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Alienação Espacial

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Por:   •  20/5/2014  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  314 Visualizações

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O artigo "A GEOGRAFIA, A CARTOGRAFIA, A DESCRIÇÃO E A ALIENAÇÃO" de Ângela Massumi Katuta, fala sobre o conceito de mapa, na antiguidade e nos dias atuais; na cultura ocidental e em outras, e também sobre como isso se reflete no ensino da Geografia na educação básica.

O título do artigo é sugestivo, e abre espaço para várias interpretações; nos permitindo pensar como a descrição da Geografia e da cartografia dá margem para a alienação de uma ideia ou um indivíduo; pois toda descrição está suscetível ao olhar daquele que o descreve- seja geógrafo, estado, viajante-, e esse, suscetível a intencionalidades. Pois atualmente, alguns mapas se limitam a descrever o real sobre uma ótica de produção capitalista, desconsiderando o quão rico para a aprendizagem são os outros tipos de mapa.

A exemplo disso o mapa TO, produzido na Idade Média considerado subjetivista e inferior em relação ao produzido atualmente. A autora questiona essa visão e se vale do fato que é relativo o que pode ser considerado como conhecimento verdadeiro; visto que cada mapa atende as necessidades do seu povo, de sua época, fazendo-nos pensar na relação entre as modificações do espaço geográfico e dos mapas representados. A autora se vale também do pensamento de Alpers que a partir das pinturas de Vermeer e Rembrandt, percebia uma linha muito tênue entre mapas e pinturas, para ressaltar seu argumento, que ao defendermos a separação de pintura e mapa, tirando ambas de seus contextos sociais, estamos atrapalhando o processo de conhecimento que estes, aliados, poderiam proporcionar. Destaca também que a separação dessas coisas só faz sentido para a lógica racionalista ocidental, onde o conceito de mapa verdadeiro é fixo e pouco mutável.

Do ponto de vista da autora, o mapa medieval TO é fundado em elementos qualitativos e não quantitativos, uma vez que a métrica do espaço não possuía tanto destaque naquele modo de produção. A não compreensão deste mapa pelos pesquisadores atuais pode ser um indicativo da não aceitação de interpretações espaciais de outras sociedades.

No artigo, a autora faz um paralelo entre o Mapa-múndi de Ambrósio Macróbio de 1483 e o Mapa moderno produzido por John Tallis & Co, de 1850-1851. E fala também da modificação do conceito de mapa, que basicamente se consistia em descrever, narrar aquilo que se via. Esse conceito foi modificado com a transição do feudalismo para o capitalismo, onde o mapa passou a ser a descrição do mundo tal como ele é, ocultando as relações entre a produção e o modo de produzir.

Ela salienta também, o movimento da pintura oposto a cartografia, que ocorreu a partir do século XIX, onde havia um sentimento de menosprezo às obras descritivas, que aparentemente representava tudo o que havia na natureza. Esse sentimento se fortaleceu entre a aristocracia e a elite letrada e urbanizada da Europa, o que ocasionou uma desvalorização da arte descritiva.

O mapa de Macróbio indica radicais mudanças que as noções de espaço, as espacialidades hegemônicas e as imagens do mundo irão sofrer ao lado dos ocidentais nos séculos posteriores. A Terra estava dividida em zonas, já se previa um exercício de classificação, as superfícies de água aumentam, o nos permite dizer que este mapa, em comparação com o TO, valorizou uma maior equivalência com a realidade

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