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A POLITICA EDUCACIONAL - NUNCA ME SONHARAM

Por:   •  5/2/2020  •  Ensaio  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  114 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS – FAFIC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA: POLÍTICA EDUCACIONAL

PROFª.: TEREZINHA CABRAL DE ALBUQUERQUE NETA

ALUNO: ANTONIO MARCOS ALVES DA SILVA

ATIVIDADE:

Assistir o documentário “Nunca me sonharam” e responder as seguintes questões:

  1. Correlacione a educação formal presente na Constituição e LDB com a educação real

O educador Darcy Ribeiro dizia nos idos de 1977 que “A crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto”. Dizia isso refletindo sobre um perverso plano de alienação do povo estimulado pelas classes dominantes. Ainda hoje há quem possa desconfiar da tese, alegar ares de teoria conspiratória. Mas, quatro décadas depois, é nítido que uma casta política não apenas negligencia esse direito constitucional, como se aproveita de seu impacto sobre a população. Por isso, o Documentário “Nunca me sonharam” abre com o texto do artigo 205 da Constituição Federal, que diz: é um dever do Estado prezar pelo “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. E mais adiante mostrará, exatamente, jovens desiludidos com seu despreparo oriundo do sucateamento da educação.

Correlacionar esse processo da educação formal presente na Constituição com a educação real não é tarefa tão fácil. Nem sempre aquilo que está no papel se concretiza, de fato, na realidade. Há muito mais cuidado com a letra, a teoria, do que com a prática, a ousadia do real. No Brasil, sempre foi difícil correlacionar a teoria com a prática e isso se deve muitas vezes ao descaso com as políticas públicas e o desgaste no cuidado com os mais frágeis, os mais pobres. A educação de qualidade sempre foi um desafio e continuará sendo à medida em que governos se preocuparem muito mais com seu “umbigo” do que com o bem comum.

  1. No documentário foi relatado que 82% dos estudantes estão em escola pública. Qual educação estão oferendo para eles?

Essa é uma realidade bastante complexa. O filme traz histórias de alunos que tiveram de abandonar os estudos para trabalhar, de estudantes que deixaram as salas de aula por se sentirem incapazes de acompanhar o desenvolvimento dos outros colegas, de jovens que simplesmente não entendem como o que eles aprendem na escola pode lhes ser útil para a vida e para conseguirem um lugar ao sol... mas o filme vai muito além disso.

A primeira parte do documentário mostra como a castração dos sonhos geralmente é cruel, daí o panorama desanimador porém realista constatado hoje em dia no sistema público de educação. Nisso, pode até não haver novidade. O que surpreende, no entanto, é que aos poucos, sem que seja óbvio, o filme vai se transformando em uma agradável e realista proposição de como é possível mudar este cenário educacional brasileiro.

Talvez a educação oferecida não seja aquela que prioriza a vida e a realidade, por isso pode parecer desanimador. Às vezes, como relata alguns no filme, a estrutura física, a arquitetura da escola é opressor. Os professores, os coordenadores pedagógicos não estão preparados pra oferecer um diferencial. Muitas vezes eles não são preparados pra isso. Isso muitas vezes não é culpa da escola, mas da sociedade. Como diz o filme, os nossos governantes deveriam conhecer mais a escola.

  1. Quando os índices de evasão são altos aumentamos os custos da sociedade! Como acontece essa relação.

No filme/documentário é possível compreender isso a partir da fala dos gestores e também dos alunos. Essa relação acontece e é calculado de acordo com os ganhos que o jovem que abandona a escola deixa de ter e os custos que essa decisão pode lhe causar ao longo da vida. O jovem que não conclui o ensino médio ganha um salário menor ao longo da vida, tende a poupar menos, a ter hábitos alimentares piores e gastos maiores com problemas de saúde. Esse jovem também tem mais chances de se envolver com atividades ilícitas. Esse conjunto de fatores produz custos maiores para os serviços públicos. “Os custos podem ser muito maiores, principalmente, em relação a jovens que se envolvam com crimes.”

É difícil pontuar com objetividade os fatores que levam os adolescentes a deixarem a escola. Eles podem envolver desde o desinteresse pelas aulas até a falta de estímulo na família e causas como gravidez precoce e necessidade de ir para o mercado de trabalho muito cedo. Sejam quais forem os fatores, todos eles impedem que o jovem se sinta engajado pelo ambiente escolar.

  1. “Reduzimos a mortalidade infantil, mas estamos matando nossa juventude”. Explique essa fala.

Explicaria essa frase partindo daquilo que mais me chamou a atenção no filme/documentário: o SONHO. Acredito que matamos a nossa juventude quando a impedimos de SONHAR. Sonhar precisa ser o combustível que impulsiona a vida da nossa juventude. Acabamos por frustrar a vida da juventude construindo muros e não pontes.

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