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AS TEORIAS DGERAIS DE ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  24/10/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.184 Palavras (9 Páginas)  •  115 Visualizações

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]A Escola Clássica da Administração Científica reúne os avanços constatados no campo da teoria e da prática na administração das organizações, no contexto de mudança social da Primeira Revolução Industrial, isto é, entre os séculos XIX e XX. Referida linha de pensamento se inicia com o movimento da Administração Científica, de Fredrick Taylor, seguido pelo marco teórico de Henry Ford, com a linha de montagem móvel. Em ambas, nota-se a figura do homo economicus como elemento central.

O objetivo de Taylor e da administração científica era o de aumentar a eficiência da produtividade e eliminar o desperdício. A identificação de problemas relacionados à divisão de responsabilidade da administração com o trabalhador, ausência de incentivos pelo desempenho, processo decisório inadequado, integração entre departamentos e outros, levou Taylor a enunciar os princípios de sua teoria: na primeira fase, destaca-se (i) o sistema de salários, possibilitando aos empregados a participarem nos lucros da empresa, ainda que indiretamente; e (ii) o piece-rate system, sistema de pagamento atrelado à produtividade e ao tempo dispendido pelo empregado, para identificar o tempo-padrão de sua produção. A segunda fase, relacionada à ampliação de escopo e das tarefas da administração, Taylor enuncia princípios baseados em seleção e treinamento pessoal, salários altos e custos baixos de produção, identificação da melhor maneira de executar tarefas e cooperação entre administração e trabalhadores. Já a 3ª fase se pauta na consolidação dos princípios da administração científica, definindo seus objetivos, sendo eles (i) desenvolver uma ciência para cada elemento do trabalho; (ii) selecionar cientificamente, treinar e desenvolver o trabalhador; (iii) cooperar com os trabalhadores; (iv) reconhecer que existe uma divisão igualitária entre o trabalho e de responsabilidade entre a administração e os trabalhadores; e (v) tornar a administração responsável pelo trabalho e pelos incentivos individuais dos trabalhadores. Critica-se o taylorismo pela falta de consideração do aspecto humano dos empregados, reforçada pela falta de legislação trabalhista digna.

O segundo expoente da referida escola, Henry Ford, foi o precursor do processo de produção em massa, mediante o desenvolvimento da linha de montagem, baseada nos princípios de Taylor, embora ambos tenham sido desenvolvidos de forma independente. Dois princípios importantes da linha de montagem são: (i) princípio de produção em massa, que busca grande quantidade na produção de produtos padronizados; e (ii) o princípio da instituição do trabalhador especializado, onde se divide o processo de fabricação em massa em etapas, e cada uma desta corresponde à montagem de uma das partes – embora eficiente, isso leva à hiperespecialização do trabalhador.

Em seguida, Henri Fayol, desenvolveu a Teoria Clássica da Administração, preocupado em aumentar a eficiência da empresa mediante sua organização e aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas, com foco na gestão, na alta administração. Assim, seu intuito era de formar um conjunto de conhecimentos necessários à formação dos administradores das empresas, pois, em sua teoria, as habilidades administrativas estão acima dos conhecimentos técnicos, em termos de utilidade para a empresa. Distinguia-se das ideias de Taylor, pois estas focalizavam na otimização da execução de tarefas e desenvolvimento de habilidades técnicas dos trabalhadores, no âmbito do chão de fábrica.

Suas duas principais contribuições para a Teoria Clássica é, primeiro, a divisão do trabalho e especialização da mão de obra, que caminha para duas direções: a divisão vertical entre os níveis de autoridade e responsabilidade e a divisão horizontal, segundo os diferentes tipos de atividade da organização (departamentalização). Em segundo lugar, a coordenação da divisão do trabalho, que deve ser favorecida em uma organização linear (unidade de comando, unidade de direção e cadeia escalar) e a criação de órgãos de staff ou de assessoria, onde estes prestam serviços aos outros órgãos ou departamentos, funcionando como apoio e suporte.

Fayol ainda enuncia as funções da empresa, sendo elas: técnica, comercial, financeira, segurança, contabilidade e administração. Nesta última, a qual detém maior foco, o administrador deve exercer as funções de previsão, organização, comando, coordenação e controle.

Ainda, Fayol enuncia os princípios da administração: (i) divisão de trabalho – especialização, aumento do desempenho dos trabalhadores; (ii) autoridade e responsabilidade; (iii) disciplina; (iv) unidade de comando; (v) unidade de direção; (vi) prevalência dos interesses gerais da empresa; (vii) remuneração equitativa do esforço; (viii) centralização e descentralização; (ix) hierarquia; (x) ordem material e social; (xi) equidade; (xii) estabilidade; (xiii) iniciativa; e (xiv) espírito de equipe.

A Teoria das Relações Humanas, surge no cenário da crise de 1929 dos Estados Unidos, sendo consequência imediata das ideias de Elton Mayo, especialmente, diante da necessidade de humanizar e democratizar a administração, influenciado pelo desenvolvimento das ciências humanas, da filosofia pragmática e da psicologia dinâmica. Mayo realizou uma pesquisa que foi fundamental para o desenvolvimento da escola humanista da administração, sendo que os efeitos positivos da pesquisa foram denominados Efeito Hawthorne, onde: identificou-se os grupos informais da organização; a integração social surgiu como elemento de aumento de produtividade; o reconhecimento social fio encarado como sendo algo necessário; a importância do conteúdo do trabalho passa a ser relevante, de modo a não influenciar negativamente na produtividade do trabalhador (simples, repetitivo e monótono); deu-se ênfase nos aspectos emocionais; alcunhou-se o conceito de homem social, oposto ao homo economicus do taylorismo.

Kurt Lewin, o pai da dinâmica em grupo, divulgou sua Teoria de Campo, cujo estudo concluiu que o comportamento é função de interação entre a pessoa e o meio ambiente que a rodeia, de modo que os grupos formados controlam o comportamento de seus integrantes, tendem a resistir a mudanças e elegem líderes. Mary Parker Follet defendia as ideias de cooperação como fatores de motivação e interação entre os empregados; na sua ideia, transformar o empregado em empregador criaria responsabilidade coletiva. Chester Bernard reforçava que as organizações informais são encontradas dentro das organizações formais, sendo as empresas instrumentos mais eficazes que as igrejas e o Estado para o progresso social.

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