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A Participação politica é o caminho

Por:   •  2/4/2018  •  Ensaio  •  3.617 Palavras (15 Páginas)  •  222 Visualizações

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Nome: Daguimário leite de oliveira júnior.

Professor: Valmir Lopes.

Disciplina: partidos políticos do Brasil.

                          

                            Participação política no Brasil é o caminho.

Começo com um questionamento para embasar esse ensaio. Democracia é igual ou

diferente de participação civil? Para que exista uma sociedade mais democrática, é

necessária maior participação do povo nas decisões políticas? Quais são os espaços de

decisão política disponível ao povo? Para alguns autores, a tese de que com o voto

universal e a escolha dos representantes por meio de eleições, já basta para ter uma

sociedade democrática e justa. Venho aqui defender que a realidade de hoje não está

satisfazendo os anseios da nossa sociedade, seja ela por seus vícios eleitorais, pelo

abismo existente entre representantes e políticos e a falta de poder de ação das

massas.

Jean-Jacques Rousseau o pai da democracia moderna tinha a ideia que a soberania não

pode ser representada por terceiros (políticos e governantes), e analisava a situação

do povo inglês de sua época e afirmava que “o povo inglês acreditava ser livre, mas se

engana redondamente; só o é durante a eleição dos membros do parlamento, uma vez

eleitos estes, ele volta a ser escravo, não é mais nada”.

É nítido o dinamismo da democracia em comparação com os outros sistemas de

governo, entretanto, os fenômenos sociais em tempos de globalização e revolução

tecnológica, acontecem freneticamente e o sistema político não está conseguindo

abarcar com inteligência essas novas configurações. Com base no conceito do

intelectual italiano Norberto Bobbio que afirmava que “o regime democrático é um

conjunto de regras do procedimento para a formação de decisões coletivas, em que

está previsto e facilitada a participação mais ampla possível dos interessados”,

portanto, o que distingue um sistema democrático dos outros é um conjunto de regras

do jogos. Com isso, lhes questiono, se a nossa democracia tem ajudado a participação

dos que sustentam o estado brasileiro, ou seja, os cidadãos “comuns”. O que temos

visto é que os poderes que dominam a nossa republicas são setores corporativistas,

que se aproveitam do estado brasileiro para obter benefícios, em detrimento da

maioria.

A democracia e o estado brasileiro hoje estão debilitados, não conseguem atender as

reivindicações dos anseios das camadas da população, principalmente das mais

marginalizadas, que não são abarcadas pelas políticas públicas. Por democracia tomo

como definição o conceito do intelectual brasileiro Paulo Bonavides, que é, “aquela

forma de exercício da função governativa em que a vontade soberana do povo decide,

direta ou indiretamente, todas as questões de governo, de tal sorte que o povo seja

sempre o titular e o objeto, a saber, o sujeito ativo e o sujeito passivo do poder

legítimo”. Partindo disso, olho para a democracia brasileira e constato toda a forma do

gerenciamento do estado brasileiro, do bem público, e para qual lado às questões de

governo estão sendo discutidas, implementadas e quais setores estão sendo

beneficiados.

No começo do aflorescimento das democracias modernas por volta do século XIX, o

ideário de como deviria ser essa democracia, tinha uma visão muito animadora dessa

nova forma de organização da vida social. Com a derrubada dos sistemas monárquicos

absolutistas, filósofos, sociólogos, intelectuais em geral, se debruçaram nessa questão

de uma forma muito ampla, trazendo um horizonte de esperança para a nova era que

começava. Conceitos como o do teórico suíço Jean-Jacques Rousseau que dizia,

“afirmo, pois, que a soberania, não sendo senão o exercício da vontade geral, jamais

pode alienar-se, e que o soberano, que nada é senão um ser coletivo, só pode ser

representado por si mesmo. O poder pode transmitir-se; não, porém, a vontade” e a

formulação do presidente americano Abraham Lincoln (1861-1865) “o governo do

povo, pelo povo e para o povo” servem para explicitar todo esse ideário de

pensamento do século XIX.  

Hoje temos uma democracia representativa que os representantes da população

alienam e descumprem todas as vontades da massa. Sendo recorrente isso nas várias

instancias do estado de representação, casas legislativas (câmara de vereadores,

assembleias de deputados estaduais, câmara de deputados federais e senado), no

executivo (prefeitos, governadores, presidente), membros do judiciário, que mesmos

não sendo eleitos também têm a função de cuidar da coisa pública, entretanto, muitas

vezes

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