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Alta Social

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Por:   •  28/5/2014  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  682 Visualizações

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Alta Social:

A atuação do Serviço social em

Cuidados paliativos

Francis Sodré *

Neste artigo a autora a partir das suas inquietações que vieram do convívio hospitalar no qual a morte e recorrente, trás um debate sobre a concepção social de morte e vida e a atuação do assistente social dentro da rotina hospitalar.

Neste item a autora chama a atenção para as equipes que estão inseridas na equipe de saúde, a mesma percebe que para os assistentes sociais e as demais profissões o seu contato e a intervenção junto com o usuário chegam ao fim quando este está fora de qualquer possibilidade para dar continuidade a sua vida. Ainda neste contexto ela ressalta que com os avanços tecnológicos, os avanços da biomedicina entre outros fatores retardou a morte e com isso a raridade de se ter noticia da morte como antigamente.

“Nos trabalhos que desenvolvemos nos hospitais e unidades de saúde, presenciamos diretamente o adoecimento pelas doenças do nosso século, como o câncer ou o HIV, mas a grande vilã tornou-se a violência urbana: acidentes de transito, homicídios, assaltos, sequestros ou furtos seguidos de morte. Qualquer base de dados estáticos nos mostra que esta e a maior causa de morte entre jovens e adolescentes no país”. (p 132).

Neste item aborda varias situações no momento da morte ou após morte que chegam às unidades de saúde, como demanda do serviço social. Podemos citar uma série de situações que se tornaram rotina da pratica do assistente social, mas que causaram controvérsia no debate da categoria, devido o seu componente burocrático, como a alta, remoção, comunicação de óbito, entre outros.

“De acordo com a legislação do Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro, o assistente social não deve participar da comunicação de óbito de usuários que nunca foram atendidos pelo Serviço Social”. (p134)

A autora ressalta como o serviço social é acionado em várias circunstancias como, por exemplo, quando o usuário não tem registro familiar com ele durante seu atendimento, a atividade de comunicar o óbito, dar apoio aos familiares que perderam alguém e as orientações sobre os direitos sociais se perdem nesse momento.

“Os assistentes sociais sempre se colocam favoráveis a atuar de forma conjunta no que se refere à alta social, remoção, atendimento aos familiares, acompanhar o tratamento do usuário através de visitas domiciliares; mas nunca quando se refere a morte. A discussão sobre a promoção do acesso aos direitos sociais, tão repetidas pelos profissionais de serviço social, parece esvair quando relacionada ao usuário que falece e seus familiares a espera de um rumo ou uma simples orientação. A noção do acesso parece se perder frente aquela família que chora. O destino da finitude humana coloca um ponto final no nosso contato com a família que esta a nossa frente . fica a noção de que não há mais nada a fazer, tudo o que for feito a partir dali é um mero procedimento burocrático”. (p. 136).

Enfrentamento da morte através dos tempos

Este item aborda como a morte vem se desvelando durante séculos, e as atribuições sobre a morte que cada época significa. Hoje várias tecnologias são criadas para diminuir, retardar a dor e o sofrimento do individuo no momento da morte.

Podemos observar a diferenciação das sociedades de cada época, hoje são inegáveis os registros de morte epidêmica de crianças por doenças infecciosas, de mulheres por parto, de homens pelas guerras e doenças como tétanos; nesta época o significado atribuído à morte deveria ter como autoridade e figura religiosa o padre para abençoar aquele que está para morrer ou aquela que esta por parir.

Nas sociedades tradicionais, as epidemias avançavam em curto espaço de tempo devido às más condições de habitação e ausência de regulação sanitária. A degradação do corpo era vista no processo de adoecimento e depois da morte, pois não havia cemitérios. O momento de morrer era vivido lentamente, com despedidas e depoimentos surpreendentes aos familiares.

“Com a chegada do século XX, o iluminismo- idade das luzes, outros protagonistas vivenciam a cena. A ciência avançou de forma incontestável. O médico e sua equipe trouxeram autoridade da competência técnica para responderem, com argumentação cientifica por cena”. (p. 138).

Nesta época a crença se desloca da religião para a ciência, quando se está para morrer ou parir, não se lembrava do padre e sim do médico, e outros resultados científicos foram comprovados como o surgimento do antibiótico e da vacina; a experiência de um Centro de Terapia Intensiva(CTI),, o primeiro transplante de coração foi realizado, entre outras experiência que foram testadas e comprovadas.

“Enquanto nas sociedades tradicionais o grande receio do moribundo era ter a extrema unção antes de morrer, neste século passa a ser medo de sentir dor e de morrer só. Os hospitais passam a

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