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A conexão entre ciência e pedagogia

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Por:   •  22/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.604 Palavras (11 Páginas)  •  510 Visualizações

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Para definirmos Pedagogia é necessário se ter o conhecimento do que é educação. No dicionário Aurélio, educação é ato ou efeito de educar(-se). Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual do ser humano. Civilidade, polidez. Na visão do sociólogo francês Durkheim, é definida como o fato social pelo qual uma sociedade transmite o seu patrimônio cultural e suas experiências de uma geração mais velha para uma mais nova, garantindo sua continuidade histórica. E pedagogia? Pedagogia é vista como uma literatura de contestação da educação em vigor, por isso mesmo as teorias da educação real e vigente deveriam seguir as ciências da educação, que são compostas, principalmente, pela Sociologia e pela Psicologia. Durkheim afirma que em cada aluno há dois seres inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que Durkheim chamou de individual. Tal porção do sujeito – o jovem bruto –, segundo ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa. O desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal função da educação até o século XIX. Principalmente por meio da Psicologia, entendida então como a ciência do indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim. “Ele ampliou o foco conhecido até então, considerando e estimulando também o que concebeu como o outro lado dos alunos, algo formado por um sistema de idéias que exprimem, dentro das pessoas, a sociedade de que fazem parte”. Os valores e a moralidade de um homem determina o que ele há de ser no futuro. E surpreendente os procedimentos usados desde muito tempo pelas ciências da educação humana, procurando sempre recursos para o aperfeiçoamento do ser humano no meio em que vive.

Para o filósofo alemão Herbart, ciência e pedagogia não se separam. Segundo ele, a pedagogia mostra os fins da educação; a psicologia, que é uma ciência, mostra o caminho, os meios e os obstáculos. Já o filósofo John Dewey acredita que pedagogia, filosofia e filosofia da educação são sinônimos, no entanto afirma, que uma teoria do conhecimento de cunho filosófico, pode ser vista como verdadeira desde que tenha sua “utilidade”. Essas três pensamentos tradicionais acima fizeram os estudiosos contemporâneos da educação utilizarem o termo pedagogia como utopia educacional, como ciência da educação e como filosofia da educação.

Na pedagogia e infância o filósofo francês Michel de Montaigne (1533-1592) era contra a paparicação infantil, afirmando que ao abraçar e beijar seus filhos os pais satisfazem a si próprios na busca do prazer do entretenimento lúdico, e não as crianças. Afirmativa que reflete a dureza interior do filósofo acima, essa reflexão sem que o “eu” compartilhe das conclusões é precipitada, tanto é que vários intelectuais da época reconhecem na criança um ser diferente do adulto que deve ser disciplinado racionalmente. A idéia de que a criança é apenas um homem pequeno vai se modificando aos poucos e introduzindo a noção de infância. No século XVII, o filósofo genebrino (pois nasceu em Genebra – Suíça) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) não tinha a mesma visão de Montaigne, ao contrário, Rosseau afirmava: “... a educação do homem começa no seu nascimento; antes de falar, antes de escutar, ele já se instrui”, e claro, via na infância a época em que se estava de posse do melhor interiormente, isto porque ainda não se estava em contato com a realidade social e cultural corruptora. Essas duas concepções dos filósofos Montaigne e Rousseau é que estavam na base da idéia de infância concluindo, segundo eles, que a infância por ser uma época especial deve ser preservada, deve se fazê-la acontecer, e que, para tal, deve se evitar interferências desastrosas no mundo infantil. Descoberta essa que compartilho imensamente, pois é neste período que se constrói a personalidade fazendo enraizar o bem ou mal, extirpando as tendências negativas e impedindo que a criança sejam receptoras de acontecimentos que possam prejudicá-las. Nessa época, é que a escola é reorganizada para ser o “mundo da criança” onde não são aceitas interferências, mas a escola procurar mudar tentando se estender até o lar de cada uma delas. Nos tempos modernos a pedagogia objetiva apartar a criança do lar, do trabalho, enfim da chamada realidade.

No século XX, a escola torna-se de direito o lugar da infância, mas não seu lugar de fato. Então, entra a pedagogia manifestando-se por meio de uma nova linguagem: a “escola está separada da vida”, está “apartada da realidade”. A pedagogia é convocada a harmonizar a escola e o trabalho, quase todas as tendências do pensamento pedagógico do início do século XX defendem algum tipo de união entre o ensino e o trabalho. Espera-se que a pedagogia encontre soluções para as novas descobertas e isso é a sua função: contornar problemas, achar soluções, aplicá-las com êxito.

O psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1983) afirmava que, além de colocar as crianças em ação com a manipulação de materiais, deve-se também levá-las a “tomar consciência” da ação, o que implicaria uma escola que não se fizesse somente escutar, mas também as colocasse em situação de fazer e de falar defendendo assim a “escola ativa”, da Pedagogia Nova. Essa afirmativa entra no rol das que se filtra e consegue se achar adequada no que se refere a criança-escola.

Fazendo um paralelo entre a subjetividade (definição:o que se passa exclusivamente no espírito de uma pessoa) e a infância na Pedagogia na visão de René Descartes (1596-1650) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), conclui-se que o primeiro, ver a verdade somente com o intelecto, ou seja, o que é evidente, comprovado. Afirma ainda que, a subjetividade é alcançada pela busca da verdade (certeza). Para ele o escândalo começa quando se é criança, pois esse fato condena ao aprisionamento da alma, uma incapacidade de ter idéias claras e distintas. Nesse período a criança absorveria de seus pais suas idéias e culturas e ao se tornar adultos seus juízos já estão influenciados e não são mais tão puros como o seriam se tivessem tido o uso de sua própria razão. Sugere Descartes que se substitua o homem à criança. O segundo, usa o intelecto mais a sua sensibilidade moral que poderíamos chamar de consciência. Para Rousseau a verdade deve ser analisada, comprovada, mais depois de tudo isso ainda tem que passar pela sua moralidade. A obtenção da certeza, para ele, tem que passar pela sinceridade de seu coração. O que é interessante pois há uma completa identificação com o filósofo genebrino e o ser que ora escreve. Há em ambos uma sede de justiça, igualdade e principalmente, conhecimento. Lindo e correto a maneira com que Rousseau

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