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AS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL

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Por:   •  1/5/2014  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  812 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7

REFERÊNCIAS............................................................................................................8

1 INTRODUÇÃO

No inicio do surgimento do Serviço Social, o que se via era uma sociedade vivendo as transformações, causadas pela industrialização e completamente dominada pelo sistema capitalista.

Tais transformações afetaram de forma brusca a vida de milhares de pessoas, trabalhadores que reivindicam seus direitos por melhores condições de vida e de trabalho, foram o marco das expressões da questão social naquela época. Em meio a revoluções e conflitos o Serviço Social veio a principio com o objetivo de buscar soluções para essas expressões, no entanto começou com uma ideia errada: lançando aos homens a “culpa” pelas situações que vivenciavam e acreditando que uma prática doutrinária baseada em princípios cristãos era a melhor solução para a “recuperação” da sociedade.

Na atualidade a questão social se manifesta de diferentes maneiras e a desigualdade social é o principio das expressões, pois dela se originam “problemas sociais” como a violência, o desemprego, a pobreza, a fome e outros.

2 DESENVOLVIMENTO

No inicio do Serviço Social no Brasil, a questão social era entendida como um processo de transformação. O objetivo era moldar e integrar o homem, a valores, moral e costumes, pois entendia-se que esse homem pobre e desprovido era incapaz de crescer socialmente. Mais tarde passa-se a compreender que a situação deste homem, não era fruto somente de uma incapacidade individual, mas também de um conjunto de problemas que o cercavam e que mereciam ser dada a devida importância.

Isso significa um grande salto, pois se no inicio a questão social era tratada como problema de caráter, no decorrer do tempo mudanças ocorreram e fizeram com que o homem passasse de objeto à sujeito nesse contexto. E o objeto passou a ser definido como a questão social ou as expressões da questão social.

Para entender como a questão social se manifesta é necessário também entender o porquê dessas expressões e quais são as causas, pois para tudo que provoca consequências, existe um principio que desencadeia as mesmas. Partindo desse conceito, a concepção de questão social está difundida na relação entre capital x trabalho, ou seja, sua definição especifica está propriamente dita no modo capitalista de produção. Nas palavras de Telles (1996, p.85):

[...] a questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção, sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética dos direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete igualdade e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de poder e dominação.

Isso prova claramente que a questão social é uma categoria que expressa a contradição existente no modo capitalista de produção. Essa contradição está relacionada a produção e apropriação da riqueza produzida socialmente, ou seja os trabalhadores produzem; no entanto não são eles que usufruem totalmente do resultado, mas sim os capitalistas, que se apropriam da riqueza gerada.

A consequência dessa contradição é a nítida desigualdade social existente não só no Brasil, mas em grande parte do mundo. Logo, essa desigualdade multiplica os vários “problemas sociais” que existem na sociedade brasileira, fazendo com que não se veja a questão social em si, mas as suas expressões: violência, desemprego, fome, pobreza, analfabetismo, favelas, falta de acesso à saúde etc. Diante desses fatores, o homem se vê obrigado a buscar maneiras para tentar superar esses problemas, daí surgem as diversas “profissões” originadas da miséria causada pelo capital: catadores de latinhas, limpadores de vidro no semáforo, vendedores de mercadorias contrabandeadas, vendedores de drogas, vendedores ambulantes de frutas, entre outras. Além de crianças que trabalham para sustentar o lar e que em outras vezes são usadas pelos próprios pais como objeto de trabalho, para pedir esmolas.

Todos esses problemas já são velhos conhecidos e não é de hoje, pois mesmo que não seja noticiado nos jornais ou na TV, sabe-se que eles existem e que acontecem todos os dias, porque é essa a triste realidade consequência da apropriação desigual do produto social, onde o objetivo é acumular capital, ao invés de garantir os direitos e as necessidades da população.

Diante da realidade dos fatos, a questão social ou suas expressões, deveriam ser objeto não só de uma única profissão, visto que existem outros profissionais que também atuam diretamente nessas expressões, como por exemplo, o médico que trata dos problemas relacionados à saúde, o engenheiro que planeja casas de baixo orçamento, ou até mesmo o advogado que defende os direitos daquele que não tem condições financeiras de pagar. Sendo assim, esses e outros profissionais também são capazes de atuar nas mudanças e transformações da sociedade. Para Faleiros (1997, p.37):

[...] a expressão questão social é tomada de forma muito genérica, embora seja usada para definir uma particularidade profissional. Ser for entendida como sendo as contradições do processo de acumulação capitalista, seria, por sua vez, contraditório colocá-la como objeto particular de uma profissão determinada, já que se refere a relações impossíveis de serem tratadas profissionalmente, através de estratégias institucionais / relacionais

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