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A SOCIOLOGIA NA SÉRIE MINDHUNTER

Por:   •  7/12/2019  •  Dissertação  •  953 Palavras (4 Páginas)  •  352 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CAMPUS MACAÉ – PROFº ALUÍZIO TEIXEIRA

ENFERMAGEM E OBSTETRÍCIA

BRUNA ROBERTA DOS SANTOS VIEIRA

b.roberta2012@hotmail.com

A SOCIOLOGIA NA SÉRIE MINDHUNTER

FCA 218, ANTROPOLOGIA CULTURAL

MACAÉ

2019

Mindhunter é uma serie criada por Joe Penhall, baseada no livro “Mind Hunter: Inside the FBI’s Elite Serial Crime Unit”, ambientada na década de 70, a história acompanha o jovem agente do FBI, Holden Ford. Baseada em fatos reais a serie mostra o começo da inserção da psicologia e de pesquisas e estudos comportamentais relacionados aos crimes na série que envolviam indivíduos de comportamentos “desviados” ou “perturbados”, e que a violência estava atrelada com questões sexuais.

Na perspectiva acadêmica, a sociologia, filosofia e psicologia, já vinham há algum tempo desenvolvendo suas teorias a respeito da criminalidade, a loucura e o lugar da sociedade e das instituições no meio disso tudo, porém, a polícia demora para implementar alguns desses pensamentos nas suas práticas, quanto mais desenvolver seus próprios estudos.

John Douglas e Mark Olshaker, dupla de agentes federais da série, conseguem implantar novos métodos de investigação aos crimes de assassinatos comedidos naquele ano, partindo por análise dos comportamentos de outros condenados por crimes violentos. Criando, então, a Unidade de Ciência Comportamental, que no começo era escondido do FBI, e depois recebeu incentivo financeiro pelo Instituto Nacional de Justiça e pela Agência de Assistência ao FBI.

Holden é quem tem ideia de começar a entrevistar assassinos condenados em busca de respostas. Sua motivação e curiosidade no início é prevenir ou melhor resolver futuros crimes. Foi ele que conseguiu distinguir os cinco tipos de criminosos, após uma aula de sociologia na faculdade: 1. O criminoso passional; 2. O criminoso ocasional; 3. O criminoso habitual; 4. O criminoso louco; 5. O criminoso nato.

  1. Criminoso Passional é visto pelos demais como burro, fraco, anormal, que não tem consciência de espírito, é ignorante e tem mente confusa.
  2. Criminoso ocasional é aquele portador de uma moralidade incerta, passível de ser comandado pela tentação seguindo os impulsos do meio. (FERRI, idem, p. 40).
  3. Criminoso habitual é o tipo mais frequente, segundo Ferri, além de ter fraca readaptabilidade social e ser recidivista, é um individuo que vive em ambiente de miséria material e moral, apresenta carga hereditária e desde cedo comete faltas leves, recebendo influência negativa nas prisões e de mas companhias, cristalizando-se na criminalidade, uma vez que tem dificuldade em encontrar trabalho regular. (FERRI).
  4. Criminoso louco é o perverso, louco moral, alienado mental que deve permanecer no hospício. (CESARE LOMBROSO). Além dos alienados, também os semiloucos ou fronteiriços, citado em Hamlet de Shakespeare. (FERRI)
  5. Criminoso Nato são as pessoas que nasceram com uma espécie de distúrbios que os levariam a cometer crimes, independentemente de qualquer coisa.

No entanto, Hunter entende que a maioria dos entrevistados sofreu algum tipo de trauma no passado os leva a cometer crimes. Não significa que há uma análise para diminuir a culpa dos criminosos, mas uma descoberta que possibilitou a equipe do departamento formar os diferentes perfis criminosos, ajudando a desvendar outros crimes futuramente.

Ed Kemper, por exemplo, homem muito articulado, com vocabulário impecável, seria até um cara legal, se não tivesse matado diversas mulheres (como sua avó e sua mãe). Ele se mostra como alguém inteligente o suficiente para entender seus próprios problemas, as vezes sendo seu próprio terapeuta. Ao mesmo tempo que ele tem consciência do que ele é, o próprio não consegue enxergar seus atos como errados, ou sentir remorso em os ter cometido. E deste ponto de vista, faz parecer (para ele) razoável matar sua mãe para fazer com que ela cale a boca e depois faça sexo com seu pescoço, já que ela dizia que por culpa de seu filho assassino, ela não fazia sexo há 7 anos. “Aí, agora você fez sexo”, contou a Holden.

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