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A crise de representatividade política: Por que querem o novo?

Por:   •  7/11/2016  •  Artigo  •  752 Palavras (4 Páginas)  •  113 Visualizações

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A crise de representatividade partidária:  Porque queremos o novo?

Uma visão sobre as eleições e o movimento nacional de distanciamento do campo político

O sistema político Brasileiro está em crise. Participar do processo democrático de eleição é, não só direito, mas obrigação prevista em lei no nosso país. A dificuldade que é posta aos eleitores, sabemos, em cada eleição vai além de melhores concepções políticas para o país e visões ideológicas amplas, mas permeia o campo do pessoal, do indivíduo-eleitor. O problema que é colocado parece, a princípio, simples: O queremos para nós nem sempre é o melhor para todos; E partindo do pressuposto que nossas próprias vontades são diariamente afetadas pelo mundo ao nosso redor, é difícil distinguir o que é nosso querer genuíno e o que é fruto da necessidade de lucro de um sistema de produção-distribuição-consumo de bens

No Brasil, segundo pesquisa do Instituto Data Popular publicada no final de 2013 com pessoas entre 18 e 30 anos, 75% dos pesquisados não confiavam nos políticos, nem nos partidos e 59% também não confiavam na justiça; esse dado, baseando-se no número de votos brancos e nulos nas últimas eleições, não sofreu grandes alterações. E, pasmem, essa não é uma particularidade brasileira. Desde a primavera árabe, em 2011, centenas de movimentos e protestos floreceram por todo o mundo trazendo a pauta da representatividade política, corrupção e, mais do que isso, que tipo de mundo queremos.

        

Foi partindo desse clamor social, inclusive, que toda a campanha da candidata Marina Silva ao longo das eleições foi embasada. Nas eleições de 2010 pelo Partido Verde sob a bandeira justamente da fuga do estereótipo “oposição” e “situação”; posteriormente sua candidatura junto ao Partido Socialista Brasileiro, prometendo uma reforma política e o fim da polarização partidária, e, por último, com a formação do Rede Sustentabilidade que hoje possui em sua página inicial do site os seguintes dizeres: “ Trazemos o seu amor pela política de volta”. A promessa do novo foi tão sedutora que Marina chegou a ultrapassar a marca de 14% dos votos (aproximadamente 20 milhões de eleitores) em 2010 e, em 2014, chegou a empatar com Dilma (Partido dos Trabalhadores) no primeiro turno com 34%.

Esquizofrenias partidárias de Marina à parte, sua retórica não está descolada das reivindicações das ruas. É coerente que partidos eleitos que possuem uma grande base aliada passem a dever favores a esses partidos que os colocaram lá. Mais do que isso, depois de 13 anos de governo PTista é essencial que percebamos a relação que a polarização entre PT e PSDB tem com a incapacidade política de Dilma em seus mandatos. A população não vota no candidato x ou y por conta da reforma agrária, interesse em iniciativa privada, defesa ou não da Polícia Militar; a maioria dos brasileiros sequer sabe o que é Estado de bem estar social e não é por desinteresse, mas por que não há vontade por parte dos partidos e, principalmente, da mídia em tornar o debate realmente coerente. Já dizia Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X, importante militante dos Estados Unidos “ Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar aquelas que estão oprimindo”.

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