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ARGUMENTO DE PROGRESSO CULTURAL

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Por:   •  14/11/2014  •  Tese  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  229 Visualizações

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Baseando-se na obra Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer, no capítulo: “A indústria cultural: O esclarecimento como mistificação das massas”, visa através da usurpação do esquematismo Kantiano dominar, dirigir e manipular as massas, de maneira a limitá-la no âmbito do fazer e como tal, ilidindo, enganado, ludibriando, através dos fetiches conseqüentemente provocando uma estultificação.

Abordaremos neste texto a maneira como indústria cultural utiliza-se do progresso cultural como fundamento indubitável e superior a qualquer outro argumento, através da administração de todas as angústias, desejos e sonhos das massas, determinando também, o que é mais importante a ser feito não apenas no âmbito da diversão e do entretenimento, mas em todos os ramos da vida. As necessidades e gostos das massas, produzidos pela indústria cultural, ultrapassam em muito a ficção e mantém-se também na vida real, pois do mesmo modo que o cenário do filme e o desejo dos protagonistas colocam em evidência a necessidade de uma vida perfeita, justa, livre, divertida, assim também passam a ser os anseios do público, que também almeja a perfeição, justiça e diversão.

Através do falso discurso da coletividade e do progresso Cultural e tecnológico a indústria cultural consegue combater ainda mais o inimigo já derrotado, o sujeito pensante e manipular ainda mais a massa dominada.

ARGUMENTO DO PROGRESSO CULTURAL

A condição para uma sociedade democrática é, sem dúvida, homens livres,

cidadãos na verdadeira acepção da palavra. E o sistema vigente politicamente prega e defende a unhas e dentes, até mesmo ao custo de vidas inocentes, a democracia, mas, paradoxalmente, ou não, ao mesmo tempo adota políticas que levam ao massacre do ser em proveito do ter, promovendo a destruição do homem, que, em face do “progresso” cultural, não encontra tempo nem espaço para pensar, para refletir, para tomar consciência da situação.

O que se tem, então, na verdade, não são sociedades democráticas, mas sociedades exploradoras de outras sociedades, sociedades que primam pelo acúmulo de bens e cujos cidadãos seguem, como se tivessem passado por uma lavagem cerebral, os ditames da tão “ilustre” indústria cultural.

O argumento de “progresso” cultural, utilizado pela indústria cultura, de maneira falaciosa traz a idéia de evolução cultural. Pois uma cultura pode até evoluir, mas progredir não. Tal argumento é erroneamente concebido, visto que, para abordamos evolução cultural necessita-se da evolução do elemento humano de uma dada cultura e não apenas tecnológico, como ocorre geralmente. Falar de evolução é falar de humano, evolução do homem como humano.Evolução é distanciamento do natural.

É esta distorção que faz com que a indústria cultural se fortifique cada vez mais e com isso “(...) mais sumariamente ela pode proceder com as necessidades dos consumidores, produzindo-as, dirigindo-as, disciplinando-as e, inclusive suspendendo a diversão: nenhuma barreira se eleva contra o progresso cultural.”

Quando a indústria cultural defende o argumento do progresso cultural está se referindo, na verdade ao progresso tecnológico acerca dos produtos que produzimos, da aplicação da tecnologia, do conhecimento científico. Mas para esconder tal verdade da massa estultificada e para que os mesmo possam aderir a idéia, a indústria cultural utiliza-se do argumento do progresso cultural erroneamente como progresso humano e cultural.

NADA CONTÉM O ARGUMENTO DO PROGRESSO CULTURAL

A necessidade de diversão e como se divertir foi uma produção da indústria cultural com a tentativa de impingir mercadorias, criando-se uma afinidade entre

negocio e diversão.

A opção por obras leves e roteiros de viagem, geralmente os mais escolhidos para a diversão, propõem uma libertação do ser humano do seu meio de trabalho, de sua rotina, do conjunto social que o circula, mas na verdade é uma fuga, é “(...) a liberação prometida pela diversão é a liberação do pensamento como negação.” , o desacostumar do ser a subjetividade, o progresso da estultificação, que novamente fortifica a hegemonia da indústria cultural.

As necessidades e gostos das massas, produzidos pela indústria cultural, ultrapassam em muito a ficção e mantém-se também na vida real, pois do mesmo modo que o cenário do filme e o desejo dos protagonistas colocam em evidência a necessidade de uma vida perfeita, justa, livre, divertida, assim também passam a ser os anseios do público, que também almeja a perfeição, justiça e diversão. Tudo isso, entretanto, só é possível com o auxílio do progresso.

Porém a felicidade não chega a todos, mas para quem tem sorte, para quem é designado por uma potencia superior. Mesmo que todos tenham a probabilidade, ela é tão mínima que é melhor regozijar-se com a felicidade do outro. Sentimento reforçado pela indústria cultural ao lançar personalidades de tipo ideal, genérico da nova classe média para que o telespectador possa se identificar com o personagem, dando-lhe esperança, mas ao mesmo tempo o afasta atribuindo-lhe uma “(...) tal sorte que, diferentemente da verdadeira, o grande vestido de noite já parece

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