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A luta contra a corrupção no Brasil

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Por:   •  30/9/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

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1- Introdução

Nos últimos anos, aumentou consideravelmente as denuncias de corrupção no Brasil. Casos como o mensalão, a máfia dos fiscais e os sanguessugas são alguns exemplos. Esse problema, porém, esteve presente em grande parte da história brasileira.

A ONG Transparência Internacional no estudo Percepções da Corrupção Index 2012 analisou a situação em 176 países. O Brasil aparece em 69º posição no ranking. Compartilham o topo da lista com menos casos de corrupção, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia.

A corrupção que se manifesta na política brasileira tem como uma de suas causas a inversão de valores que se manifesta de várias formas, entre as quais o jeitinho brasileiro.

Esse termo muitas vezes é visto como uma característica que torna o povo brasileiro mais esperto que os demais, ou como uma capacidade de improviso que só nós temos. Na, verdade, esse jeitinho brasileiro, na maioria das vezes envolve algo contra lei, uma forma mais fácil de conseguir algo por burlar as regras.

Nesse contexto quem burla o sistema é considerado esperto e sua atitude é moralmente aceita. Àquele que fura fila para ser atendido mais rápido, finge ser gestante ou apresenta alguma deficiência para furar uma fila, sem contar o velho “jeitinho” de conseguir as coisas por baixo do pano, ou mesmo aquela conversa ao pé do ouvido com o guarda para que ele não aplique uma multa.

Não podemos cobrar dos políticos quando nós mesmos somos o molde para aquilo que eles tornam-se, nós aprovamos o comportamento moral “inofensivo”, sendo assim é nossa responsabilidade mudar para podemos formar melhores cidadãos e políticos honestos.

2- Objetivos

2.1 Objetivo geral:

• Refletir a problemática da corrupção na sociedade brasileira.

2.2 Objetivos específicos:

• Buscar possíveis soluções para a corrupção na política;

• Discutir o código moral presente na sociedade atual;

• Analisar o processo histórico da corrupção no cenário político brasileiro;

• Avaliar o comportamento moral da população brasileira, tendo como parâmetro “o jeitinho brasileiro”.

3- Tese:

“O combate a corrupção e a luta pela construção de uma sociedade justa e ética dependem de uma mudança na mentalidade de seus integrantes. Para tanto, faz-se necessário promover a conscientização da comunidade, no que diz respeito á atitudes corruptas.”

4- Justificativa:

No livro “sociologia da corrupção”, Rui Barbosa discorre sobre o problema da corrupção no país em 1914.

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Esse trecho deixa claro que o código moral atual ao em vez de combater a corrupção tem tido o efeito contrario por promover atitudes corruptas tornando-as moralmente aceitas. Embora a população cobre da classe política a punição dos corruptos e questione a moral destes, ela não consegue enxergar que também é praticante assídua deste mal que tende a levar a sociedade a uma decadência moral com consequências trágicas. Por isso é necessária a substituição desse código por outro que consiga suscitar uma mudança substancial da mentalidade da população em direção a uma sociedade mais justa e ética.

5- Fundamentação teórica

5.1 Filósofo Aristóteles

No cenário de corrupção que a sociedade esta a viver atualmente, é muito comum encontramos pessoas com desvios de caráter e imorais, sendo assim a teoria ética filosófica vai tentar beneficiar tanto ao individuo quanto a sociedade como um todo. Portanto, o comportamento ético vai ser redigido por uma atitude prudente do homem na sociedade. Então se indaga muitas vezes como se deve agir para não nos tornarmos pessoas corruptas, e a teoria aristotélica vai dar embasamento a resposta para essa questão.

"(…) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos". (ARISTÓTELES, II)

A ética para Aristóteles ela deve conduzir o homem a felicidade, com a aplicação de valores morais e éticos na integração, interação e convívio social entre os membros da sociedade. Para Aristóteles o exagero é o grande incentivador de conflitos entre os individuo e o principal responsável por desconstruir a imagem do homem social perfeito, ele tenta retificar esta configuração a partir da Doutrina do justo meio, que vai dizer que a virtude vai perpassar por todos os extremos, indo à oposição aos vícios e desvios de caráter retificando-os. Então para Aristóteles a ética é tratada como uma ciência que estuda as condutas humanas, com o objetivo de se alcançar a felicidade plena a partir de uma vida regida por valores morais e éticos, obtidos por causa da aplicação da razão no cotidiano, tornando hábitos prudentes (Éticos) em atos comuns e de fácil aplicabilidade no convívio social.

Voltado para a questão governamental, Aristóteles afirma que o que vai diferenciar a justiça dos governos não será a quantidade de governantes, mas sim para quem estes irão governar. A partir de então, ele elaborou uma tipologia constituída de seis tipos de governos, três justas (Monarquia, Aristocracia e Constituição) e três corruptas (Tirania, Oligarquia e Democracia), estão cada uma delas ligadas entre si, como diz Aristóteles:

“Das formas de governo em que um só governa, chamamos a que visa ao bem comum de monarquia; das que governam uns poucos, os melhores homens, visando ao bem comum, chamamos de aristocracia; e quando uma grande parte dos cidadãos administra a Cidade, tendo em mira o bem comum, o governo é chamado por um nome genérico, ‘constituição’. (...) Das formas de constituição acima mencionadas, os desvios são: da monarquia, a tirania; da aristocracia, a oligarquia; do governo constitucional, a democracia. Com efeito, a tirania é uma espécie de monarquia em que apenas se visa ao interesse do

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