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A PRÁTICA ADMINISTRATIVA NA FORMAÇÃO DO FUTURO OFICIAL DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ

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Por:   •  12/7/2014  •  2.632 Palavras (11 Páginas)  •  427 Visualizações

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A PRÁTICA ADMINISTRATIVA NA FORMAÇÃO DO FUTURO OFICIAL DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ

Gelson Marcelo Jahnke.

Resumo: Este artigo pretende trazer reflexões acerca do ensino das práticas administrativas desenvolvidas pelos alunos do Curso de Formação de Oficiais da Academia Militar do Guatupê, durante o seu processo de formação, os quais são habilitados na prática de conduzirem militares e estruturas operacionais do Corpo de Bombeiros em todo o Estado do Paraná. Para a realização deste trabalho, utilizou-se a prática desenvolvida dentro da formação dos 2º e 3º Anos do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros Militares, que procuram chefiar unidades dentro do processo chamado de Administração Júnior, o qual é amplamente desenvolvido por todas as faculdades de Administração do Brasil, obtendo a base necessária para ser um futuro oficial, gerente dos mais diversos quartéis existentes no Estado.

Abstract: This article aims to bring reflections on the teaching administrative practices developed by the students of the Training Course for Officers of the Military Academy Guatupê during its formation process, which in practice are able to conduct military and operational structures of the Fire Department throughout the State of Parana. For this work, we used the practice developed by the military, in the formation of 2 and 3 Years of Training Course for Officers Fire Brigade, who seek to lead units in the process called Administration junior, which is widely developed for all business schools in Brazil, obtaining the necessary basis for a future officer, manager of the most diverse quarters in the state.

Palavras-chave: Educação - ensino militar – administração.

1. Introdução

A esfera militar vem sendo considerada por muitos como “conservadora”, desde os tempos de sua criação, a qual a partir deste formato propiciou as grandes conquistas dos enormes exércitos que vagavam pelos quatro cantos do mundo. Este modo sugere uma relação assimétrica entre os sujeitos, relação esta permeada de poder, já que de um lado, existe um orientador (na condição de superior), ou seja, na condição de chefe, e de outro lado, um ser que é orientado (na condição de subordinado), ou seja, um cumpridor das mais diferentes tarefas e missões.

É sabido que nos tempos atuais os processos educacionais, os quais são responsáveis pela transmissão do conhecimento, vem sofrendo mudanças a nível mundial, sendo que nesse contexto as instituições de ensino militar, que são as executoras deste processo, não disponibilizam atividades curriculares voltadas à prática de rotinas.

Pode-se dizer que essas diferenças devem-se principalmente a diversidade de metodologias aplicadas na formação, que não retratam claramente as atribuições práticas de uma atividade, focando muito na parte teórica desenvolvida pelos grandes mestres, esquecendo da prática que força o aluno a refletir e buscar soluções para a resolução dos problemas encontrados no seu dia a dia frente a uma gerência.

A visão deste estudo nos remete ao início da formação de um jovem que passa cerca de 03 (três) anos de sua vida em um banco escolar e que ao final do seu curso é habilitado a comandar um efetivo de no mínimo 20 (vinte) bombeiros nas diferentes unidades espalhadas pelo Estado.

O interesse por esta pesquisa surgiu a partir das percepções elencadas, por este pesquisador, uma vez que inúmeros oficiais reclamam que não possuem capacitação suficiente para enfrentar os desafios que se deparam no dia a dia, quando são designados para chefiar um destacamento de bombeiro.

Mediante este fato, viu-se a necessidade, de realizar uma análise do sistema de ensino da Polícia Militar do Paraná, onde foi procedida uma pesquisa para verificar qual o pensamento dos militares formados nesta instituição, sobre o ensino voltado a teoria e não a prática de rotinas.

O desenvolvimento deste estudo é fundamental na medida em que tenta demonstrar as dificuldades encontradas pelos militares, enquanto alunos na Academia Policial Militar do Guatupê, analisando a contribuição que possam acarretar na facilitação da aprendizagem e possíveis aplicabilidades no campo prático, que justamente é a gerência que irão exercer quando do término de seu processo de formação.

2. Revisão da Literatura

A conjuntura política, social e econômica modifica-se com rapidez, e as Instituições de Ensino Superior como é o caso da Academia Policial Militar do Guatupê, devem estar preparadas para adaptarem-se a essa nova conjuntura. Para estar atualizado com as novas demandas que surgem nas unidades militares, o futuro profissional em segurança pública deve se submeter a um processo de reciclagem e estudos dinâmicos, ou seja, deve conhecer teoria e prática de sua área e de áreas correlatas.

Segundo Barbanti (2001), a necessidade de constante atualização faz com que estas instituições busquem por ferramentas que possam auxiliar o aluno no seu processo de aprendizado.

Segundo Pimenta (2005), a universidade não deve simplesmente adequar-se às oscilações do mercado, mas aprender a olhar externamente, a compreender e assimilar os fenômenos, a produzir respostas às mudanças sociais e a situar-se como uma instituição produtora de idéias, cultura, artes e técnicas. A educação fornece aos indivíduos meios de ampliação de pensamentos e capacita-os para alcançarem à maturidade, tornando-os cidadãos conscientes.

Na esfera do que afirmaram os estudiosos acima podemos dizer que a Academia do Guatupê em seu processo de formação de novos profissionais para o mercado da segurança pública, não pode meramente incorporar no seu processo de ensino aprendizagem, principalmente na área administrativa de uma organização, ensinamentos conceituais e muitas vezes ultrapassados, ao invés de tentar trazer ao futuro profissional experiências das rotinas administrativas vividas pelas organizações militares, que muitas vezes só são demonstradas ao aluno através de rápidos estágios nas diversas seções das unidades, ficando muito aquém do que realmente é necessário apresentar a um futuro gerente de uma organização militar.

Cabe ainda esclarecer o que nos dizem mais alguns estudiosos sobre o processo de ensino teórico-prático.

Segundo Pura (2000, p.21) a diferença entre atividade teórica e prática é :

Atividade

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