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A visão do corpo através da historia

Por:   •  29/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

FACULDADE DE FARMÁCIA

Visão do corpo humano no decorrer da história.

                          Grupo: Alexandro Fernandes;

Erika Santanna;

Márcia Stelen;

Natália Lopes;

Rafaela Mello;

Rhayani Sousa.

Niterói

2015

Introdução

O corpo de mulheres e homens é fruto de uma construção social, das diferenças de gênero construídas socialmente ao longo da história. Nessa socialização insere-se a modelagem dos corpos pelas normas, representações culturais e simbólicas próprias de cada sociedade. Neste sentido, tem-se o corpo como o laço da interação entre o indivíduo e o grupo, a natureza e a cultura, a coerção e a liberdade.

No presente trabalho, será abordada a visão do corpo humano ao longo da história. Com o objetivo de salientar a relação do corpo com a sociedade. Para tanto, foi utilizada a linha do tempo da história ocidental como fator de divisão dos períodos.

Idade Antiga

Na concepção grega, o corpo era prova da criatividade divina. Além de bem proporcionados, era tido como referencial. Consideravam os deuses semelhantes aos homens em virtudes e defeitos. Ou seja, os deuses eram seres humanos aprimorados, com dons especiais e beleza superior, mas totalmente passíveis de erros. Assim, desejar um corpo belo era um meio de se aproximar dos deuses e, com isso, da perfeição.

Percebeu-se que corpos perfeitos são conquistados por meio de atividades físicas. A função dos treinamentos do passado ultrapassa o ideal de sobrevivência e o corpo passa a ser idealizado, treinado, produzido para aprimoramento.

Com o surgimento da filosofia, no final do século 7 a.C., as crenças religiosas tradicionais foram postas em segundo plano e enfatizou a importância da construção de um corpo perfeito baseado no próprio homem (ideia antropocêntrica). Platão foi o primeiro a formular claramente a pergunta “O que é o Belo?”. Sócrates julgava como importante tanto o corpo quanto a alma para o processo de interação do homem com o mundo, diferente de Platão, que via o corpo servia de prisão para a alma. E para Aristóteles, as ações humanas eram executadas em conjunto, corpo e alma, todas num processo contínuo de realização.

Diferente da cultura grega, na Roma Antiga, a visão do corpo torna-se mais sólida e robusta. Com os sentidos mais individualizados, as práticas corporais eram mais voltadas para a guerra. Assim, a visão grega da perfeição do corpo para apreciação passa a ser extinta.

Idade Média

O período da Idade Média tem início com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 D.C., e o fim dele se deu com a queda do Império Romano do Oriente, na tomada de Constantinopla. O teocentrismo era a base da sociedade medieval e assim a Igreja influenciava o comportamento das pessoas em âmbito familiar, no modo de pensar e vestir. O corpo era compreendido como dimensão de pecado e que atrapalha a relação com Deus. Em razão disso, o homem medieval, em geral, renunciava aos bens materiais e aos prazeres terrenos em troca da salvação eterna de suas almas. O jejum, a abstinência e as autoflagelações eram práticas comuns, cujo objetivo principal era a purificação da alma, sendo que qualquer manifestação corporal, fora dos preceitos da Igreja, era considerada pecado e degradação da alma.

No final da Idade Média, começou a surgir um novo tipo de intelectual, o humanista, que via no homem a medida de todas as coisas, como os filósofos gregos. Esse processo ficou conhecido como no decorrer do século XIII, a Europa começou a modificar seu modo de pensar, voltando sua atenção para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade.

A transição da cultura medieval para a moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva filosófica e cultural centrada em Deus e a outra centrada no homem.

Idade Moderna

A modernidade traz, no seu bojo, um conjunto de transformações: a consolidação dos estados centralizados, a instauração do absolutismo; os novos descobrimentos geográficos, supondo o começo do colonialismo; a invenção da imprensa implicou uma maior difusão da cultura, que se abriu a todo tipo de público; a religião perdeu a preponderância que tinha na época medieval, ao que coadjuvou o surgimento do protestantismo; ao mesmo tempo, o humanismo surgiu como nova tendência cultural, deixando passo a uma concepção mais científica do homem e do universo. 

A nudez sofreu uma grande repressão, mesmo os nobres que exibiam seus corpos nus através das disputas e torneios de cavalaria, começaram a esconder-se em trajes volumosos, desconfortáveis, a população conservava a roupa até durante o banho, habito não muito praticado na Idade Média, pois todos acreditavam que a sujeira em seu corpo os protegia de doenças, e pestes, muito frequente na época.

É no Renascimento, que acontece a redescoberta do corpo, principalmente, no que diz respeito às artes, onde o corpo nu aparece como destaque por pintores. A arte renascentista celebrou abertamente o corpo e a beleza física. A mulher, antes ligada ao pecado, reapareceu seminua e deslumbrante, em O Nascimento de Vênus, tela de Sandro Boticelli pintada em 1485. Michelangelo Buonarroti enfatizou a beleza e a harmonia do corpo masculino em seu Davi, escultura apresentada ao público florentino em 1504, e na imagem de Adão, pintada no teto da Capela Sistina entre 1508 e 1512. Leonardo da Vinci imortalizou, na gravura conhecida como O Homem Vitruviano (1492), o equilíbrio e as proporções.

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