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A especifidade da prática antropológica

Por:   •  21/6/2015  •  Resenha  •  834 Palavras (4 Páginas)  •  643 Visualizações

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Laplantine inicia o capítulo descrevendo sobre ruptura metodológica de base que nega qualquer modo de conhecimento que não seja "baseado na observação direta dos comportamentos sociais." (Laplantine) Assim, rompendo com qualquer tipo de "antropologia de gabinete", pois ele acredita que deve-se participar da sociedade que é estudada. Essa antropologia de base então prioriza a experiência adquirida na pesquisa em campo e nessa primeira conjuntura englobava apenas os grupos sociais de maiores os tentações. Após a ruptura metodológica que colocou com dever principal a experiência pessoal do campo, surgiu uma inversão no estudo antropológico. Pois este que estudava assuntos de interesse mundial, passou a voltar o olhar para os pequenos grupos do cotidiano, para as menores grupos que formam a sociedades.Esta inversão temática que visa o mais simples, aqueles que muitos têm como sem importância e comum por muitas vezes por serem tão corriqueiros passa-se despercebido aos olhos do observador, influenciou grande parte das inovações ocorridas nas ciências humanas e com ênfase na História, que por sua vez tornou-se uma história antropológica. Essa mudança ocorreu porque o método de campo, e de estudo do micro desconstruiu tabus e consequentemente ofereceu abertura para as demais modalidades. Uma exigência/característica da antropologia da qual é necessário bastante atenção é o estudo da totalidade. Não podendo deixar nada passar despercebido aos olhos do antropólogo, visando um estudo por completo e estando atento a todas perspectivas. Como salienta Mauss (1960), "o homem é indivisível" e o "estudo do concreto" ” é “o estudo do completo”. Em detrimento disto esta, nas palavras de Laplantine, o parcelamento disciplinar que surge representando um risco para os estudos antropológicos contemporâneos por dividir os estudos que em sua essência precisam ser completos e por isso muitos dos antropólogos recusam-se a seguir uma especialização, pois como afirma Laborit, "isso chega a impedir o próprio exercício do pensamento". Laplantine ao falar sobre a análise comparativa afirma que ela é de essencial para metodologia antropológica, pois este tipo abordagem nos mostra que na relação com o "outro”, descobrimos que “ele” e, suas inclinações podem também permanecer dentro do meu contexto e não só do outro lado e com isso percebemos no que é habitual para nós o diferente e assim vice-versa. A análise comparativa tem o dever de desconstruir preconceitos que estão habitualmente ligados ao etnocentrismo, este que é um dos grandes problemas enfrentados pela antropologia, isso porque observar hábitos da cultura de outras sociedades nos faz entender particularidades da nossa sociedade. Laplantine defende assiduamente essa tese, porém lembra que o antropólogo precisa primeiro coletar os dados, compreender a lógica da sociedade, entre outras coisas, para depois de forma criteriosa confrontar com outros est

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