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A Ética e Profissionalismo em Fisioterapia

Por:   •  15/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  113 Visualizações

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Faculdade dos Guararapes

Polo Boa Vista

Departamento de saúde

Disciplina: Ética e Profissionalismo em Fisioterapia

Aluna: Mylena de Melo Lira

O filme “WIT: uma lição de vida” retrata a trajetória dramática de um diagnóstico de câncer até o desfecho do tratamento experimental que resulta na morte da professora de literatura, Vivian Bearing (Emma Thompson), diagnosticada com câncer de ovário em estágio avançado. A personagem encara o diagnóstico com extrema sagacidade, apesar do caráter dramático que tomaria o rumo da sua vida, o sentimento de “negação” inicial, sintoma característico dos cinco estágios do sofrimento preconizado por Elisabeth Kübler-Ross é notado na paciente, devido à naturalidade e frieza com a qual ela lidava com sua nova rotina no hospital.

O Modelo de Kübler-Ross (ou também Modelo de Sofrimento de Kübler-Ross) propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda ou com notícias catastróficas costumam ultrapassar. Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte) são: Negação, Raiva, Negociação, Depressão e Aceitação. Ao longo do filme a paciente parece vivenciar um pouco de cada um, diante das nuances que seu tratamento encara com frases do tipo “Eu era uma mulher tão forte” e “estou com medo” discretamente oscilando entre a raiva e a depressão. A trajetória da professora se inicia numa jornada hospitalar para realizar o tratamento com quimioterápicos, sabendo desde muito cedo que as chances de sucesso eram pequenas e as de efeitos colaterais, grandes.

Durante seus dias de internação, esteve sob o cuidado de profissionais com perfis e atitudes que marcam bastante cada etapa desse tratamento. Os oncologistas: Kelekian (Christopher Lloyd), famoso por suas pesquisas, e Jason Posner e residentes importam-se unicamente com a prática médica e a pesquisa que realizam, demonstrando pouca sensibilidade em suas ações, enquanto a enfermeira chefe Susie Monahan (Audra McDonald) que a acompanha aparenta ser o único traço de humanidade nesse ambiente de adoecimento e frieza.

A personalidade forte que ela demonstra ter vai sendo substituída por perfil de uma vítima afetada pelo câncer. O sentimento de solidão e medo é recorrente em cenas que ela se encontra sozinha e nota o tempo passar devagar. “Oito meses de tratamento de câncer são educativos, estou aprendendo a sofrer” disse ela em reflexão durante um momento em que constatou a familiarização com o sofrimento.

Apesar do profissionalismo e seriedade da equipe médica, houveram momentos de desconsolo onde a paciente se viu desamparada por palavras ou ações dos médicos, que tão pouco sabiam conversar sobre perdas e danos, ou geraram alguma situação embaraçosa com a paciente -“foi embaraçoso fazer uma colonoscopia e ficar de camisola o dia inteiro, mas me pareceu um privilégio em comparação com ficar careca” - disse Bearing em uma das cenas, após ser examinada por um ex-aluno que virara residente de oncologia - “um ex-aluno fazendo o exame foi degradante, mas não imaginava até que ponto era humilhante” – completou.

A professora na sua condição de vítima afetada, deseja enxergar nas pessoas a sua volta mais bondade e contato pessoal, enquanto o médico prefere continuar com sua investigação à humanidade e sua pesquisa, muitas vezes indiferente, negligente, e erudito, deixando passar detalhes do estado de saúde e errando

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