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A Passeata dos Cem Mil

Por:   •  6/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  808 Palavras (4 Páginas)  •  153 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Centro de Filosofia e Ciências Sociais - CFCH

Escola de Serviço Social – ESS

Disciplina: Projetos de Educação e Universidade do PLE

Professor: Luis Acosta

Aluna: Juliana Bragança Augusto dos Santos

Trabalho Final

        

Passeata dos Cem Mil

O ano de 1968 no Brasil foi marcado por uma série de levantes populares que manifestaram a insatisfação com o regime militar.  Uma dessas manifestações foi nomeada Passeata dos Cem Mil, ocorrida em 26 de junho em resultado da morte do estudante secundarista Édson Luis de Lima Souto. A manifestação ocorreu após a outra que tinha ocorrido cinco dias antes que teve resultados violentos, sendo chamada de “sexta feira sangrenta”.

Um ano antes da passeata, o Movimento Estudantil tornou-se a principal forma de oposição ao regime militar (na época governado pelo general Costa e Silva), e as manifestações dos estudantes foram recebidas com opressão e violência por parte dos militares. O Movimento  Estudantil  se  reorganizou  nas  universidades  e  também  em  escolas secundárias em oposição a essa ditadura. E a motivação de reivindicação dos jovens era além da ditadura em si, a luta era contra a política educacional proposta pelo governo, que estava nos moldes de uma intencional privatização.

A política de privatização tinha dois lados: a instituição do ensino pago (principalmente no nível superior) e o rumo da formação educacional dos jovens voltado para o suprir as necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão de obra especializada).

As duas perspectivas satisfazia os interesses norte americanos, que tinham grande interferência em tudo na época, exercido por técnicos da USAID (United States Agency for International Development, ou Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Essa Agência atuava junto ao MEC por apelo do governo brasileiro, gerando uma série de acordos com a intenção de orientar a política educacional brasileira.

As manifestações estudantis serviram como meio de denúncia sobre a subordinação do governo aos propósitos e diretivas do capitalismo norte-americano.

Eram comuns prisões e atitudes extremamente arbitrárias por parte do governo em relação aos protestos estudantis, e essa repressão teve seu ápice no final de março com a invasão do restaurante universitário, onde foi morto à queima roupa, o estudante Edson Luís, de apenas 17 anos.

O restaurante era o “Calaba”, fazendo alusão à palavra calabouço, que servia com um centro para reuniões, partiam aguerridas manifestações lideradas pela Frente Unida dos Estudantes do Calabouço (Fuec), e outros estudantes que o frequentavam também sofreram com a repressão.

O assassinato de Edson fortaleceu a luta e o velório do estudante contou com 50 mil pessoas. Nos dias seguintes, manifestações prosseguiam no centro da cidade do Rio de Janeiro, com repressão crescente até culminar na missa da Candelária (2 de abril), em que soldados a cavalo investiam contra estudantes, padres, repórteres e populares.

Na passeata citada no trabalho, os manifestantes se agruparam na Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro, com saída às 14h em direção à Igreja da Candelária, onde havia acontecido a missa de protesto contra a morte do estudante.

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