uma maneira que o homem encontrou para se proteger do bombardeiro diário de informações. Sendo ele mais adaptável, nos saímos melhor diante das frequentes mudanças, choques e transtornos. A vida na cidade requer mais de nossa consciência que a vida rural.

Da incapacidade de reagir a tantos estímulos contínuos, surge a atitude blasé, quase exclusivamente manifestada nas pessoas intelectualizadas. Os nervos são estimulados tão frequentemente e por tanto tempo até o seu ponto máximo de reação, que atingem seu ápice e, assim, sua capacidade de reagir. No entanto, não se deve confundir a falta de reação com falta de percepção. É como se as situações fossem sim percebidas, mas de uma forma mais genérica, sem o “eu” que nos faz nos identificar. Usamos antipatia para nos proteger e mal conhecemos nossos vizinhos

Nesse contexto, Simmel fala também da relação entre intelecto e economia monetária. Tendemos a nos distanciar da individualidade verdadeira e valorizar mais o que pode ser mensurável. As relações humanas tornam-se trocas comerciais e, por consequência, o homem, como dito por Marx, torna-se mercadoria. Nada mais que um número.

Holzer, com seu trabalho, tenta desconstruir um pouco disso. Sua arte é baseada na linguagem. Usando textos autorais ou não, faz intervenções urbanas utilizando frases que nos convida a olhar para dentro e pensar. Num mundo de estímulos múltiplos, ela tenta capturar

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