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Angola De Hoje

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Por:   •  26/7/2014  •  1.394 Palavras (6 Páginas)  •  334 Visualizações

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DISCURSO DOS ANIVERSÁRIANTES (BODAS DE PRATA)

Excelentíssimo Reverendíssimo Sr…!

Inolvidáveis Convidados!

Minhas Senhoras e meus Senhores!

«In novíssima hora angariaverunt me non ad Crucem Domini portandam, sicut Simionem Cirenis, sed ad memoriam annis vitae eius loquendum». Fui angariado, à última da hora, não para levar a Cruz, como Simão de Cirene, mas para falar em nome do grupo, aqui e agora, dos momentos paradisíacos da nossa trajectória vital, agora já em Bodas de Prata.

«πολλά τά δεινά κουδεν ξωή δεινότερον πέλλει». Há muitas coisas espantosas, mas nada há mais espantoso do que a vida, (dizia Sófocles).

Datas há na história, que são e constituem afectiva e efectivamente, balizas e marcos de referência obrigatória na vida da pessoa humana. Na verdade, o dia de hoje é para nós, um ponto, um marco, uma baliza histórica e de referência obrigatória. Esta data despertou em nós faúlha de incitamento para modesta e humildemente falar sobre a nossa trajectória existencial ou vital, enquanto peregrinamos neste globo terráqueo. Mas é sempre difícil e arriscadamente melindroso falar de nós próprios ou do que intimamente nos orgulha, já a escrita nos preveniu que, “elogio na própria boca é vitupério.

Acerca do problema vida, homens de todos os ramos do saber humano e mais credenciados debateram entre Teólogos e Filósofos, entre cientistas e sábios, entre optimistas e pessimistas. O debate é controverso e quase interminável até aos nossos dias. Então, que coisa é a vida? É ela um conceito abstracto que não se concretiza senão nos actos do vivente? Um movimento imanente de auto-aperfeiçoamento, como sustentam os cientistas? É ela um areópago de angústias e desesperos como sustentam os pessimistas? A vida é uma festa, como sustentam os optimistas filhos de Epicuro?

Estas e tantas outras questões esperam por uma clarificação, mas a vida é questão em aberto e sobretudo de respostas pessoais. Não há respostas objectivas nem fórmulas universais, apenas atitudes, e estas podem ser: Teológicas ou filosóficas, científicas ou sapienciais, pessimistas ou optimistas, de resignação ou revolta, de combate ou de abdicação; o que chamamos de pluralismos de perspectivas, pois, ela não é um problema matemático nem lógico; ela é sim um mistério.

Martin Heiddeger, e Nikós Kazantzakis afirmam que «vimos de um negro abismo, acabamos num abismo negro e chamamos vida ao luminoso intervalo». Pietro Prini, olhando para a brevidade da vida, assemelha-a a um discurso feito só de conjunções copulativas, aliás, o velho Salmista assim se explica: “os nossos anos dissiparam-se como um sopro. Setenta anos é o total da nossa vida, os mais fortes chegam aos oitenta (80). A maior parte deles, são sofrimentos e vaidade, porque o tempo passa depressa e desaparecemos” (Sl. 89, 9-10). Talvez possamos dizer como o velho salmista, dos vinte e cinco anos que celebramos, que estamos a celebrar e que vamos celebrando, entretanto, não queremos nem recordar, muito menos amargurar a vida daqueles que partilham a vizinhança com a casa dos setenta e dos oitenta anos. Mas o sentido profundo da vida está no binómio: doçura - amargura, pois, na sagacidade folclórica Umbundu, a vida é como um Jindungo, amarga e é ao mesmo tempo saboroso: “V´eti, v´okulula kw´olondungu omo v´okupepã kwavyo; vilula, polé, v´otchimanda vipwamo”.

Que diremos dos vinte e cinco anos? Que a maior parte deles dedicamo-los a Deus? Talvez sim, aliás, diz Santa Chantal: “o tempo não me pertence, consagrei-o a Deus; perdê-lo é uma injustiça». Debaixo destas paredes do Cristo Rei, aprendemos não só a ciência como também a obediência, que é a manifestação da humildade.

Cada um de nós tem na sua vida páginas que não conhece e que foram escritas pelos méritos dos outros; por isso, agradecemos primeiramente a Deus, Autor e Protector da nossa vida, aos nossos pais que nos harmonizaram na fé e na razão, e por serem eles também o canal pelo qual Deus deu-nos a vida. Aos Reverendos Senhores Padres, que com bondade e paciência, têm aguentado a fúria dos nossos erros no cumprimento do Regulamento e com inusitado espírito de incrível audácia de Profeta, têm sido pacientes em nos formar em prol e defesa da Grei do Senhor; às Reverendas Irmãs Consoladoras que neste Seminário consomem dia e noite suas energias em prol da mesma Grei; a todos os colegas Teólogos e filósofos, a nossa eterna gratidão…

A todos os convidados, benfeitores e benfeitoras que nos acalentam neste dia e nesta noite singular, o sincero agradecimento.

Que Maria Santíssima nos proteja a nós e a todos vós!

Obrigado.

Por: Pessoa Vitangui e Alberto Fuloca

DISCURSO DE ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

Reverendíssimo Senhor …!

Inesquecíveis convidados!

A noite descaía límpida sobre a vastidão da terra e na vasta cúpula do céu penachos

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