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Análise: experiência e pobreza. Walter Benjamin

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Por:   •  2/4/2014  •  Resenha  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  2.087 Visualizações

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Uma análise: experiência e pobreza

O texto intitulado “Experiência e pobreza”, de Walter Benjamin (1933) conta e demonstra por meio da utilização de categorias de intertextualidade, a falta de transmissão de experiências pela dissolução do modelo familiar tradicional, ocasionado principalmente, pela 1ª guerra mundial, levando assim a uma pobreza cultural, fazendo com que o autor sugira uma recriação e reconstrução de uma nova cultura, partindo do zero.

É possível perceber que o sentido da dissertação se dá pelo uso de citações, alusões e estilizações, as categorias fundamentais de intertextualidade.

No segundo parágrafo do texto existe a utilização de uma metáfora como forma de indignação sobre os resultados negativos que a 1ª guerra mundial deixou nas pessoas. Esta metáfora demonstra claramente a ideia contrária do autor a todos os fatos desencadeados pela guerra, e principalmente, por não haver mais experiências a serem transmitidas.

“Não, está claro que as ações da experiência estão em baixa, e isso numa geração que entre 1914 e 1918 viveu uma das mais terríveis experiências da história. Talvez isso não seja tão estranho como parece. Na época, já se podia notar que os combatentes tinham voltado silenciosos do campo de batalha. Mais pobres em experiências comunicáveis, e não mais ricos.(Walter Benjamin – 1933)”.

Neste trecho a estilização torna-se um efeito gritante, conseguindo assim exprimir o sentimento de Walter Benjamin nesta primeira parte do texto.

Com o emprego dos termos “Christian Science” e “quadros de Ensor”, o autor utiliza no terceiro parágrafo a paródia, que nada mais é que uma forma de estilização, como uma forma de opor-se, mas de forma discreta as discrepâncias que ocorriam na realidade daquela época.

“A angustiante riqueza de idéias que se difundiu entre, ou melhor, sobre as pessoas, com a renovação da astrologia e da ioga, da Christian Science e da quiromancia, do vegetarismo e da gnose, da escolástica e do espiritualismo, é o reverso dessa miséria. Porque não é uma renovação autêntica que está em jogo, e sim uma galvanização. Pensemos nos esplêndidos quadros de Ensor, nos quais uma grande fantasmagoria enche as ruas das metrópoles: pequeno-burgueses com fantasias canavalescas, máscaras disformes brancas de farinha, coroas de folha de estanho, rodopiam imprevisivelmente ao longo das ruas. Esses quadros são talvez a cópia da Renascença terrível e caótica na qual tantos depositam suas esperanças”. (Walter Benjamin – 1933)

Já no quarto parágrafo, ao citar Descartes e sua filosofia, Einstein, as equações de Newton e as figuras de Klee, o autor utiliza-se da alusão para insinuar, sem muito prestígio, que é partindo do zero que se pode iniciar uma nova cultura, como foi feito por estes criadores, deste modo, o criador da obra não perde o foco principal de seu texto.

Quando o autor no 5º parágrafo cita Adolf Loos, ele utiliza o recurso da citação indireta, dando ênfase na afirmação de Adolf com o uso de aspas e dois pontos, para ressaltar sua linha de pensamento.

Assim como no quinto parágrafo, no sexto e sétimo, quando Walter Benjamin utiliza o nome de várias pessoas muito conhecidas por seus feitos, o autor faz uma alusão aos trabalhos

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