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A Sociologia

Por:   •  19/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  72 Visualizações

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Universidade Federal de Sergipe – UFS

Disciplina: Sociologia

Professor: Williams 

Aluno: Bruno de Deus Santos

BERGER, Peter L. A Sociologia como Forma de Consciência.

        O autor acredita que a sociologia, não é uma atividade imemorial ou necessária ao ser humano.Por isso se faz necessário investigar o motivo que a transformam numa necessidade para determinados homens.

        Na historia humana a religião e a economia sempre gerou uma intensa preocupação, diferentemente da sociologia que se afigura como uma cogitação peculiar mente moderna e ocidental.

        O termo “sociedade” foi colhido da linguagem comum, mas seu significado muitas vezes é impreciso, desta forma o sociólogo utiliza o termo para designar um grande complexo de relações humanas, um sistema de interação. O sociólogo pode referir-se a sociedade brasileira e ao mesmo tempo a sociedade de calouros da UFS, desse modo entende-se que o conceito de sociedade não esta ligada a quantidade de indivíduos e sim na complexidade de relações.

        O termo “social”  é empregado de uma forma mais precisa, para se referir a qualidade de interação, inter-relação e reciprocidade. O autor cita a definição de Max Weber, segundo o qual uma situação “social” é aquela em que as pessoas orientam suas ações uma para as outras. A trama de significados, expectativas e conduta que resulta dessa orientação mútua constitui o material da analise sociológica.

        Essa precisão da terminologia não é suficiente para demonstrar a visão sociológica. O autor compara a visão do advogado, que deve se ocupar com a concepção oficial da situação, estipuladas em códigos e precedentes, com a visão do sociólogo que lida com concepções nada oficiais, olhando além das metas e ações humanas comuns e oficialmente definidas.

        Foi com a desintegração do estado absolutista que a perspectiva sociológica ganha espaço, pois as interpretações oficiais não entendiam a realidade social.

        Segundo o autor a pré-história do pensamento sociológico tem o origem no ceticismo das sociedades primitivas, naquilo que Nietzsche chamou de “a arte da desconfiança”.

        A curiosidade sociológica é comparada a curiosidade de um individuo, que passa por uma rua e observa a fachada de um edifício, imaginando o que poderia estar acontecendo em seu interior. A curiosidade sociológica é a mesma, mas ao invés de edifícios o sociólogo analisa as fachadas que escondem os mistérios sociais.

        As informações oficiais ou de “fachada” é importante para se compreender uma sociedade, mas seria ingenuidade acreditar que toda a informação oficial proporcionaria a realidade completa de uma comunidade, desse modo o sociólogo deve se interessar por um olhar por trás dos mecanismos oficiais.

        Um exemplo seria a organização do processo de produção oficial de uma fabrica, onde cada pessoa tem o seu lugar e a sua função, mas que na realidade ocorre uma rede informal, conflituosa com a versão oficial, na qual os indivíduos seguem sua lealdade, preconceitos, antipatias e, principalmente, códigos de comportamento.O sociólogo terá que “furar a cortina de fumaça” das versões oficiais e tentar captar os sinais que são emitidos do “submundo” do trabalhador de tal fabrica.

        Outro exemplo seria de que as pessoas se casem porque estejam apaixonados, mas investigando os casamentos, percebe-se que na realidade o mais importante para que uma pessoa permita-se “apaixonar-se” são fatores como classe, renda, educação, e antecedentes raciais e religiosos. Mas isso não significa que a interpretação romântica seja uma ilusão.

        O problema do sociólogo não é o que a maioria das pessoas chama de “problema”. Por exemplo, o crime é um problema para a maioria das pessoas, para o sociólogo o problema é a compreensão do que acontece em termos de interação social, por isso o problema do sociólogo não é determinar o porque de o crime ocorrer e sim compreender o sistema como um todo.

        Para explicar melhor essa questão o autor da o exemplo de um núcleo de assistência social que visa resolver o “problema” de uma quadrilha de delinqüentes juvenis, incentivando-os a praticarem esportes no núcleo de assistência social. Mas se olharmos do ponto de vista dos lideres da quadrilha juvenil, os “problemas” estarão definidos ao inverso, pois os membros estariam afastados da atividade da quadrilha. Ou seja, o que é “problema” para um sistema social, pode ser a “solução” para o outro. Dessa forma os “problemas” do sociólogo refere-se a compreensão da situação social em seu todo, aos valores e métodos de ambos os sistemas e à maneira como os dois sistemas coexistem.

        Podemos dizer, portanto, que a metodologia sociológica obriga o sociólogo a procurar outros níveis de realidade, mesmo que isso vá de encontro com os seus valores pessoais.

        Por exemplo um dos temas principais na sociologia de Max Weber é o das conseqüências involuntárias e imprevistas das ações humanas na sociedade. Ele demonstrou que a relação entre certas conseqüências dos valores protestantes e o surgimento do ethos capitalista, tem sido muitas vezes mal compreendida, exatamente porque seus detratores não entendem esse tema.

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